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20 de maio de 2024

Aumento dos casos nos últimos anos fez com que a população ficasse mais preocupada com a segurança dos dados e suas informações armazenadas

De acordo com o levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente em 2021, foram roubados ou furtados mais de 90 aparelhos celulares por hora no país.

Esses dados levantam uma série de preocupações e questões ligadas à segurança pública nas grandes cidades, além de questionamentos sobre como proteger dados armazenados nos aparelhos. 

“Os celulares são grandes aliados na hora de fazer uma transferência bancária, conectar pessoas do mundo inteiro e armazenar arquivos e dados importantes, por isso, quando o aparelho é subtraído, muitas pessoas entram em desespero por não saber os próximos passos a serem tomados para proteger suas informações”, ressalta Julio Fort, sócio da Blaze Information Security, uma das principais empresas globais especializadas em segurança ofensiva com foco em pentest (teste de intrusão) e desenvolvimento seguro contra ataques cibernéticos.

Segundo o especialista, ao ter o aparelho roubado, é preciso seguir uma série de passos logo na sequência.

“Considerando a grande quantidade de dados pessoais armazenados nos dispositivos, é recomendado que, após o roubo, o usuário faça uso de mecanismos de segurança que permitam não apenas rastrear o dispositivo, mas também apagar, remotamente, os dados contidos no aparelho. Dispositivos baseados no iOS e Android possuem esses mecanismos de segurança e rastreio de forma nativa, basta habilitar e configurar previamente no telefone”, explica Fort. 

Além disso, acionar as autoridades e trocar as senhas de todos os aplicativos ajuda a inibir as ações dos criminosos. “Fazer um boletim de ocorrência (online ou presencial) para fins de comprovação e/ou natureza jurídica é de suma importância para que a vítima esteja protegida judicialmente. Também é importante que a vítima entre em contato com a operadora e solicite o bloqueio do IMEI atrelado ao dispositivo furtado, além do contato com as instituições financeiras (bancos e operadoras de cartão) informando sobre o ocorrido e solicitando o bloqueio das contas, cartões e transações financeiras”, completa o especialista.

Redes sociais e a proteção dos dados

Uma das principais preocupações das pessoas que são roubadas, além dos aplicativos de bancos e dados pessoais, são as redes sociais.

Golpes e outros tipos de crimes seguem com números cada vez mais crescentes, o que preocupa os usuários que são lesados. 

Para Denis Riviello, Head de Cibersegurança da Compugraf, empresa provedora de soluções em Cyber Security, privacidade de dados e compliance, realizar um backup previamente e bloquear as contas bancárias logo após o roubo são ações essenciais para prevenir possíveis golpes ou extorsões. 

“Os backups são importantes principalmente para pessoas que dependem das informações contidas no aparelho para seus trabalhos, além de arquivos confidenciais. Muitas pessoas guardam certas informações apenas em seus smartphones, por isso o backup deve ser feito periodicamente para que nenhuma informação seja perdida ou apagada”, alerta.

Além disso, comunicar amigos, familiares e colegas de trabalho sobre o ocorrido também deve ser feito o mais rápido possível. “O motivo é bem simples, o ladrão pode capturar as informações pessoais e utilizá-las para enganar pessoas próximas da vítima”, pontua Riviello.

Segundo o especialista, a prevenção é fundamental para que as informações pessoais sejam preservadas e não caiam nas mãos de criminosos.

“Dupla verificação em todos os aplicativos, bloqueio de senhas e cartões de banco, além de informar as autoridades imediatamente, são algumas das táticas que as pessoas podem adotar para se prevenir”, finaliza.

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