O Pacto Global da ONU no Brasil divulgou resultados que acendem o sinal de alerta para a atuação das empresas brasileiras no tema ESG
Em sua nova edição do Observatório 2030, o Pacto Global da ONU no Brasil divulgou resultados que acendem o sinal de alerta para a atuação das empresas brasileiras no tema ESG.
Segundo reportagem publicada pelo Valor Econômico, a análise de 82 empresas de capital aberto que reportam seus resultados nos padrões do Global Reporting Initiative (GRI) mostrou que pouco menos de 3% das companhias brasileiras de capital aberto possuem metas baseadas em estudos e pesquisas científicas em suas agendas.
Entre os pontos destacados estão as mudanças climáticas, cuidado com a água e o avanço da diversidade nas empresas.
“Tem muita gente prometendo zerar emissões de carbono até 2050, o que é fundamental, mas como? Qual o caminho até lá? Precisamos do caminho, do comprometimento com iniciativas com base na ciência, então o Observatório 2030 mostra o quanto é fundamental monitorar todos esses compromissos”, exemplifica Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, ao veículo de imprensa.
A necessidade de cobrar resultados mais claros e compará-los com os discursos das empresas é crucial para a sociedade.
E essa frente ganhou uma importante ferramenta de transparência com a Resolução nº 59/21 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em vigor desde o dia 2 de janeiro de 2023, a norma estabelece a necessidade de divulgação por parte das companhias abertas dados referentes às suas práticas ESG, com base no formato “pratique ou justifique”, no formulário de referência.
Exigências da resolução
Entre os principais pontos que passam a ser exigidos pela CVM estão: auditoria independente, indicadores-chave de desempenho da avaliação de materialidade, metas para a matriz de materialidade baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), informações claras sobre diversidade, metas e critérios que vinculam a remuneração dos executivos às métricas ESG e recomendações de organizações relacionadas ao clima.
A padronização desses dados divulgados pelas Companhias pode tornar a análise dos investidores mais assertiva, fornecendo informações consistentes, comparáveis e confiáveis, diminuindo o risco de greenwashing.
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