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Estudo aponta que 80% dos executivos do setor acreditam que o Open Insurance trará impactos significativos no mercado, sentidos a partir de 2024

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Entre os insights estão os impactos do Open Insurance segmentados por categoria de cliente, linha de produto e quem serão os beneficiados

Pesquisa conduzida pela Capgemini Brasil mapeia as expectativas dos principais executivos do mercado em relação ao Open Insurance e as ações que devem ser tomadas por todo o ecossistema para tirar proveito dessa novidade.

A Capgemini Brasil desenvolveu, em parceria com o consultor Francisco Galiza, uma pesquisa inédita sobre como o mercado está reagindo ao primeiro ano de implementação do Open Insurance, os desafios encontrados nesta etapa de transição, análise das principais tendências para os próximos anos e a criação de indicadores que deverão aferir a cada 3 ou 4 meses a evolução do Sistema de Seguros Aberto no Brasil. O estudo ainda é pioneiro ao produzir um marco teórico sobre o tema, já que o País foi o primeiro a iniciar a regulação formal e, ao mesmo tempo, contempla uma visão prática do cenário. Entre as principais conclusões do relatório estão a data base de 2024 – para que os efeitos dos avanços promovidos estejam mais perceptíveis -, os produtos com menor complexidade serão os com maiores mudanças – Vida, Auto, Massificados e Previdência -, e que as organizações devem implantar medidas de foco no cliente, processos inteligentes, inovação e ecossistema aberto para não perderem espaço no mercado. 

O estudo Análise de Mercado do Open Insurance: Desafios, oportunidades e estratégias ouviu entre fevereiro e março de 2022, mais de 60 executivos com altos cargos em seguradoras, grandes corretoras, InsurTechs, resseguradoras, entidades representativas, dentre outros agentes do mercado, e construiu um balizador, com análise de mercado e indicador. O resultado apontou para um rico panorama de transformação e elevado nível de competitividade que irá se instalar nos próximos anos, além dos desafios e a necessidade da tomada de ações imediatas pelas companhias do setor. 

“Entre os principais aprendizados detectados está o ano base de 2024, momento em que os avanços e esforços realizados para o Open Insurance estarão maduros. Por isso, torna-se de extrema relevância, que as empresas atualizem suas plataformas tecnológicas e acompanhem os movimentos de mercado desde já, para oferecerem novos produtos e de fato atuarem na omnicanalidade”, afirma Roberto Ciccone, vice-presidente para Serviços Financeiros da Capgemini Brasil. 

Galiza explica que a ausência de benchmarks internacionais tem causado insegurança e levantado muitas questões entre executivos e empresas do setor desde o início da implantação do Open Insurance no Brasil, em 2021. “Nosso objetivo é apresentar ao mercado um guia para todos os players, que sane dúvidas e aponte caminhos nessa jornada. Mediremos o nível de aderência ao Open Insurance por meio de indicadores”.

Construído num formato didático de perguntas e respostas, o estudo Open Insurance Brasil Capgemini permeia quatro questões básicas. São elas: 

1 – Open Insurance será realmente importante para o mercado de seguros brasileiro e quando serão sentidos seus efeitos?

2 – Quais os principais impactos que se pode esperar do Open Insurance? 

3 – Quais desafios precisam ser vencidos na nova realidade? 

4- Como definir estratégias eficientes para ter sucesso neste novo ambiente? 

Impacto

De acordo com o relatório, 67% dos executivos entrevistados acreditam que os resultados do Open Insurance começarão a ser sentidos mais fortemente a partir de 2024. Dentre os ouvidos, 80% afirmam que transformará estruturalmente o mercado de Seguros e 85% acreditam no surgimento de novos produtos, enquanto 82% em novos canais de distribuição. Para 80% dos executivos, haverá uma maior competitividade e disputa pelos clientes, além da entrada de novos players, como as Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros (SISS). 

No caso do Open Insurance, as seguradoras, até o momento, não demonstraram interesse pelas SISS, fenômeno bem diferente do que ocorreu com o Open Banking internacional, em que os bancos tradicionais se anteciparam e investiram nestes intermediadores digitais. Segundo a pesquisa, as InsurTechs, as FincTehs, os bancos e as big techs devem ser as grandes operadoras dessas sociedades. 

O estudo aponta que quanto menos complexo for o produto e menor o trabalho de consultoria envolvido na sua comercialização, mais significativo será o impacto do Open Insurance. Desta forma, os clientes pessoas físicas, micro e pequenas empresas sentirão com maior intensidade as mudanças e com potencial de serem amplamente beneficiados. Se considerarmos os ramos de atuação dos seguros, Vida, Auto, Massificados e Previdência, serão os mais impactados segundo os executivos entrevistados.

“Os insights nos mostram as profundas transformações que o mercado de seguros passará nos próximos anos. Com o domínio de seus próprios dados e a chegada de novos players que sabem como utilizar essas informações, o consumidor será o grande beneficiado, com produtos inovadores, personalizados, com custos mais atraentes e que estarão diretamente conectados com o momento de vida deles”, complementa Renata Ramos, líder de Seguros da Capgemini Brasil. 

Desafios

O relatório dedica um capítulo especial para tratar somente dos obstáculos para a democratização do Sistema. Foram mapeadas oito grandes dificuldades que devem ser superadas até 2024: 

1 – Preparação tecnológica do Setor 

2 – Comunicação com a Sociedade e o Setor de Seguros 

3 – Entendimento do Setor de Seguros sobre a SISS 

4 – A estratégia de negócio 

5 – Adoção pelos agentes e consumidores 

6 – A interoperabilidade com o Open Finance 

7 – Desafios Regulatórios 

8 – O risco de mau uso dos dados 

O estudo vem em resposta a uma série de dores que podem atrasar ou impedir que as companhias do setor obtenham êxito ao adotar o Open Insurance. Apontamos medidas para superar essas dificuldades e ajudar na definição de estratégias eficientes nessa jornada”, aponta Gustavo Leança, líder de soluções para Seguros da Capgemini Brasil. 

Leança ressalta que o setor precisa evoluir na adoção de novas tecnologias para acompanhar a hiperpersonalização, agilidade no atendimento de consumidores e desenvolvimento de novos produtos, além de armazenamento seguro de dados. O executivo ainda explica que atender aos marcos regulatórios e as novas regras de mercado exigirá um empenho especial de todos que trabalham na cadeia de negócios. 

A tecnologia, a nova regulamentação e evolução do mercado mudaram a dinâmica do segmento. As companhias que estavam em uma zona de conforto precisarão demonstrar resiliência para se adaptarem e permanecerem relevantes para o consumidor”, conclui o executivo. 

Sobre a Capgemini 

A Capgemini é líder global em construir parcerias com empresas para transformar e gerenciar seus negócios, aproveitando o poder da tecnologia. O Grupo é guiado dia após dia pelo propósito de liberar a energia humana por meio da tecnologia por um futuro inclusivo e sustentável. É uma organização responsável e diversa com um time de 340.000 pessoas em mais de 50 países. Com sua forte herança de 55 anos e profunda experiência no setor, a Capgemini conquistou a confiança de seus clientes para atender a toda a amplitude de suas necessidades de negócios, desde a estratégia e concepção de projetos até a operação, impulsionada por um mundo de nuvem, dados, IA, conectividade, software, engenharia digital e plataformas em rápida evolução e repleto de inovação. O Grupo reportou em 2021 receitas globais de € 18 bilhões.

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