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Um dos temas mais abordados pelas publicações de tecnologia e segurança da informação, a espionagem legalizada com o uso de “backdoors” gerou debate em ambiente virtual e foi amplamente defendido pelo governo norte americano.

Essa, porém, não é sua posição oficial quando a mesma medida é tomada em países como a China.

O governo chinês está prestes a aprovar uma nova lei que exigiria empresas de tecnologia que operam no país a entregar suas chaves de criptografia usadas apenas no combate a ações terroristas e investigações de crimes digitais, teoricamente.

Caso aprovada, a medida que foi encaminhada ao parlamento esta semana gerará dificuldades nas relações diplomáticas entre o país oriental e os Estados Unidos. Isso porque a nação comandada por Barack Obama teme que as “backdoors” sejam usadas de forma ilegal, para espionagem comercial das empresas de fora do país.

A China afirma que as medidas seriam usadas apenas com fins de segurança nacional e que as companhias espionadas receberiam um aviso prévio a respeito do uso dos “backdoors”. O prazo de aviso, no entanto, também é definido pelo governo, o que não tranqüiliza a grande potência americana.

Os Estados Unidos enviou uma carta a China expressando preocupação sobre a sua nova lei. “O governo está trabalhando agressivamente para que a China volte atrás com esse regulamento”, disse o representante comercial dos EUA Michael Froman em um comunicado.

As relações entre China e Estados Unidos nunca foram muito boas em ambiente digital, o país já boicotou algumas empresas Chinesas em seu território, assim como a nação asiática bloqueia serviços e acesso a sites americanos como o facebook.com.

Apesar das interferências do governo chinês o número de pessoas conectadas e a mão de obra barata ainda servem de chamariz para empresas americanas, porém a mudança de ventos na legislação em relação ao ambiente digital pode fazer com que as mesmas comecem a considerar a retirada do país.