Regulador do ciberespaço da China lança campanha para supervisionar conteúdo gerado por IA
18 de março de 2024O regulador do ciberespaço da China realizará uma campanha especial para regular o conteúdo gerado por inteligência artificial (IA) na internet. Analistas disseram que a campanha está alinhada com os esforços do país para impulsionar o desenvolvimento de IA e, ao mesmo tempo, proteger a segurança cibernética.
A campanha se concentrará em 10 grandes tarefas de retificação, incluindo a identificação de conteúdo gerado por IA, otimização do ambiente de rede de negócios – retificação da confusão em torno da violação de informações privadas relacionadas à empresa, repressão a notícias e serviços de informação ilegais na internet, as transmissões falsas feitas ao vivo, de acordo com um aviso publicado pela Administração do Ciberespaço da China (CAC) nessa sexta-feira.
Em termos de IA, o CAC pediu às plataformas de sites que marquem informações geradas por IA e marquem conteúdo fictício, bem como lidem com contas ilegais que usam tecnologia de algoritmo generativo ou sintético para criar rumores e propaganda de marketing.
Este ano, espera-se que as indústrias relacionadas à IA na China alcancem um desenvolvimento significativo, do qual a aplicação da tecnologia de IA generativa é um foco particular, disse Wang Peng, pesquisador associado da Academia de Ciências Sociais de Pequim, ao Global Times.
“Portanto, há uma necessidade de melhorar as políticas regulatórias para garantir o uso responsável de tecnologias de IA e proteger a privacidade de dados”, disse Wang.
A campanha está alinhada com os esforços da China para impulsionar a tecnologia de IA generativa, ao mesmo tempo em que estipula normas básicas para provedores de serviços de IA generativa, observaram analistas.
Um regulamento provisório sobre a gestão de serviços de IA generativa entrou em vigor em agosto de 2023.
O CAC disse que a medida visa promover o desenvolvimento da IA generativa e suas aplicações padrão, salvaguardar a segurança nacional e os interesses públicos sociais e proteger os direitos e interesses legítimos dos cidadãos, pessoas jurídicas e organizações.
Como o primeiro regulamento abrangente de IA da China, chamado Medidas Provisórias para o Gerenciamento de Serviços de Inteligência Artificial Gerativa, abrange uma série de medidas para aprimorar a tecnologia de IA generativa, estabelecendo normas básicas para provedores de serviços de IA generativa.
A China é pioneira na adoção de políticas relacionadas à IA e vê a tecnologia como uma ferramenta-chave para impulsionar o desenvolvimento econômico e a força nacional, disse Wang.
Em 2023, a taxa de adoção empresarial de IA generativa na China atingiu 15%, representando um tamanho de mercado de 14,4 trilhões de yuans (US$ 2 trilhões), de acordo com estatísticas do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT).
Estima-se que, em 2035, a IA generativa poderia contribuir com quase 90 trilhões de yuans de valor econômico para o mundo, dos quais a China poderia contribuir com mais de 30 trilhões de yuans.
Em uma declaração conjunta proferida em nome de 80 países na 55ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU na quinta-feira, o embaixador Chen Xu disse que a inteligência artificial como um novo campo de desenvolvimento humano deve “aderir ao conceito de consulta, construção conjunta e benefícios compartilhados”.
Instando ao trabalho conjunto para promover a governança da inteligência artificial, o representante permanente da China no escritório da ONU em Genebra disse: “A nova geração de crianças se tornou um dos principais grupos que usam e se beneficiam da tecnologia de IA”.
Ele acrescentou que todas as partes devem aderir à equidade e à inclusão, fortalecer o intercâmbio e a cooperação e fornecer apoio técnico aos países em desenvolvimento, compartilhar experiências e boas práticas para preencher a lacuna de inteligência.
Para fortalecer a governança internacional da IA, Chen pediu a adesão à “unidade na diversidade, respeito à soberania nacional, leis, condições nacionais e origens históricas, religiosas e culturais”.
Fonte: Com informações de ECNS e AA
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