Durante a Reunião Magna da ABC 2024 palestrantes nacionais e internacionais discutem impactos da inteligência artificial na saúde, educação e agricultura
6 de maio de 2024“Inteligência Artificial e as Ciências: Oportunidades e Riscos”, Reunião Magna que terá a presença de palestrantes nacionais e internacionais
A Reunião Magna da ABC 2024 está chegando e o tema é “Inteligência Artificial e as Ciências: Oportunidades e Riscos “. Os coordenadores do evento são a Acadêmica Elisa Reis e o vice-presidente da ABC para a Região Minas Gerais e Centro-Oeste, Virgílio Almeida. E o melhor de tudo: é gratuita e presencial!
De 7 a 9 de maio, o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, será palco de um encontro que reunirá grandes especialistas do país e do exterior para discutir as oportunidades e os riscos da inteligência artificial e a sua relação com a ciência.
Quais os impactos da inteligência artificial (IA) e como garantir que ela seja usada de maneira ética? O assunto será o ponto central da Reunião Magna 2024 da Academia Brasileira de Ciências (ABC), que levará ao público os diferentes olhares da comunidade científica sobre a influência dessa tecnologia em áreas como ciência, educação e saúde.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas neste link. A Reunião Magna também poderá ser acompanhada online pelo youtube da ABC.
Com o tema “Inteligência Artificial e as Ciências: Oportunidades e Riscos”, a Reunião Magna terá a presença de palestrantes nacionais e internacionais. A primeira conferência magna vai ser na terça-feira (7), às 11h30, com Vinton G. Cerf, um dos arquitetos da Internet moderna, vice-presidente do Google e um dos responsáveis por identificar novas tecnologias e aplicativos para a empresa.
A conferência de Cerf será sobre inteligência artificial e ciências. Ranveer Chandra, diretor de tecnologia para agricultura alimentar da Microsoft, mostrará ao público, na quinta-feira (9), às 11h30, como a inteligência artificial pode ser usada na agricultura sustentável.
O evento contará também com a conferência do físico Matthias Scheffler, diretor emérito do Fritz Haber Institute, parte da Max Planck Society. Scheffler defende que toda a informação tenha um conjunto de características que facilitem a análise de dados e o uso delas pelas IAs.
Já o sociólogo Nick Couldry, professor da London School Of Economics, mostrou, em um dos seus trabalhos recentes, como as informações fornecidas para empresas ao se usar serviços online são usadas para lucrar. Em sua conferência, ele irá abordar a IA na perspectiva do chamado colonialismo de dados, conceito que aborda a apropriação de dados na era digital.
Também estão confirmadas as participações de Margaret Martonosi, professora de ciência da computação da Universidade de Princeton, que vai abordar oportunidades e riscos da IA, e da antropóloga Karen Strier, professora da Universidade De Wisconsin-Madison e membro correspondente da ABC, que falará sobre inteligência artificial e o futuro dos primatas.
“Ao mesmo tempo em que temos conferências importantes de cientistas dos EUA e Europa, temos vários pesquisadores e pesquisadoras brasileiras discutindo o papel da IA no contexto brasileiro e como poderíamos avançar nessa área. Vamos cobrir temas críticos e fundamentais para o avanço da economia e da qualidade de vida no país, e também discutir temas de pesquisa de ponta do exterior”, explica o professor emérito da UFMG Virgílio Almeida, membro titular da ABC e um dos coordenadores da Reunião Magna deste ano.
Ganhos que educação, saúde e agricultura podem ter com as IAs
A agenda conta ainda com conferências sobre outros temas que têm sido alvo de debates no país e no mundo em relação à inteligência artificial. Em uma delas, o uso de IAs generativas e as dificuldades e benefícios que isso pode trazer à educação básica serão pontos debatidos pelo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e membro titular da ABC, Renato Janine Ribeiro, pela professora de inteligência artificial na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Teresa Ludermir, e por Naomar Monteiro de Almeida Filho, professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (UFBA). IAs generativas são as ferramentas que conseguem criar textos e outros conteúdos semelhantes aos feitos por uma pessoa, como o ChatGPT.
Em outro debate, a secretária nacional de informação e saúde digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, o biólogo e pesquisador sênior do Hospital Israelita Albert Einstein Helder Nakaya e o médico e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Antonio Ribeiro irão se debruçar sobre os principais resultados que as IAs podem trazer para área de saúde – desde os impactos para a prática médica até as mudanças para a política nacional de informação e saúde digital do SUS.
A programação conta ainda com conferência de especialistas sobre a regulação da inteligência artificial, além de debates sobre os principais avanços já alcançados na área, o uso de IAs na agricultura e previsões sobre o futuro da sociedade com essa tecnologia. Confira a lista completa de palestrantes e temas aqui. Os palestrantes estarão disponíveis para entrevistas no local do evento.
Novos membros da ABC e entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto 2024
Ao fim do segundo dia da Reunião Magna, na quarta-feira (8), será realizada a cerimônia de diplomação dos novos membros titulares e correspondentes da ABC, na Escola Naval do Rio de Janeiro, também no centro da cidade. Confira aqui os nomes dos eleitos. A solenidade, para convidados, também irá marcar a entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto 2024 à arqueóloga Niède Guidon, diretora presidente emérita da Fundação Museu do Homem Americano.
Considerada a maior láurea científica do país, o prêmio é concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Marinha do Brasil. É um reconhecimento pelo trabalho de pesquisadores que atuam pelo desenvolvimento da ciência no país.
Ao longo de sua carreira, Niède Guidon identificou mais de 700 sítios pré-históricos, sendo 426 deles paredes de pinturas antigas e evidências de habitações humanas antigas no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí (PI). A arqueóloga foi uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento e conservação do parque.
“Niède Guidon é uma mulher que sempre esteve à frente dos seus tempos. Ela mostra de forma clara, na minha visão, a chegada do homem nas Américas não há cerca de 13 mil anos, mas nos últimos 100 mil anos. Poderia ter ficado só na produção científica e só isso já bastaria, mas não para ela. Niède montou uma fundação em São Raimundo Nonato, no Piauí, e criou o Parque Nacional da Serra da Capivara. E lutou contra muitos para manter aquela unidade de conservação. Parabéns à Marinha do Brasil, parabéns ao MCTI e parabéns ao CNPq por ter indicado essa grande brasileira para a premiação“, afirma a presidente da ABC, Helena Nader.
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