Trabalho remoto muda padrões de consumo e sustenta provedores de nuvem, revela relatório inédito da ISG
2 de novembro de 2020O data center de nuvem híbrida tornou-se uma realidade inquestionável em 2020 e a mudança no consumo e nas operações ocasionadas pela pandemia da COVID-19 foram fatores importantes para este cenário
É o que revela relatório ISG Provider Lens™ Next-Gen Private/Hybrid Cloud – Data Center Services & Solutions – Brazil 2020, divulgado recentemente. Esse é o primeiro estudo que avalia o mercado de nuvem híbrida e privada no país durante a pandemia.
De acordo com o estudo realizado e representado pela TGT Consult no Brasil, todos os provedores de serviços em nuvem pública agora percebem a importância de oferecer software e serviços para viabilizar a infraestrutura híbrida e a surpresa do trabalho remoto mudou os padrões de consumo e sustentou data centers até o momento.
O estudo, que teve início em abril, detectou que no começo da pandemia existia uma expectativa de diminuição no volume de negócios e redução de custos.
De acordo com Pedro L. Bicudo Maschio, autor da pesquisa do ISG e analista TGT Consult, “houve uma redução em algumas demandas no setor, mas, por outro lado, o comércio eletrônico registrou aumento e o trabalho remoto demandou mais da infraestrutura. O e-commerce e o home office forçado e repentino sustentaram até agora os data centers”, ressalta o autor.
Apesar do impacto sem precedentes da Covid-19, nos 59 provedores participantes – seja na nuvem ou outros – da pesquisa, é impressionante que nenhum deles tenha parado suas operações.
Aqueles que possuem uma parcela maior das empresas clientes de comércio eletrônico relataram maior demanda por processamento e largura de banda com o aumento do volume de transações dos clientes.
Alguns dos parceiros da Microsoft implantaram milhares de usuários no Microsoft Teams SaaS com conectividade ao data center. Aqueles que suportam data centers mais tradicionais relataram um aumento repentino na demanda de VPN, e alguns implantaram milhares de novas VPNs em apenas alguns dias para permitir o trabalho remoto para seus clientes.
Alguns data centers on-premise que não tinham as ferramentas necessárias para apoiar tal ambiente para seus funcionários tinham novos instalados.
Pedro Bicudo explica que o relatório incluiu empresas de data center e não somente de nuvem, por esse motivo ficou muito marcante a necessidade de ter a modernização dessas tecnologias.
Houve ainda uma maior percepção sobre as vantagens de se terceirizar a infraestrutura em razão das necessidades de manutenção das ferramentas e tecnologias.
“A correria para o lockdown gerou essa aceleração para o cloud e as empresas sem a nuvem passaram a ser obsoletas. Sem dúvida, esse foi um ano que mudou a perspectiva sobre a importância do cloud, no qual empresas gigantes passaram a reportar seus primeiros experimentos em nuvem, como, por exemplo, os 5 maiores bancos do Brasil que anunciaram ter parte de seus sistemas rodando em nuvem”. Pedro ainda ressalta que muitos fornecedores presentes na pesquisa estão prestando serviço para esses bancos.
Como as grandes empresas no Brasil adotam gradualmente nuvens híbridas, a computação de ponta está avançando, porque exige uma plataforma de gerenciamento unificada, diz o relatório.
A maioria dos provedores de serviços gerenciados que oferecem suporte a ambientes corporativos complexos desenvolveram plataformas de gerenciamento robustas que reduzem o tempo de implantação para uma configuração de nuvem híbrida.
O relatório destaca ainda que muitos provedores de serviços no Brasil estão usando inteligência artificial e computação cognitiva para dar suporte à automação de serviços gerenciados, acrescenta o relatório. A automação inteligente se tornou o padrão para provedores de serviços gerenciados que atendem grandes empresas.
Embora um data center em nuvem híbrido totalmente automatizado ainda não seja uma realidade, os fornecedores estão se movendo nessa direção. Usando a automação, algumas empresas automatizaram até 70% de suas solicitações de serviço e resolução de incidentes.
O estudo também aponta que o mercado intermediário brasileiro no setor de data center em nuvem privada e híbrida vem crescendo mais rápido que o mercado de grandes empresas.
Nos últimos anos, os provedores de serviços haviam relatado que novos clientes eram empresas com data centers internos e estavam dispostos a experimentar a nuvem. Mas, em 2019, algumas empresas do mercado intermediário brasileiro mudaram de fornecedor, indicando uma concorrência agressiva no mercado.
Já o mercado de hospedagem gerenciada vem perdendo relevância no Brasil, pois abre caminho para sistemas em nuvem pública e híbrida. No entanto, muitos fornecedores se concentraram em melhorar seus serviços gerenciados e instalações de data center. Alguns provedores deixaram o mercado de hospedagem gerenciada e os demais concorrentes estão focados em melhorar sua proposta de valor.
Uma tendência emergente é de provedores de hospedagem gerenciada que passaram a usar instalações de colocation de alta qualidade em vez de seus próprios data centers para hospedar seu hardware e software, diz o estudo ISG.
O relatório mostra ainda que provedores de segurança de data center estão expandindo seus recursos. Os fornecedores estão focados em confiança zero, microssegmentação, SD-WAN e IA para identificação e resposta a ameaças na nuvem. Os principais fornecedores também estão oferecendo firewalls de última geração que podem ser integrados a outras ferramentas de segurança.
Quadrantes na nuvem e mais
Os estudos da ISG servem como uma importante base de tomada de decisão para o posicionamento das relações-chave e considerações de ir ao mercado.
No caso do relatório ISG Provider Lens™ Next-Gen Private/Hybrid Cloud – Data Center Services & Solutions – Brazil 2020, um total de 59 provedores foram avaliados e classificados em 6 quadrantes, sendo eles: Managed Services for Large Accounts, Managed Services for Midmarket, Managed Hosting, Colocation Services, Hyperconverged Systems e Data Center Security Products.
O relatório nomeou Compasso UOL, Equinix e IBM como líderes em três quadrantes e CenturyLink, Cisco e TIVIT em dois. Ascenty, Broadcom/Symantec, Capgemini, Check Point, CorpFlex, Dedalus Prime, Dell EMC, DXC Technology, Fortinet, HPE, Juniper Networks, Nextios, Palo Alto Networks, Scala Data Centers, TCS, Trend Micro, T-Systems, Unisys, VMware e Wipro são líderes em um quadrante.
As “estrelas em ascensão” identificadas são Logicalis, Matrix, Nutanix, ODATA e T-Systems.
O relatório completo foi disponibilizado pelas empresas Ascenty, Matrix e Scala e pode ser acessado pelos links abaixo:
Maioria dos líderes de TI indica que pandemia força mudanças de estratégia de nuvem
5 orientações para migração bem-sucedida da infraestrutura de TI para a nuvem
Sobre a TGT Consult
A TGT Consult é uma empresa brasileira de pesquisa e consultoria de negócios e de tecnologia, que também atua como representante da Information Services Group (ISG) no Brasil.
Formada por consultores com cargos de C-Level em suas carreiras, proporciona a seus clientes diagnóstico, planejamento, metodologia e gerenciamento para a solução de problemas, por meio de uma abordagem que se traduz em resultados mensuráveis e que garantem a concretização dos objetivos de cada projeto.
Suas principais soluções de consultoria estão relacionadas a: Inteligência em TI, Excelência Operacional, Sourcing de TI e Inovação. Para mais informações, acesse o site.
Sobre o ISG
O ISG (Information Services Group) (Nasdaq: III) é uma empresa líder global em pesquisa e consultoria de tecnologia. Um parceiro de negócios confiável para mais de 700 clientes, incluindo 70 das 100 maiores empresas do mundo.
O ISG está comprometido em ajudar corporações, organizações do setor público e privado e provedores de serviços e tecnologia a alcançar excelência operacional e realizar um crescimento mais rápido.
A empresa é especializada em serviços de transformação digital, incluindo automação, nuvem e análise de dados; consultoria de sourcing; gestão de serviços de governança e risco; serviços de operação de rede; estratégia de tecnologia e projeto operacional; mudar a gestão; inteligência de mercado e pesquisa e análise da tecnologia.
Fundado em 2006 e sediado em Stamford, Connecticut, o ISG emprega mais de 1,3 mil profissionais em mais de 20 países – uma equipe global conhecida por seu pensamento inovador, influência de mercado, profundo conhecimento em tecnologia e indústria, pesquisa e análise de classe mundial, capacidades baseadas nos dados de mercado mais abrangentes da indústria. Para mais informações, visite o site.
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