Telemedicina ganha força durante quarentena e oferece atendimento de qualidade com valores acessíveis
4 de setembro de 2020Alternativa em telemedicina utilizada como ação emergencial para desafogar hospitais e prontos-socorros na pandemia já virou realidade entre brasileiros
Norte-americanos e europeus já estavam acostumados com as tecnologias oferecidas pelas healthtechs, mesmo bem antes da pandemia causada pelo novo coronavírus.
A telemedicina é bastante presente em países do exterior e, agora, vem ganhando força no Brasil com iniciativas como a da OnDoctor, que oferece consultas com profissionais de saúde através de videoconferência em um aplicativo cheio de funcionalidades.
Apesar da regulamentação da telemedicina no país ainda não estar caminhando como poderia, a procura pelo serviço já virou uma realidade entre os brasileiros que possuem ou não um plano de saúde.
Em 2019, houve uma tentativa para modernizar essa regulamentação com a resolução CFM 2.227/2018, que acabou sendo revogada ao se tornar alvo de inúmeras críticas, pois apresentava limitações em relação ao trabalho dos profissionais de saúde por meio da telemedicina, como por exemplo, a dependência, em todos os casos, da relação presencial entre médico e paciente.
Atualmente, com a crise sanitária mundial devido à Covid-19, a prática e validação da telemedicina no Brasil teve que seguir parâmetros emergenciais e temporários, apontados pelo Ministério da Saúde na portaria GM/MS 467/2020, que permite tal prática de maneira íntegra durante o período de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.
Profissionais do setor acreditam que após o fim desse período de emergência, o processo de regulamentação ganhará mais atenção e, finalmente, permitirá a disponibilização do serviço de maneira mais eficiente e completa, abrindo a possibilidade para que consultas por vídeo sejam realizadas da mesma forma que em um consultório físico.
A expectativa é de que os especialistas possam continuar emitindo receitas e atestados a distância, utilizando a assinatura eletrônica mediante a uma certificação digital.
Para o CEO da startup, Alexandre Gattaz, tais medidas são extremamente importantes para que a população tenha mais acesso à saúde. “Outro fator é a comodidade, tanto para os profissionais, quanto para os pacientes que não irão esperar em longas filas. Queremos garantir um atendimento de qualidade com valores acessíveis”, explica.
“Começamos realizando os atendimentos de maneira gratuita, visto a necessidade por conta da pandemia do novo coronavírus. Hoje, nossas consultas oferecem preços a partir de R$ 75,00. Já estamos trabalhando com clínicos gerais, pediatras, psicólogos, psiquiatras e nutricionistas. Nossa meta é trazer serviços com especialistas de mais áreas, garantindo o máximo de qualidade”, complementa Gattaz.
O Dr. Pedro Pássaro, médico e COO da OnDoctor, acrescenta, ainda, que o objetivo é atingir pacientes que dependem exclusivamente do SUS ou de consultas particulares que, geralmente, costumam ser muito caras.
“Nossa tecnologia leva acesso à saúde em diversas localidades que são carentes de atendimento. Pudemos sentir isso durante as consultas gratuitas que realizamos para ajudar no combate a Covid-19. Queremos também expandir nossas parcerias com ONGs levando soluções para comunidades pouco atendidas”, finaliza.
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Sobre OnDoctor
A OnDoctor nasceu da iniciativa de três profissionais que queriam trazer de maneira prática e eficiente o acesso à saúde para a população. Os engenheiros da computação, Alexandre Gattaz e Eduardo Spina, e o médico oftalmologista, Pedro Pássaro, uniram esforços para colocar em prática um aplicativo de atendimento 360º com profissionais de diversas especialidades para a realização de consultas por videoconferência.
São clínicos gerais, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, ginecologistas, pediatras, entre outros, altamente qualificados e dispostos a acompanhar de maneira remota seus pacientes independente da localização geográfica.
A healthtech ganhou força durante a pandemia causada pela Covid-19 e segue atuando com o objetivo de proporcionar mais comodidade e acessibilidade para a população, principalmente para pessoas que dependem inteiramente da Sistema Único de Saúde (SUS). A meta é expandir também parcerias com planos privados e ONGs levando soluções e preços mais acessíveis quando o assunto é o cuidado com a saúde.