Segurança da informação: pragmatismo e estratégia para a inovação das empresas
27 de julho de 2020Alguns especialistas em segurança da informação dizem que o aumento de performance gerado pela conectividade é um dos principais ganhos
Por Gilberto Caparica e Breno Barros
Outros, por sua vez, citam a Computação em Nuvem como a base para maior disponibilidade das informações. Seja qual for a tecnologia adotada, o fato é que a inovação coloca os dados como o elemento central dos rumos dos negócios.
Hoje, independentemente do segmento de indústria e do porte da companhia, os dados digitais são ativos imprescindíveis para a tomada de decisões em todas as áreas de uma corporação.
Segundo análises de consultorias especializadas, por exemplo, a proporção de dados on-line trafegando na web cresce de maneira exponencial, atingindo milhares de terabytes a cada minuto – e muitas dessas informações têm o poder para mudar o futuro das organizações.
Por isso mesmo, não é de se estranhar que a proteção dos dados seja um ponto igualmente sensível para os líderes de qualquer mercado. Temos de admitir que nunca em nossa história falamos tanto sobre prevenção e proteção de registros.
Pesquisas globais destacam a cibersegurança como uma das três prioridades básicas dos grandes Chief Executive Officers (CEOs) para o futuro e, evidentemente, isso não é por acaso.
Dados são, hoje, o mais valioso ativo que uma organização pode ter. São a matéria prima para a geração de informações relevantes que fazer a diferença no momento de decidir e são a chave para decisões rápidas e certas. Um ativo como este não pode ser desperdiçado ou perdido.
Essa afirmação parece óbvia, mas nem todos os líderes entendem que investir em cibersegurança é realmente uma prioridade. Vários executivos ainda mantêm uma crença de que pensar de forma pragmática sobre a proteção das informações equivale a perder tempo e deixar de investir em inovações.
Para o sucesso dos negócios, porém, é fundamental abandonar essa visão. Tempos de transformação contínua exigem das lideranças uma postura ousada, que entenda a inovação como um fator de diferenciação que inclui as estratégias de segurança.
Não podemos propor a construção de uma estrutura inovadora para um prédio, por exemplo, sem pensar na sustentação de cada parte do edifício. E essa mesma lógica vale para o processo de consolidação das empresas nessa nova era digital.
Investir em cibersegurança, portanto, não é deixar de pensar em inovações ou na transformação da área de TI. Ao contrário. Um projeto maduro, especialmente em nossos dias, deve ser capaz de contemplar esse requisito para extrair o valor real das informações, bem como das tecnologias mais disruptivas – que são alimentadas pelos dados.
Para isso, as ações preventivas precisam ser aplicadas desde a base das conexões e redes, passando por security by design no desenvolvimento de aplicações, por exemplo, e por políticas de segurança robustas, oferecendo, assim, um ambiente de alta confiabilidade e disponibilidade para que os usuários consigam utilizar o máximo da tecnologia como ferramenta de produtividade e transformação dos negócios.
Em um mundo cada vez mais móvel, empresas de todos os formatos não podem abrir mão de estar sempre conectadas – e tampouco podem trabalhar com medo.
Com a repentina mudança para o trabalho remoto para proteger seus colaboradores enquanto continuam a servir seus clientes, mais as operações dependem de mais serviços on-line, com os recursos baseados em cloud computing e digital workplace, aumentando o risco de ataques cibernéticos.
Logo, as companhias precisam estar preparadas para prevenir incidentes e garantir que as funções críticas dos negócios estejam operando sem interrupção.
São bilhões de ações e recursos que precisam ser monitorados e analisados ininterruptamente dentro da rede de dados das empresas. Isso exige dos líderes um novo olhar para a segurança, com soluções que permitam reduzir as ameaças em todas as condições e possib ilidades.
Nenhuma empresa está imune às ameaças, mas os líderes podem trabalhar com correção e foco para não deixar esses riscos atrapalharem o real potencial do uso dos dados nos negócios.
É preciso evoluir de maneira constante, construindo as melhores condições para que a transformação digital dos negócios realmente gere valor. Somente assim as organizações poderão oferecer inovação real aos seus clientes de forma segura e consistente.
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