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Open Finance entra na 4ª fase com 27 milhões de clientes e 40 milhões de consentimentos ativos

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Número de clientes avançou 93% e o de consentimentos ativos, 90%; já as chamadas bem-sucedidas entre participantes cresceram 92%

O Open Finance entrou na 4ª fase de sua implementação no Brasil e a partir de agora os clientes bancários poderão compartilhar suas informações sobre investimentos entre as instituições financeiras participantes. Estes dados são usados para oferecer ao consumidor melhores ofertas de produtos e serviços personalizados e com melhores custos.

A infraestrutura funciona no Brasil sob regulação do Banco Central. O sistema trabalha por meio de APIs (interfaces de programação de aplicações), que fazem a conexão entre as instituições participantes e permitem a troca de informações entre elas de uma maneira padronizada.

O cliente dá o seu consentimento para o compartilhamento de suas informações, que deverá ser usado pela instituição somente para a finalidade específica na qual foi autorizada e dentro de um período escolhido, não podendo qualquer instituição fazer o uso das informações para outra finalidade.

Em setembro, o Open Finance registrou 40 milhões de consentimentos ativos de clientes, representando um crescimento de 90% ao registrado em início janeiro (21 milhões).

No início do ano, foram registrados 14 milhões de clientes CPFs únicos, número que chegou a cerca de 27 milhões, alta de 93%.

Um estudo da Oliver Wyman, que presta consultoria para a Febraban no Open Finance, mostrou que o número de usuários poderá chegar a 60 milhões até 2025.

Já as chamadas bem-sucedidas entre os participantes totalizaram cerca de 2,4 bilhões em janeiro, e no fim de agosto somaram 4,6 bilhões, avanço de 92%.

O Open Finance conta com mais de 800 instituições cadastradas no diretório de participantes, entre bancos, cooperativas de crédito, fintechs e instituições iniciadoras de transações de pagamentos.

Nesta 4ª fase, os clientes poderão autorizar instituições, em que o cliente ainda não tem relacionamento, a ter acesso a investimentos na sua instituição financeira, como CDB, Tesouro Direto, fundos de investimento e ações.

A partir daí, os participantes poderão ofertar melhores condições e retornos financeiros para o consumidor. A partir do ano que vem, a 4ª fase prevê o compartilhamento de dados sobre câmbio, credenciamento (abrir informações das maquininhas de cartões), seguro, previdência e capitalização.

“Avaliamos que a 4ª fase do Open Finance e as novas iniciativas que ainda surgirão irão gerar competitividade no mercado, novas oportunidades de negócio para os participantes e melhores serviços e produtos para nossos clientes. O Open Finance, que está em constante evolução, vai ganhando tração à medida em que o cliente veja vantagens em usá-lo”, afirma Carolina Sansão, diretora adjunta de Inovação, Tecnologia e Cibersegurança da Febraban.

Desde o início da implementação do Open Finance, as instituições representadas pela Febraban têm trabalhado em casos de uso para o cliente final.

Em levantamento feito pela entidade com os bancos associados participantes do projeto, foram mapeados mais de 45 produtos e serviços já oferecidos aos clientes, entre eles, de agregadores financeiros, para iniciação de pagamentos, soluções para ofertar melhores propostas de crédito, e serviços voltados para cashbacks e tarifas.

O Banco Central acompanha bem de perto as iniciativas e tem tido um papel muito ativo na garantia da evolução do ecossistema e no endereçamento de desafios técnicos, diz Carolina.

As outras fases do Open Finance

O pontapé inicial da implementação da infraestrutura, inicialmente batizada como Open Banking foi dado em 1º de fevereiro de 2021, com o compartilhamento de informações sobre seus canais de atendimento.

Nesta 1ª fase também entraram os dados e as características sobre os produtos e serviços oferecidos, como, por exemplo, tipos de contas, empréstimos e financiamentos que cada um dos participantes oferece ao seu cliente.

A 2ª fase foi implementada de forma escalonada. Em uma primeira etapa, as instituições começaram a iniciar as trocas de informações cadastrais dos clientes, como endereço, renda e dados pessoais.

E depois foi a vez da troca de informações relacionadas a contas de movimentação, seguido do intercâmbio de informações de operações de crédito e de cartões de crédito.

A 3ª fase permitiu que o cliente esteja apto a iniciar pagamentos de contas e transferências bancárias fora do internet banking ou do aplicativo do banco, por meio de um aplicativo intermediário.

O trabalho realizado até o momento está dentro do esperado pelos bancos, dada a complexidade do projeto, que passou por ajustes em seu calendário, necessários dentro de uma infraestrutura dessa magnitude e em execuções dessa dimensão, afirma Carolina Sansão.

“A quantidade de produtos e serviços disponíveis já está gerando benefícios para o cliente. Estamos agora voltados à fase 4, uma etapa que traz mais complexidade, porque junta outros participantes e reguladores fora do sistema bancário.”

Segurança

Para realizar o desenvolvimento do Open Finance dentro de um ambiente seguro, um time de especialistas trabalha constantemente com melhores práticas de mercado dentro de um grupo de trabalho na Convenção da infraestrutura.

Com isso, todas as operações realizadas ocorrem em um ambiente com diversas camadas de segurança, seguindo padrões consolidados internacionalmente.

O cliente é o dono de seus dados pessoais, e o Open Finance funciona irrestritamente dentro dos preceitos da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e demais regulações pertinentes à segurança dos dados.

Além disso, o Banco Central faz a fiscalização dos consentimentos e da proteção dos dados dos clientes, de acordo com as normas e regulamentos já em vigor.

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