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A ferramenta concentra todas as infrações das operadoras de radar e dos agentes em uma única solução

Em dois atos. Primeiro, o passado: um agente de trânsito anota em sua caderneta uma infração cometida por um veículo. No fim do dia, centenas desses registros avulsos em papel se acumulam no órgão de trânsito, aguardando processamento.

Eventualmente, erros de lançamento e inconsistências inutilizam algumas dessas multas. Depois, mais tempo gasto com emissão e envio de correspondências aos motoristas infratores. Muita burocracia e gasto de papel.

Agora, o presente: o mesmo agente tem, na ponta dos dedos, um app para talonário eletrônico. No instante em que lança a infração em seu celular, ela já é registrada e processada pelo Sistema Radar, que aponta possíveis inconsistências para correção imediata.

A ferramenta concentra todas as infrações das operadoras de radar e dos agentes em uma única solução. Relatórios geolocalizados estão disponíveis em tempo real para os gestores públicos orientarem as políticas de trânsito da cidade. E os motoristas são notificados por e-mail ou pelos Correios, que recebem automaticamente as infrações e se ocupam da emissão e envio das correspondências.

Economia e transparência

O Sistema Radar é uma realidade desde 2017 e faz parte do dia a dia de vinte municípios, um DER e um Detran no país. Conheça um pouco dessa história de modernização dos processos de gestão de infrações de trânsito pela voz de duas dessas cidades.

Matheus Ximenes Assis – Diretor de Tecnologia
da Companhia de Trânsito e
Transporte de Macapá

Um dos casos de sucesso da adoção do Radar no país se deu na capital do Amapá. Quem conta pra gente essa história é Matheus Ximenes Assis, diretor de Tecnologia da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMAC).

“Macapá começou a operar o Radar no dia 11 de maio de 2018. De lá pra cá, ganhamos em agilidade no processamento de multas e oferecemos mais transparência à sociedade. Reduzimos a perda de autos de infração em 99%. E tivemos uma economia operacional estimada em 400 mil reais por ano com a substituição de processos manuais para eletrônicos”.

De acordo com Matheus, antigamente o município não contava com o talonário eletrônico disponibilizado pelo Radar. Com isso, as multas demoravam muito para chegar ao departamento e serem inseridas manualmente no sistema, acontecendo a perda de centenas de autos por erros de preenchimento ou por perda do prazo de cadastro.

Outro problema era que os processos de cancelamento de multas eram finalizados apenas com uma descrição do ocorrido.

“Já com o Radar, temos a possibilidade de anexar toda a documentação que levou ao cancelamento. Isso nos trouxe a possibilidade de disponibilizar senhas para auditoria do Ministério Público, Tribunal de Justiça e Polícia Federal. É o fim do efeito ‘caixa preta’, oferecendo transparência para órgãos públicos e cidadãos”, explica o diretor.

Matheus destaca ainda outra vantagem do Radar: a geração de relatórios de infrações com detalhes de data, horário e local das autuações. “Esse conteúdo é fundamental para desenvolvermos políticas públicas buscando a diminuição das infrações, a segurança e a preservação de vidas”, completa.

Gestão centralizada

Outro exemplo de adoção bem sucedida da ferramenta vem de Imperatriz, no Maranhão. De acordo com Ráder Brito Saraiva Leão, diretor executivo da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Setran), quando a atual gestão assumiu, em 2017, foi feito um levantamento de tecnologias capazes de melhorar os processos administrativos do órgão.

“Foi quando descobrimos pela internet esse sistema próprio do Serpro para gestão de infrações”, destaca Ráder.

A possibilidade de conexão direta com o Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), eliminando a necessidade de sistemas intermediários para validação das multas, e o talonário eletrônico foram os aspectos que mais chamaram a atenção do órgão de trânsito da cidade.

“Identificamos as vantagens da implantação deste bloco eletrônico, para minimizar os erros de preenchimento dos autos, o que até então acontecia só de forma manual, e também a agilidade e automatização que o sistema oferecia.”

“O Radar reunia tudo em um só ambiente: inserção dos registros, gestão do processo de multas e até a integração com terceiros, como os Correios, para emissão e postagem das infrações aos condutores. Por tudo isso buscamos o Serpro, iniciamos a operar o Radar em fevereiro de 2019 e estamos muito satisfeitos com o sistema”, conclui o diretor executivo.

Fonte: Serpro

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