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O alto preço que todos nós pagamos por não desenvolvermos uma cultura de prevenção

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“Um ano de pandemia gerou um profundo impacto em nossos comportamentos. Vamos torcer para que adoção de uma cultura de prevenção seja uma dessas mudanças”

Por Daniela Costa

Daniela Costa – Vice-presidente para a América Latina da Arcserve

Como executiva atuando no segmento de TI há mais de 20 anos em uma empresa que tem entre seus diferenciais o fato de ser a marca com maior experiência em todo o mundo em proteção dos dados e defesa contra ataques de ransomware, cheguei à conclusão de que uma das principais missões de uma organização com o nosso perfil é a de disseminar a importância da adoção de uma cultura de prevenção.

Mesmo antes da pandemia, que deixou explícito para a comunidade global o alto preço em vidas e econômico quando as ações previsíveis e disponíveis não são adotadas, nossa missão principal como empresa de tecnologia voltada para a entrega de soluções de segurança sempre foi centrada na importância da prevenção.

Buscamos destacar a excepcional relação custo-benefício presente na adoção de uma estratégia robusta para enfrentar os desafios associados à indisponibilidade de sistema e dos dados em caso de desastres, independente de qual fosse sua origem: ataques cibernéticos, falha de hardware, erro humano …

Mas precisamos vivenciar uma pandemia para que este conceito ficasse ainda mais evidente. O próprio cenário gerado pela disseminação do vírus resultou em um deslocamento maciço da força de trabalho dos mais diversos segmentos para o home office.

O resultado foi um aumento substancial nas vulnerabilidades dos computadores e das redes sem a correspondente e necessária adoção de medidas mais eficazes de proteção.

Nem mesmo quando a sociedade como um todo é alertada da forma mais contundente sobre a importância da prevenção, as respostas que assistimos tanto no Brasil como na maioria dos países são marcadas pela perplexidade e uma extrema lentidão.

No passado, talvez ter um plano de recuperação de desastres fosse algo opcional para uma empresa. Hoje não mais. Recordo as inúmeras vezes em que clientes em potencial alegaram que naquele momento estavam “priorizando outros projetos”, como razão para não adequar a sua política de backup às novas ameaças, para não atualizar seu servidor de backup com mais de 10 anos de uso, para rodar uma versão de produto não mais suportada porque isso implicaria em atualizar o sistema operacional.

Lembro também das muitas vezes que observei o emprego de ferramentas incompatíveis com a necessidade do negócio, como as gratuitas, sem suporte ou garantia, ou aquelas fruto do “jeitinho brasileiro”, incluindo a criação de scripts para um backup automático, porém sem nunca ter testado a integridade dos dados na sua recuperação.

Gostaria de dizer que hoje não há mais espaço para este tipo de comportamento, mas, infelizmente esta não é a realidade. Ainda é preciso insistir no fato de que a não adoção de uma cultura de prevenção pode impactar até na própria sobrevivência de uma empresa. Para que este cenário mais do que preocupante seja revertido é necessário, acima de tudo, coragem.

Coragem para colocar o plano de recuperação de desastres na agenda dos gestores e dos diretores tanto da área de TI como de negócios. Coragem para comunicar de forma transparente os riscos associados à não adequação. prevenção

Coragem para admitir que a sua empresa será sim atacada em algum momento e que somente um plano adequado e bem implementado poderá garantir a proteção dos dados, a disponibilidade dos sistemas, o cumprimento dos SLAs de recuperação, evitando assim uma exposição negativa que já comprometeu a imagem de tantas empresas renomadas nos últimos anos.

Um ano de pandemia gerou um profundo impacto em nossos comportamentos. Vamos torcer para que adoção de uma cultura de prevenção seja uma dessas mudanças.

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