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Mais de 80% das empresas na América Latina priorizam a cibersegurança de sistema digital, diz estudo

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26 de junho de 2020

Pesquisa aponta também que quase 90% das organizações está em processo de transformação digital na região

Nove em cada dez organizações na América Latina estão trilhando jornadas de transformação digital. Levantamento baseado em entrevistas com 198 líderes de segurança e TI da região aponta que 81% dos executivos têm como prioridade a proteção dos sistemas críticos contra ataques digitais nesse caminho.

O Relatório Anual do Estado dos Serviços das Aplicações LATAM foi realizado pela F5 a partir de entrevistas com líderes do Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile.

À medida que as atividades de negócios digitais amadurecem, as empresas usuárias procuram combinar serviços digitais de setores ou segmentos anteriormente desconectados. Esse movimento insere-se na tendência da transformação digital e acaba gerando novos ecossistemas digitais essenciais para suportar o crescimento dos negócios.

Considerando que 87% das organizações da região estão em processo de transformação digital, os líderes entrevistados apontam que o uso da nuvem, automação, orquestração e análise de ameaças em tempo real serão as principais tendências estratégicas para os próximos cinco anos.

Para 60% das organizações na América Latina, as aplicações são essenciais para os negócios e, sem eles, os processos seriam interrompidos. As aplicações apoiam seus negócios, sendo uma vantagem competitiva essencial para 39% dos entrevistados. Apenas um em cada 100 dos respondentes da pesquisa relata que não precisa de aplicações para funcionar.

De acordo com o estudo, 85% das organizações operam em múltiplas nuvens, mas acham difícil aplicar políticas consistentes em todos os ambientes. As organizações na América Latina estão usando a nuvem pública para participar dos ecossistemas do setor da economia digital onde atuam. Sua meta é tirar proveito das arquiteturas nativas da nuvem e entregar aplicações na velocidade dos negócios, segundo o relatório.

Apesar da natureza estratégica da nuvem, as organizações têm menos confiança na capacidade da nuvem pública resistir a um ataque à camada de aplicações, em comparação com aplicações on-premises, rodando em um data center local.

Questionados sobre como decidem qual nuvem é a melhor para suas aplicações, a resposta número um na América Latina coincidiu com as dos entrevistados globais: a decisão é tomada caso a caso, por aplicações.

Não é novidade que, visto que os principais motores da transformação digital são a otimização de TI e dos processos de negócios, a maioria (77%) das organizações na América Latina estão automatizando suas operações de rede.

As ferramentas favoritas para a automação de rede continuam sendo soluções proprietárias da VMware (43%) e Cisco (37%), seguidas por ferramentas de código aberto (31%) e CI/CD (27%).

Em relação ao uso de ferramentas de código aberto, as organizações na América Latina estão consideravelmente à frente de suas contrapartes globais (23%). O favorito de CI/CD, Jenkins, conquistou 20% da base de usuários de automação de rede na América Latina.

O uso do repositório como parte do kit de ferramentas de automação permanece baixo, o que, segundo o estudo, não surpreende, pois essa tecnologia tende a ser considerada uma ferramenta de desenvolvimento.

O relatório aponta que transformação digital, plataformas em nuvem e arquiteturas modernas estão impulsionando a adoção de novos serviços de aplicações. Para 81% dos entrevistados pela F5, a segurança continua a ser a principal prioridade. Isso vale tanto para aplicações rodando on-premises como na nuvem pública. Essas aplicações exigem serviços modernos para atender aos requisitos de escala, segurança e disponibilidade.

Pelo terceiro ano consecutivo, 66% dos entrevistados na América Latina concordaram que a pior coisa que eles poderiam fazer é implantar uma aplicação sem serviços de segurança.

Os times de TI ainda recebem a responsabilidade primária pelos serviços de aplicações para 83% das organizações entrevistadas, com mais da metade mudando para equipes de DevOps. Os times de operações e infraestrutura de TI continuam a assumir a responsabilidade pela seleção e implementação de serviços de aplicações.

No entanto, conforme as organizações expandem seus portfólios de aplicações e passam a adotar contêineres nativos da nuvem digital, os times DevOps estão se tornando mais responsáveis pelos serviços de aplicações.

Com todo o burburinho em torno do DevOps e os movimentos subsequentes de “Ops”, é irônico que o único grupo deixado de fora seja o de operações de TI, diz o estudo.

“Isso é fascinante, visto que nossa pesquisa confirmou o que sempre suspeitamos: as equipes de operações de TI continuam a ser as principais responsáveis pela implementação de serviços de aplicações, seja on-premises, seja na nuvem pública”, diz o relatório.

“Os pontos investigados pela F5 deixaram duas questões claras: para as organizações, oferecer as melhores e mais seguras UXs as ajudará a atrair e reter clientes. Para que isso aconteça, a agilidade é fundamental para desenvolver ou adaptar aplicações que respondam rapidamente às novas oportunidades de negócios”.

Fonte: CIO

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