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Pacientes do SUS terão acesso online a exames e receitas

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20 de maio de 2024

Plataforma desenvolvida pela Rede Ebserh será adotada progressivamente em todo o Brasil

O compartilhamento do histórico de saúde pode ser a diferença para salvar vidas.

Uma das principais dificuldades para um atendimento mais ágil e seguro pelo SUS é o acesso ao histórico do paciente.

Se ele é atendido numa determinada UBS e depois precisa recorrer a um pronto socorro, ainda que estejam localizados na mesma cidade, o atendimento parece começar do zero, o que pode resultar em repetições desnecessárias de exames laboratoriais e medicamentos, entre outros procedimentos.

Agora, essa forma de atendimento quase manual está com seus dias contados.

Os hospitais públicos poderão adotar a plataforma AGHU, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao MEC que administra 41 hospitais universitários federais em todo o país.

Com essa nova tecnologia, o profissional de saúde terá acesso ao histórico do paciente como exames, laudos e receitas, o que possibilitará um tratamento mais eficaz. Por fim, o sistema vai garantir um controle de estoque confiável, além de agilizar a liberação de leitos, dentre outros benefícios.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a parceria entre os dois ministérios e a Ebserh terá grande impacto porque beneficiará progressivamente toda a linha de cuidado no SUS, a partir do princípio da integralidade, consolidando informações da atenção primária até a especializada.

Isso garante que cada cidadão tenha todo o cuidado que ele merece nos diferentes níveis de atenção, trazendo assim a sua história e respeitando a sua cidadania. O AGHU é uma tecnologia voltada para reduzir essas desigualdades e garantir o acesso à informação e à saúde, e, também, uma tecnologia que reforça a dignidade de todos os usuários do SUS”, pontuou.

De acordo com o presidente da Rede Ebserh, Arthur Chioro, caso 3 mil hospitais públicos façam adesão ao AGHU, será possível uma economia para estados e municípios na ordem de R$ 3 bilhões, e outra redução de custos de R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos apenas em relação ao montante necessário para implementação de um sistema similar. No campo da manutenção, a economia seria de cerca de R$ 1 bi em 5 anos, estimando uma adesão de 600 hospitais por ano, dadas as manifestações de interesse.

Estamos falando de maior eficiência do gasto público, em que a economia gerada pode ser reaplicada na melhoria do atendimento de saúde para a população. Outro ponto importante é que o AGHU permite controle detalhado de estoque dos hospitais.

O gestor pode saber a quantidade necessária, identificar carência de produtos e insumos, e assim ir controlando medicamentos de alto custo até a beira do leito, com diversos níveis de monitoramento passíveis de serem desenvolvidos e aplicados”, ressaltou.

Outro exemplo significativo citado por Chioro é que as receitas médicas passarão a ser legíveis. “Toda vez que um paciente for a uma unidade do SUS, precisando de medicamento ou for a uma farmácia, ele poderá ter toda a informação no seu celular”, afirmou.

O documento assinado entre as instituições prevê a instituição de um Comitê Estratégico do AGHU, que ficará responsável pela orientação quanto às diretrizes gerais de desenvolvimento e disseminação do aplicativo.

O diretor de Tecnologia da Informação da Rede Ebserh, Giliate Coelho, ressaltou a importância da parceria que traz como valor concreto a solidariedade na gestão da saúde pública do país. “Pela primeira vez em sua história, o SUS contará com um prontuário eletrônico hospitalar gratuito que possibilitará a informatização de milhares de hospitais no Brasil, melhorando não só o cuidado ao paciente, mas também a eficiência da gestão pública“, finalizou o diretor.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Com informações da Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh

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