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Ministério da Economia define modelo para contratação de serviços de suporte técnico em tecnologia

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Medida será aplicada a partir de 1º de julho e prevê a padronização das contratações públicas de serviços em tecnologia, incluindo a gestão de infraestrutura e o suporte aos usuários

A Portaria nº 6.432/2021 do Ministério da Economia publicada nesta quinta-feira (17) no Diário Oficial da União, estabelece procedimentos e critérios mais claros e objetivos para as contratações de serviços de manutenção da infraestrutura em tecnologia da informação e suporte técnico aos usuários de equipamentos eletrônicos.

A partir de 1° de julho, as diretrizes do modelo definido na Portaria serão obrigatórias para os órgãos e entidades do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp) que estejam realizando planejamento de contratação.

Com a iniciativa da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia, os órgãos podem avaliar a produtividade dos atendimentos em seus contratos, utilizando como referência um modelo baseado na experiência adquirida pela administração, em melhores práticas internacionais e em acórdãos do Tribunal de Contas da União.

O objetivo é que esse modelo seja utilizado como ferramenta de simplificação, racionalização de gastos e melhores serviços prestados ao cidadão.

O modelo consiste na aplicação das práticas de gerenciamento de serviços em tecnologia já consagradas no mercado e no estabelecimento de condições que assegurem o aprimoramento contínuo da qualidade. Dessa forma, os órgãos contratantes dimensionarão de forma assertiva o preço de referência compatível à infraestrutura tecnológica a ser mantida e pagarão um valor fixo mensal sobre o serviço contratado. Esse pagamento será condicionado à prestação dos serviços no prazo e qualidade previamente definidos, vinculando-se aos resultados esperados.

Até então, não havia um padrão adotado por todos os órgãos para avaliar se a qualidade dos serviços está compatível com os custos dos contratos. Com a abordagem mais simplificada e controlada dos gastos, que é detalhada na Portaria, há um incentivo ao uso da tecnologia na prestação dos serviços de suporte à infraestrutura e atendimento aos seus usuários no setor público.

Luis Felipe Monteiro

“O modelo estabelece claramente a forma como os contratos devem ser geridos, buscando incentivar para a melhoria da qualidade dos serviços, mantendo a transparência e a eficiência nos gastos”, assinala o secretário de Governo Digital, Luis Felipe Monteiro. “Desde 2019, reduzimos em torno de R$ 800 milhões as despesas empenhadas neste tipo de serviço. Agora a Secretaria de Governo Digital passará a divulgar periodicamente pesquisas de preços praticados para a composição da estimativa de gastos nessas contratações, auxiliando na atualização de valores a serem considerados pelos órgãos contratantes”.

Definição de preços

A utilização de critérios objetivos na definição dos preços a serem contratados e dos gastos mensais em contratações dessa natureza visam garantir o preço justo para a administração pública e asseguram o controle de qualidade dos serviços prestados.

“Somente em 2020, o Poder Executivo Federal empenhou R$ 1,1 bilhão em contratações de serviços de infraestrutura e atendimento ao usuário. O modelo proposto agora deve otimizar esses gastos durante o processo de contratação, fornecendo maior assertividade na definição de preços de referência no mercado”, explica o secretário-adjunto de Governo Digital, Ulysses Melo.

As ações previstas na Portaria, porém, não excluem a utilização de outros modelos de contratação praticados no Executivo Federal, desde que justificada pela área técnica contratante e com ciência e aprovação da Secretaria de Governo Digital.

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