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O Méqui e a importância do UX na atividade jurídica 

O Méqui e a importância do UX na atividade jurídica 

9 de setembro de 2019

O Mcdonalds surpreendeu muita gente ao adequar a grafia de sua marca a forma de pronúncia em diversas regiões do Brasil.

Foi uma ação de marketing genial baseada em design, economia comportamental e experiência do usuário (UX) com a marca.

Por Rodrigo Fernandes Rebouças

Rodrigo Fernandes Rebouças

Na atividade jurídica, quase sempre são ignorados os aprendizados de outras áreas do conhecimento e da atividade empresarial.

Ao contrário do que muitos falam, entendo que os profissionais do direito não são meros “operadores” do direito como tem sido repetido sem qualquer reflexão.

São muito mais, são profissionais ESTRATÉGICOS para a atividade empresarial.

E, como tal, devem utilizar de todas as ferramentas disponíveis como Análise Econômica do Direito, economia comportamental, legal design e UX.

Quantas vezes não ouvimos reclamações de que os contratos negociados por longos períodos acabam ficando arquivados e sem que as pessoas efetivamente consultem e sigam os seus termos e condições, apenas lembrando de relê-los quando encontram dificuldades nas relações jurídicas. Ou ainda, termos de uso em meio digital que jamais são lidos, apenas damos um clique no “Eu aceito”.

O legal design e as técnicas de UX estão disponíveis e passam a ser de uso obrigatório por todos aqueles que efetivamente desejam ser estratégicos e fazer a diferença.

Se as condições de uso não são lidas, devemos compreender as razões e ajustar a sua forma de apresentação, possivelmente por meios mais agradáveis de leitura direta e técnicas  visuais que simplifique a sua compreensão.

Estou convencido de que a união da economia comportamental, do legal design e de UX trabalham favoravelmente à uma maior eficácia dos contratos e de sua compreensão, sem se falar, na acessibilidade quanto a clareza de seu conteúdo, evitando dúvidas quanto as condições e potenciais revisões judiciais ou por soluções alternativas de conflitos.

O “Méqui” tem muito a ensinar aos profissionais ESTRATÉGICOS do direito.