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Empresas de blockchain, incluindo Binance, KuCoin, Tether, OKX e Bitfinex, prometeram mais de US $9 milhões em apoio às vítimas do terremoto

Por Adriano da Silva Santos

terremoto
Adriano da Silva Santos – jornalista e escritor

À medida que avançamos em 2023, notamos cada vez mais as vantagens das tecnologias digitais descentralizadas na vida cotidiana, principalmente como alicerce de base para fomento da segurança e direitos humanos ao redor do mundo.

Recentemente, um exemplo disso, foi a união da comunidade blockchain e Web3 para aumentar a conscientização e ajudar as vítimas de desastres depois que dois terremotos devastadores e centenas de tremores secundários no sudeste da Turquia e no noroeste da Síria interromperam o saneamento, os cuidados médicos, o abastecimento de alimentos e o acesso à água potável para mais de 23 milhões de pessoas.

Segundo dados oficiais, foram pouco mais de US $6 milhões em doações de criptomoedas, demonstrando a utilidade da criptomoeda como uma forma eficiente de transferir fundos entre fronteiras.

Além disso, empresas de blockchain, incluindo Binance, KuCoin, Tether, OKX e Bitfinex, prometeram mais de US $9 milhões em apoio às vítimas do terremoto, somando-se aos esforços de governos, organizações e empresas de outros setores, como Tezos, Ethereum, Ripple e Avalanche que fizeram outras doações consideráveis.

Plataformas como The Giving Block e Endaoment também têm ajudado organizações fora dos parâmetros da Web3 a configurar páginas de crowdfunding para que os usuários criptográficos possam facilmente doar diretamente para as instituições de caridade que conhecem e confiam.

Essas ações são uma resposta de como a comunidade blockchain e Web3 pode liderar o caminho para doações diretas e divulgar grupos de ajuda local que não estão recebendo apoio ou atenção devida.

O blockchain, como um banco de dados, pode ser distribuído com uma lista de registros com carimbo de data/hora, no qual geralmente sustentam as criptomoedas, servindo de fórum para criar, distribuir, negociar e armazenar moedas ou tokens como o próprio Bitcoin.

Metodologia ágil para ajuda humanitária

Desse modo, o que diferencia as comunidades blockchain e Web3 do humanitarismo tradicional é sua capacidade de coordenar a prestação de ajuda responsável, gerenciar crowdfundings de maneira mais segura e sigilosa e estabelecer programas de transferência de dinheiro ao mesmo tempo em que possibilitam a outros indivíduos, a coordenação e mobilização de recursos fora do controle governamental.

Outros benefícios também estão ligados em relação ao sigilo e identificação digital. A capacidade de se exercer autoridade e proteger suas identidades digitais se tornou a maior prioridade digital do século 21, isso porque ter um ID oferece várias vantagens ao interagir com os serviços Web3, visto que, pode ser usado como um endereço de carteira, uma medida de reputação e muito mais.

O sistema facilita a comunicação segura e conveniente em qualquer plataforma de computador, disponibilizando um caminho fácil e ágil para o encaminhamento e operação de dados com criptografia, além de os manter protegidos.

Sendo assim, ao integrar a tecnologia de identidade digital criptografada ao trabalho humanitário, o usuário é capaz de permitir que as agências e organizações de ajuda invistam, testem e implantem novas medidas, isso garante que aqueles que administram os esforços na ponta dos conflitos, consigam oferecer ajuda, assim como estejam mais bem preparados para enfrentar futuros desastres, criando o que chamo, de resiliência cibernética, ou seja, o ato de construir um processo que se auto protege através de meios virtuais seguros.

Em suma, para um mundo onde eventos catastróficos estão se tornando muito regulares, a tecnologia está aumentando a probabilidade de sobrevivência, atuando onde a política, por vezes, é precedente até mesmo sobre a vida humana.

fPortanto, a comunidade blockchain e Web3 pode dar o exemplo e ajudar as populações vulneráveis – assim como na Síria – que acreditam que o mundo as esqueceu.

Sobre Adriano da Silva Santos

O jornalista e escritor, Adriano da Silva Santos é colunista colaborativo do Crypto ID. Formado na Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Reconhecido pelos prêmios de Excelência em webjornalismo e jornalismo impresso, é comentarista do podcast “Abaixa a Bola” e colunista de editorias de criptomoedas, economia, investimentos, sustentabilidade e tecnologia voltada à medicina. 

Adriano Silva (@_adrianossantos) / Twitter 

Adriano Silva | LinkedIn

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