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Tendências em serviços emergentes de identificação bancária na Europa

20 de março de 2018

Rahim Kaba

Por Rahim Kaba, diretor de marketing do produto eSignLive by Vasco Data Security

Uma parte importante de qualquer negócio é conhecer seus clientes. Documentos de identidade física, tais como passaportes e cartões de identidade, foram projetados para permitir transações presenciais. No entanto, a economia digital de hoje está mudando a maneira como as transações comerciais tradicionais de tijolo e argamassa ocorrem.

À medida que a ocorrência de fraudes e de violações de dados prejudicam os negócios digitais, as empresas estão buscando opções de autenticação mais avançadas para validar a identidade dos participantes em uma transação digital – sejam eles um cliente novo ou um já existente. Não é que as organizações desejem introduzir fricção adicional na atividade on-line ou móvel de um consumidor, mas querem garantir que existam recursos de segurança adequados embutidos, particularmente para os canais digitais voltados para o cliente.

A identidade é fundamental para o setor de serviços financeiros porque permite a entrada digital e a entrega de novos produtos e serviços financeiros. Na União Europeia, por exemplo, existem inúmeros esforços para enfrentar o desafio da identidade na era digital.

Países como Holanda, Noruega, Suécia e Dinamarca, por exemplo, desenvolveram abordagens únicas para gerenciar e validar identidades. Já outros optaram por privatizar a entrega e distribuição de identidades eletrônicas (eIDs) ou oferecer EIDs emitidos pelo governo. O que eles estão fazendo é fornecendo aos cidadãos a escolha e permitindo que a comunidade bancária, por exemplo, invista em esquemas de gerenciamento de identidade.

O iDIN na Holanda é uma iniciativa bancária eID desse tipo e foi criada através de uma parceria entre a Dutch Payments Association e o governo holandês. Através do gateway iDIN, a tarefa de autenticação é transferida para a comunidade bancária e não para os comerciantes on-line individuais.

O benefício desse modelo é duplo. Os clientes usam suas credenciais bancárias estabelecidas e, portanto, não precisam lembrar mais um conjunto de credenciais e processos de autenticação. Isso permite uma experiência segura e sem atrito. Como os bancos autenticam fundamentalmente os usuários, os comerciantes on-line não ficam sobrecarregados tendo que assumir os requisitos regulamentares caros e rigorosos para identificar os clientes.

Outros serviços de autenticação de identificação bancária já surgiram na Europa, incluindo NemID na Dinamarca, BankID na Noruega e BankID na Suécia. Esses serviços têm ampla aplicabilidade – ou seja, documentos digitais de identificação e assinatura – e estão ganhando força em uma série de indústrias incluindo seguros, governo, financiamento de varejo, bem como junto à comunidade fintech.

Esses serviços emergentes de identificação bancária oferecem uma nova maneira de autenticar participantes em uma transação de assinatura eletrônica, especialmente para canais digitais B2C, onde é necessário um alto nível de segurança em relação à identidade do usuário.

Um exemplo do processo de assinatura eletrônica passo a passo, com a experiência do signatário utilizando a solução eSignLive da VASCO em conjunto com um serviço de identificação bancária:

  • o signatário revisa o contrato no aplicativo on-line da empresa e no e-Signlive (por exemplo, documento de abertura de conta)
  • o signatário clica no bloco de assinatura para concordar com os termos e as condições do contrato
  • o signatário é direcionado para o portal ID do banco (por exemplo, iDIN) para autenticação
  • o signatário autentica com suas credenciais bancárias e depois é direcionado de volta ao seu aplicativo on-line para concluir o processo de assinatura

As instituições financeiras, em particular, estão bem posicionadas para dirigir a agenda de identidade digital porque estão fortemente regulamentadas, já atuam como intermediários estabelecidos em muitas transações digitais e, geralmente, são confiáveis ​​pelos consumidores como instituições que salvaguardam informações e recursos pessoais.