Novos tempos pedem novas estratégias para a área de gestão de pessoas
A tecnologia digital está mudando os departamentos de recursos humanos das empresas, o que implica dizer que faz crescer a descentralização da gestão dos talentos.
Hoje, os colaboradores participam mais do dia a dia de trabalho e podem gerenciar melhor suas carreiras e um novo perfil de profissional é exigido pelas empresas: o estrategista de RH, que deve pensar, estudar e agir estrategicamente para o bom desempenho de suas funções.
Ao contrário do século passado, quando o trabalhador era tido quase que como uma máquina, o colaborador de hoje efetivamente participa e tem responsabilidade sobre o negócio. E os recursos humanos estão cada vez mais entrosados com as diversas áreas das empresas, de forma que a integração se tornou a tônica nas companhias modernas, mediante uma gestão personalizada de talentos.
O advento do cloud computing, por exemplo, vem flexibilizando e agilizando a gestão de talentos, o que resulta melhores serviços para o negócio. Mais: atualmente, existe a tendência de os profissionais de RH gerenciarem aplicativos externos e gerarem sistemas para a própria empresa, facilitando seu cotidiano. É o que aponta estudo do Accenture Instituteof High Performance do início deste ano de 2014.
Já um levantamento da AfferiLab, também de 2014, indica que a área de RH tem como grande desafio no momento desenvolver novas lideranças com vistas a aumentar os índices de retenção, engajamento e desenvolvimento de colaboradores. Um dos reflexos dessa constatação é o fato de que, hoje, os profissionais de recursos humanos mais experientes têm sido justamente os mais procurados pelas empresas, pois entre eles é que, normalmente, se distinguem os líderes.
Em 2014, 65% das contratações na área foram para cargos de nível sênior, de acordo com uma outra pesquisa, esta realizada pela Page Personnel. O estudo aponta ainda que os cargos mais demandados são os de analista sênior de departamento pessoal, de remuneração, business partners e analistas seniores, para os setores de bens de consumo, varejo, construção civil e serviços.
Estão todos visando à uma produtividade cada vez maior, o que faz do RH um departamento estratégico para o negócio. Sendo assim, procuram-se mais candidatos com boa estrutura comportamental e capacidade de analisar o negócio, excelente conhecimento sobre as outras áreas da empresa, foco em resultados e facilidade para negociar.
A tecnologia digital acelera as movimentações das empresas, e os planos são traçados para o curto prazo. A área de RH, por sua vez, tem de andar par e passo, cada vez mais depressa, e, para isso, está se tornando muito mais ágil e flexível.
Roni Franco nesta data era sócio da TG&C – Trevisan Gestão & Consultoria e da Efycaz Trevisan – Aprendizagem em Educação Continuada.