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Sigilo e Conhecimento: Uma Introdução ao Problema | RenatoMartini.Net

17 de setembro de 2013
Abstract. Este ensaio deseja lançar alguma luz sobre as relações, ainda pouco exploradas, entre sigilo e conhecimento. Mas não o faz de forma meramente instrumental, mas sim tenta fazê-lo de maneira ontológica. Há uma quase omissão para a questão do sigilo no pensamento humano, diferentemente do conhecimento, por isso as muitas referências à literatura. São anotações iniciais e preliminares desenvolvidas de forma ensaística e que demandam inobstante estudos mais detalhados.Keywords. sigilo, conhecimento, redesContents
“Ciencia y máquina fueron alejándose hacia un olimpo matemático, dejando solo y desamparado al hombre que les había dado existencia.” (Ernesto Sabato)
1. Sigilo e compartilhamento
Gostaria de afirmar inicialmente uma tese1: discriminar ou evitar o compartilhamento de informações tem um caráter anti-intuitivo. De forma mais direta quero dizer tão-somente que nosso modo de ser se dispõe antes peladifusão e compartilhamento da informação e do conhecimento, que pelo sigilo das mesmas. É, por conseguinte, natural nas organizações humanas que desejemos a difusão do conhecimento e não a sua retenção ou compartimentalização. Tanto mais dinâmica ela é, tanto mais o conhecimento se difunde. Sem dúvida podemos considerar de certa forma tal assertiva como bastante consensual. Ou seja, queremos vivamente que nossas organizações possuam mecanismos claros e bem definidos de difusão e compartilhamento da informação, – que chamarei de “existência informacional”. Em nossa própria existência somos de tal forma, então nada mais evidente que o mesmo se passe com o mundo da trabalho, com nossas organizações.
Não insistirei nesse ponto, até por seu aspecto consensualíssimo. Assim sendo, seria inconcebível que numa dada organização que o setor X estivesse trabalhando no tema “A” e o setor Y trabalhando no mesmo tema “A” e tais segmentos da organização não compartilhassem nenhuma informação vital sobre o referido tema. Se os setores “X” e “Y” somente compartilhassem informações periféricas já seria um desconforto na visão da avassaladora maioria de gestores e administradores. É consenso creio que uma organização hodierna faça o conhecimento fluir entre seus segmentos e setores, que ela não produza freios a nossa existência informacional. E cada vez mais usamos as ferramentas da Infraestrutura da informação, tais como as redes computacionais, para este desiderato, e toda uma gama de sistemas e softwares para realizar tal objetivo. Poder-se-ia concluir, primeiramente, que uma organização que não compartilha conhecimento talvez sofra sua maior patologia. E concluir, por outro lado, que ela também possui uma existência informacional.

 Fonte: Sigilo e Conhecimento: Uma Introdução ao Problema | RenatoMartini.Net

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