Redes sociais e apps de mensagens são os maiores desafios para a segurança de dados corporativos
2 de agosto de 2022Esses apps não-autorizados podem fazer a empresa perder o controle sobre a produtividade dos funcionários e da segurança corporativa
Cerca de três em cada 10 funcionários não pedem autorização prévia para baixar um programa em seus dispositivos corporativos, o que expõe a empresa a riscos de segurança
Shadow IT (ou TI invisível) é um fenômeno recente enfrentado pelas empresas, que acontece quando funcionários baixam programas não autorizados para realizar suas tarefas corporativas.
Entre as principais consequências dessas “gambiarras tecnológicas”, estão a falta de controle da eficiência operacional e a criação de falhas na segurança empresarial. Uma recente pesquisa da Kaspersky mostra a abrangência do problema como um alerta para que as lideranças das empresas pensem na melhor maneira de solucioná-lo.
A pesquisa “Infodemia e os impactos na vida digital” da Kaspersky, em parceria com a Corpa, mostrou como o excesso de informação sobre a pandemia gerou uma sobrecarga mental nas pessoas.
De fato, o resultado do estudo mostra que, durante a emergência sanitária, quando a maioria das pessoas passou a trabalhar de casa, três em cada 10 brasileiros tiveram que baixar um aplicativo ou programa em seus dispositivos corporativos para facilitar a comunicação com terceiros.
Outro aspecto que a pesquisa abordou foi se esses funcionários solicitam a aprovação da área de TI antes de realizar o download – e quase 30% disse que não busca essa autorização.
Essa situação coloca a segurança das empresas em risco ao não saber quais dados estão sendo compartilhados para fora da sua infraestrutura e por quais meios isso é feito. Entre os apps mais baixados, de acordo com a pesquisa, estão as redes sociais (70%) e os aplicativos de mensagens (55%).
“A inovação não é uma exclusividade das empresas. Em nossas vidas pessoais também tivemos melhorias importantes, como pesquisar o melhor preço de um produto desejado sem sair de casa e solicitar um táxi em vez de sair buscando um na rua. Aplicar essas “soluções tecnológicas” na vida profissional é algo natural. O problema está na dificuldade das empresas em se adequarem ao novo contexto – e este é um desafio gigantesco”, contextualiza Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil.
Como consequência, esses apps não-autorizados podem fazer a empresa perder o controle sobre a produtividade dos funcionários e da segurança corporativa – principalmente dos dados confidenciais.
“A proteção tradicional está acostumada a generalizar as políticas e bloquear ou permitir acessos a todos. Porém, em um mundo que precisou se digitalizar rapidamente para sobreviver, essa mentalidade não tem mais espaço. As diretrizes e políticas de segurança e o portfólio de programas permitidos precisam focar no negócio e adotar uma abordagem mais customizada sobre quais dados precisam de maior proteção e quem precisa ter permissão para acessá-los”, orienta Rebouças.
Infelizmente, a realidade é que um terço dos ex-funcionários ainda têm acesso aos arquivos das empresas onde trabalhavam.
“Vários fatores geram a Shadow TI. Não é apenas a iniciativa dos funcionários, mas também a falta de processos das organizações. Elas não têm mapeado quais programas/aplicações cada área necessita para desenvolver seus trabalhos e acabam atendendo-os de maneira reativa e individual. Porém, quando o indivíduo sai ou é demitido, apenas os acessos padrões são bloqueados – isso quando há essa preocupação. Para enfrentar essa situação, é necessária uma maior cultura de segurança de dados em todas as áreas para entender o fluxo de troca de informações”, destaca o executivo da Kaspersky.
Para mitigar os problemas da Shadow IT na segurança dos dados corporativos, a Kaspersky dá as seguintes recomendações:
– Adote e revise regularmente a política de acesso a ativos corporativos, incluindo caixas de e-mail, pastas compartilhadas, documentos online, para garantir que ela atenda às necessidades atuais da empresa.
– Mapeie e mantenha um registro atualizado dos programas que as áreas utilizam para desenvolver seus trabalhos. Isso dará maior eficiência operacional na chegada de novos funcionários e garantirá o cancelamento total dos acessos deles aos dados empresariais quando saírem da organização.
– Eduque periodicamente todos os funcionários sobre regras de cibersegurança da empresa para que eles entendam como proteger os dados corporativos e não os expor por descuido ou mal uso dos recursos tecnológicos.
– Use a criptografia para proteger as informações confidenciais. Desta maneira, mesmo que elas sejam compartilhadas, não poderão ser visualizadas sem a autorização necessária.
Para mais informações sobre o estudo “Infodemia e os impactos na vida digital”, acesse o blog da Kaspersky.
Sobre a Kaspersky
A Kaspersky é uma empresa internacional de cibersegurança e privacidade digital fundada em 1997. Seu conhecimento detalhado de Threat Intelligence e especialização em segurança se transformam continuamente em soluções e serviços de segurança inovadores para proteger empresas, infraestruturas industriais, governos e consumidores finais do mundo inteiro.
O abrangente portfólio de segurança da empresa inclui excelentes soluções de proteção de endpoints e muitas soluções e serviços de segurança especializada para combater ameaças digitais sofisticadas e em evolução.
Mais de 400 milhões de usuários são protegidos pelas tecnologias da Kaspersky e ela ajuda 240.000 clientes corporativos a proteger o que é mais importante para eles. Saiba mais no site da empresa.
Com quantas camadas de segurança você protege sua empresa?
FEBRABAN alerta para golpes em aplicativos de mensagens
Dados ao centro: como a coleta de informações tem mudado os processos de gestão empresarial