Depois que o Snowden abriu o bico, muitas pessoas que acreditavam piamente na segurança dos ambientes virtuais, mudou de opinião.
Por Evandro Oliveira
Evandro Oliveira
Mas como assim?
Infelizmente, o cidadão brasileiro, aquele dito incluído digitalmente, conhece muito pouco, ou nada, das tecnologias que paga caro e sai usando. É muito comum alguém pagar caro por um smartphone e o cara usar somente para falar, sem nenhuma diferença do que fazia algum tempo atrás.
Esta falta de conhecimento intencional não se replica quando o assunto vira fofoca mundial. Bastou o Snowden dar uma de dedo-duro, sabe-se lá porque, que o Barack ficou com má fama em todas as redes sociais, até o você que usa smartphone tá preocupado em ser espionado e descobrirem os segredinhos dele do passado.
Menos gente, tem que se importar com o nosso dia a dia, com aquilo que usamos. Com aquilo que consentimos que seja visualizado.
Redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram e outras são ambientes altamente promíscuos, como bordeis do milênio passado. Quer ir e ver como é que é, se preparar, Proteja-se.
E o que a criptografia tem a ver com estas coisas?
Simplesmente tudo. A criptografia e certificados digitais prometem (e fora defeitos de implementação, CUMPREM) elevar os níveis de segurança em proteção ao cidadão e ao detentor do certificado digital.
Eventos e atividades, como a CryptoRave, ocorrida em São Paulo, recentemente, servem para mostrar que a criptografia não é bicho de sete cabeças e ainda ajudam as pessoas a entenderem alguns posicionamentos e questões como privacidade e neutralidade, presentes em projetos de lei e legislação do país.
A lei conhecida como Marco Civil, diz muita coisa que foge à percepção do usuário comum de tecnologias, especialmente móveis. O confronto está na questão de quanto mais as pessoas aprofundam o uso de tecnologias, mais vão abrindo mão de sua privacidade.
Certificados Digitais e uso intensivo de criptografia, mesmo que não esteja vinculada a situações que exijam validade jurídica e cadeias hierárquicas de confiança comercial e empresarial, podem ajudar bastante as pessoas no dia a dia e na proteção de suas informações pessoais.
Não basta que o governo se proteja de outros governos, é preciso conscientizar a população dos riscos e das vantagens de saber usar tecnologia. Com certificação digital não é diferente. O uso do certificado digital no Brasil só está se ampliando pela coerção e não pela percepção de que é bom melhorar o nível de segurança da informação de forma ampla e irrestrita.
Esclarecimentos e eventos sobre criptografia ultrapassaram o estágio de “coisa de nerd” e se fazem necessários a todos. Tem sido decepcionante ver auditores, consultores, profissionais de TI e empresários, entregarem seus certificados digitais (ou de suas empresas), nas mãos de contadores sem ao menos desconfiarem que com aquele mesmo certificado digital, qualquer pessoa com a chave privada pode acessar uma conta bancária. E depois reclamam que estão sendo observados e tendo sua privacidade invadida.
Nada que uma bela rave não resolva!
Se não tiver cryptorave que venham muitos install cryptofests, para que as pessoas, e até muitos profissionais de TI percam a vergonha de perguntar e tenham a condição de saber do que se trata. Algumas situações embaraçosas podem ser evitadas com animadas raves Brasil afora.
P.S. Não esqueci da NSA, mas pelas mudanças que agentes espiões da NAS andam promovendo em empresas que suportam redes sociais e afins, é bom evitar colocar determinadas palavras repetidas muitas vezes num texto. Posso atrair a ira do “grande irmão do norte”.
Dúvidas e sugestões sobre conhecimento básico, terminologia, e termos técnicos, deixe seu comentário.
Bibliografia Recomendada
Dissertação de Mestrado – Jesus, André L. N. De,
Criptografia- Conceitos Básicos – Wikipedia
Site: http://www.cryptorave.org
Sobre Evandro Oliveira
Graduado em Administração, com atuação em áreas de RH, Marketing, Planejamento e Gestão Estratégica.
Pós-Graduado (MsC) em Administração Pública e Tecnologias da Informação, com ênfase em Segurança de Redes do Setor Público.
Professor de disciplinas nos cursos de Administração, Computação, Ciência da Informação e outros.
Consultor independente em Certificação Digital, Sistemas de Segurança de TI, Marketing Digital e Redes de Computadores.
Especialista e Consultor na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil)
Palestrante e Conferencista.
Colunista do Portal CryptoID.
