Por Adriana de Moraes Cansian
A história da Família Cansian na computação brasileira começou em 1989 na USP São Carlos.
Foi nessa época que meu marido, Adriano Cansian, aluno do Instituto de Física, viu e tomou contato com os seus primeiros computadores.
Já no início dos anos 90, desistiu do Doutorado em Óptica para escrever uma tese na área de Física Computacional, tornando-se um auto-didata no assunto, uma vez que nunca estudou computação formalmente.
Aprovado como docente na UNESP em 1992 no curso de Ciência da Computação, encontrou em São José do Rio Preto um ambiente muito diferente daquele existente na USP e numa atitude de vanguarda trabalhou incansavelmente pela implementação da rede UNESPNet que interliga todos os campi da UNESP e que foi definitivamente instalada em 1996.
Esse foi um marco não só para a instituição, mas também para Adriano, porque depois da conclusão de seu Doutorado e desta implementação, passou a se dedicar à pesquisa e a atividades executivas que viabilizassem e otimizassem ainda mais os negócios e o envolvimento dos docentes, alunos e funcionários com a tecnologia.
Nesta época, final dos anos 90, os computadores já faziam parte da vida das pessoas de uma forma muito mais presente e foi também nesta época que, minha cunhada, Alessandra, também migrou do Doutorado em Biologia na USP de Ribeirão Preto para a área de tecnologia. Mais uma vez, um Cansian foi trabalhar com tecnologia de forma auto-didata.
Passou a desenvolver softwares interativos para eventos e shows e trabalhou com artistas como, Lulu Santos, Cidade Negra, Ana Carolina e Marisa Monte.
Se especializou em Marketing Digital pela FGV e desenvolveu projetos, como listas de discussões e podcasts que focalizavam a presença feminina no meio tecnológico.
E com toda essa influência foi a vez de meu sobrinho, Alexandre, também “fincar o pé” na área. Escolheu como carreira Engenharia da Computação na UNICAMP em 2010 e gostou tanto que seu trabalho de Iniciação Científica foi premiado no XV SebSeg em novembro último em Florianópolis.
Eu também fui seduzida pelos computadores e depois de uma carreira de 16 anos como professora de Língua Portuguesa, Mestrado em Linguística, fui desbravar o Direito e logo nos dois primeiros anos de graduação, comecei a estudar a área que se firmava como Direito Digital. Tamanho foi meu envolvimento que, já durante a graduação passei a ir aos poucos congressos que havia sobre o tema e acabei fazendo meu trabalho de conclusão de curso sobre contratos eletrônicos. Me especializei, atuo na área e ajudei a aumentar a participação da família em assuntos de vanguarda, já que esta área do Direito ainda tem muito para ser desbravada!
É curioso, mas também compreensível, quando se faz o que se gosta, envolvemos outras pessoas nas nossas paixões! Creio ter sido por isso que meu marido encontrou tantos discípulos dentro de casa.