As principais tendências da segurança eletrônica para 2023

O fato é que a segurança eletrônica está atraindo cada vez mais a atenção de quem busca uma oportunidade de crescimento

Por Selma Migliori

É impossível pensar no que o ano de 2023 guarda para o mercado de segurança eletrônica no contexto brasileiro, sem retomar algumas passagens de 2022 que devem reverberar no segmento nos próximos anos.

Sim, apesar do segmento não ficar devendo em nada em comparação a outros países, proponho que para entender o que nos aguarda é preciso focar nas conquistas e desafios do nosso território.

Por exemplo, a entrada do 5G, a atualização do E-Digital e a esperada aprovação do Estatuto da Segurança Privada.

Este ano foi um importante marco para o ecossistema de inovação brasileiro e definiu, em maior ou menor grau, o tabuleiro do jogo para os próximos anos, ao passo que a 5ª geração de internet chega para reduzir a latência e possibilitar uma conexão segura, estável e adequada às demandas de IoT.

Os estados e municípios recorrem à tecnologia como ferramenta de gestão e ainda lidamos com a falta de uma legislação adequada às nossas soluções e também a escassez de mão de obra qualificada.

Há vagas: qualificação profissional 

A principal tendência para 2023 não deve ser uma tecnologia, mas os profissionais de tecnologia. Sejam jovens que acabaram de entrar no mercado, trabalhadores em transição de carreira ou até profissionais com experiência no segmento, mas que devem partir em busca de qualificação para avançar na carreira, o fato é que a segurança eletrônica está atraindo cada vez mais a atenção de quem busca uma oportunidade de crescimento. E a boa notícia é: há vagas.

Todas as outras tecnologias e inovações que, definitivamente, vão impactar o setor no próximo ano dependem de profissionais qualificados e preparados para assumir a operação, manutenção e escalabilidade das soluções.

Com tantas verticais investindo em segurança eletrônica, do agronegócio aos condomínios residenciais, novos profissionais estão prestes a chegar e isso demandará abertura e caminhos para separar aqueles que verdadeiramente possuem comprometimento com a excelência.

Desdobramentos do Metaverso 

Se as nossas soluções são para o mundo real, por que incluir o metaverso entre as tendências? Bom, a rede de internet não necessita de câmera de segurança, mas mesmo assim dependemos da conexão em todas as etapas: da negociação de um projeto até a operação.

Com o investimento massivo da Meta, dona do Facebook e Instagram, em tecnologia “metaverso” – software e hardware VR – é possível que nos próximos anos cresça o número de dispositivos de realidade aumentada, e, com certeza, não demorará muito para serem abarcados pela segurança eletrônica, seja como ferramenta de trabalho (com óculos de realidade virtual) ou como campo de novos negócios, através dos escritórios e showrooms virtuais.

O encantamento da Automação 

A pandemia aproximou o cidadão comum, que até então se dividia entre analógico e digital, da tecnologia.

Cada vez mais conectados, este novo usuário busca por maneiras de aproveitar melhor os dispositivos que agora fazem parte da rotina – seja controlando a luz pelo assistente de voz ou utilizando o celular para operar um sistema de videomonitoramento.

Desta forma, cada vez mais atraídos para o universo da automação, cria-se um campo favorável para tecnologias IoT, AI e Aprendizado de Máquina ganharem mercado e encantarem estes entusiastas.

Mas é claro que não ficará restrita aos lares brasileiros. Do ponto de vista dos projetos comerciais, empresariais e até de cidades inteligentes, esta ainda é uma forma eficiente de melhorar o atendimento ao cliente e agilizar diversos processos.

Internet das Coisas e Inteligência Artificial 

Apesar de não serem mais tendências, mas realidades já consolidadas, é impossível não elencar IoT e AI nesta lista.

Assim, a novidade fica por conta das iniciativas para popularizar e escalar soluções baseadas nestas tecnologias.

Vale a pena olhar para a construção da Unidade de Inovação da Abese dentro do Inova-USP, órgão de Inovação de uma das principais universidades do mundo, que será o principal projeto mobilizador da inovação para a segurança eletrônica no Brasil.

Ou ainda a abertura do Sandbox Regulatório, que permite que instituições já autorizadas e ainda não autorizadas possam testar projetos inovadores (produtos ou serviços experimentais) com clientes reais, sujeitos a requisitos regulatórios específicos.

É importante prestar atenção nestas pequenas conquistas porque elas apontam para os bons ventos que sopram para a segurança eletrônica agora, e que possamos aproveitá-los da melhor maneira.

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