Estava pensando em como abordar uma situação que envolve a evolução que tivemos em termos de segurança com o advento da criptografia, biometria etc, mais os avanços tecnológicos que são mal utilizados ou nem aplicados nas modernidades e necessidades que temos no uso de artefatos e programas de TI.
Por Evandro Oliveira
Recentemente, ao referenciar algo que escrevi há quinze anos atrás, fui criticado por que o que escrevi é letra morta, mesmo que um famoso jornal estadunidense publique como “novidade” o que escrevi num jornal tupiniquim quase no milênio passado.
Consegui desenrolar esta coluna ao ler um artigo muito bom do camarada Anderson Ramos, intitulado “ Gentrificação do hacking?” Publicado aqui no CryptoID.
Uma frase no artigo citado me chamou a atenção “… E evito coisas tipo fulano de tal em 1345 era hacker, pra evitar relativismos inócuos …”.
EUREKA !!!
Descobri que a questão é a gentrificação que está se entranhando nas mais diversas ciências e áreas de conhecimento, somada à questão de diferença de gerações (gerações que eram “medidas” em períodos de 18/20 anos e hoje passaram a 13/15 anos e diminuindo… ).
Estes processos de gentrificação, conflito de gerações e pressa inata de neófitos na vida e no uso de tecnologia, fazem com que cada um queira ser famoso pelos tais 30 segundos (tá, sei que eram quinze minutos, mas isto foi no século passado e sem a existência da Internet e das redes sociais).
Nestes casos que envolvem TI, a gentrificação coloca em risco a coesão social, os coletivos e provoca, com toda certeza uma ruptura e transformação social que terá efeitos desastrosos. Muita coisa boa será eliminada simplesmente porque a sociedade prefere os eufemismos e hipocrisia.
O termo gentrificação vem da ideia ou situação dada como “fato consumado” que existe uma ocupação de um espaço e novos ocupantes possuem mais direitos do que os antigos ocupantes de espaços. Impõe aos ocupantes antigos, condições degradadas e eles não se sustentam, afastando-se do seu local. É um movimento mundial. No Brasil começou com os portugueses colocando os índios no meio da selva amazônica.
E eu aqui vivendo a gentrificação tecnológica, mesmo que esteja “up to date” até com a Singularidade Tecnológica.
Vou tomar emprestado uma frase revolucionária para um momento como este e associá-la à frase da bandeira do meu estado
“Sonha e serás livre de espírito… luta e serás livre na vida”.
Libertas Quæ Sera Tamen
Liberdade e Gentrificação não podem coexistir numa sociedade. O pensamento daquilo que escrevi alguns anos atrás pode mudar, a minha liberdade de defendê-lo hoje, nos campos e espaços virtuais onde eu tenha acesso é inalienável.
Continuaremos a dar sequência às questões relacionadas ao conhecimento básico sobre infraestrutura de chaves públicas, Segurança da Informação. Dúvidas e sugestões sobre estes temas podem ser feitas nos comentários a seguir ou através do e-mail evandro.oliveira@bhzlabs.com.br.
Bibliografia Recomendada:
Sistemas Eleitorais Obscurantistas em
http://www.brunazo.eng.br/voto-e/noticias/estaminas1.htm
Voto Eletrônico – Processo Eleitoral Brasileiro em http://www.ip.pbh.gov.br/ANO3_N1_PDF/ip0301oliveira.pdf
Senhas – Identificação e Autenticação para Redução de Vulnerabilidades na Rede Municipal de Informática – RMI em
http://www.cesarkallas.net/arquivos/apostilas/redes/vuln_evandro.pdf
Sobre Evandro Oliveira
Graduado em Administração, com atuação em áreas de RH, Marketing, Planejamento e Gestão Estratégica.
Pós-Graduado (MsC) em Administração Pública e Tecnologias da Informação, com ênfase em Segurança de Redes do Setor Público.
Professor de disciplinas nos cursos de Administração, Computação, Ciência da Informação e outros.
Consultor independente em Certificação Digital, Sistemas de Segurança de TI, Marketing Digital e Redes de Computadores.
Especialista e Consultor na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil)
Palestrante e Conferencista.
Colunista do Portal CryptoID.
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