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Inteligência Artificial une adequação à LGPD ao crescimento dos negócios

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A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que foi sancionada em 2018 e entrou em vigência em agosto de 2020, estabelece diretrizes importantes e obrigatórias para a coleta, processamento e armazenamento de dados

Por Adriano Almeida

lgpd
Adriano Almeida, DPO da Yapoli

Apesar disso, uma auditoria realizada pelo TCU (Tribunal de Contas da União), por meio da Sefti (Secretaria de Fiscalização de TI), mostrou que 76,7% dos 382 órgãos federais ainda não adotaram a legislação.

Isso sem mencionar o próprio mercado, em que pelo menos 64% das empresas brasileiras ainda não alcançaram a conformidade com a lei, como aponta uma pesquisa da Akamai Technologies.

Já passou da hora dessa situação mudar, não é mesmo? As instituições e corporações, de modo geral, devem entender de uma vez por todas que precisam mapear e verificar dados pessoais de maneira correta e com o compliance em dia.

Nesse sentido, a forma como uma organização prioriza e leva a sério as questões ligadas à segurança e privacidade de informações é o ponto-chave para definir a integridade das suas plataformas e sistemas. 

Muitas ferramentas usam essa tecnologia para identificar dados considerados pessoais e alertar os administradores sobre como eles são tratados, para que assim possam se adequar à LGPD.

Isso ajuda os profissionais encarregados da proteção de informações a controlá-las em um universo extenso de aplicativos, dispositivos, websites, etc.

Imagine só a quantidade gigantesca de acessos e dispositivos com esses materiais em empresas de grande porte; é impossível fazer a verificação e o mapeamento de todos esses conteúdos com qualidade por meio de um trabalho manual. 

Por isso, recursos como a Inteligência Artificial não apenas podem ser utilizados como aliados, como devem; afinal, estão previstos na própria legislação.

A LGPD em seu artigo 2, inciso V, descreve como fundamento o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação.

Ou seja, está claro que a tecnologia não é vista como um simples bônus nesse segmento, que pode ser deixado de lado caso a gestão da marca queira.

Não, o recurso é um agente fundamental na missão de trazer limites importantes para o uso abusivo dos dados pessoais. 

Uma situação que exemplifica com clareza essa importância é a conexão de uma empresa com os seus leads (possíveis clientes que podem se interessar pelo seu produto ou serviço).

A tecnologia em questão permite que esse processo de comunicação tenha uma base legal concreta se a marca utilizar mecanismos de análise de impacto de legítimo interesse.

Em outras palavras, é o sinal verde que garante que essa jornada não fira liberdades individuais e a segurança do lead – que é o titular do dado.

Outro trecho da lei que comprova isso é o artigo 7, inciso IX, que dispõe que o tratamento de dados pessoais pode ser feito quando necessário para atender aos interesses legítimos do controlador ou de um terceiro, exceto no caso de prevalecer em direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dessas informações.

Assim, quando a companhia envia comunicações a seus leads, com base legal, por meio da IA, ela está dizendo a eles que tem conteúdos que são do seu interesse, eliminando a bagunça presente em muitas corporações de mandar materiais aleatórios para esses possíveis clientes.

Olhando para essa interligação da tecnologia com a LGPD fica claro que as empresas que seguem por essa linha de atuação não fazem promessas que não podem cumprir; no português claro, elas dizem que estão de acordo com a lei e, de fato, a cumprem.

É uma demonstração da precisão do seu negócio e suas práticas com a realidade, mostrando que a organização aposta em sistemas e mecanismos de segurança atualizados, o que garante o compliance com a legislação e mitiga riscos econômicos e reputacionais para a companhia.

Portanto, em um país em que a adequação à LGPD ainda tem um bom caminho a ser percorrido, apostar na IA como uma alavanca para acelerar esse processo é uma escolha certeira.

A ferramenta tecnológica funciona como uma linha que liga o cumprimento da legislação ao crescimento dos negócios, gerando um grande valor financeiro e de imagem para o mercado.

Como qualquer fase de adaptação, é sempre melhor ir na direção do que une o útil ao agradável e é o que estamos tratando nesse caso.

*Adriano Almeida é DPO da Yapoli, principal referência em gestão de ativos digitais do Brasil.

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