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GTP reúne: RFID, WMS, RTLS e Drones para controle de estoque – Entrevista

GTP reúne: RFID, WMS, RTLS e Drones para controle de estoque – Entrevista

16 de julho de 2017
Luiz Araújo

Conversamos com Luiz Araújo, diretor de negócios da GTP sobre como a tecnologia aplicada aos drones é capaz de automatizar processos exaustivos para humanos e muito simples para a Inteligência Artificial.

Com mais de 15 anos de experiência no mercado de tecnologia da informação, a GTP desenvolve e implementa soluções de ponta em automação logística e se posiciona como empresa pioneira quando fala-se na união das tecnologias de RFID (Radio Frequency Identification) e WMS (Warehouse Management System) aplicadas a drones equipados com softwares de geolocalização e sensores (RTLS) para controle com total precisão  de estoques, evitando perdas e otimizando custos de forma automatizada e sem interferência humana.

CRYPTO ID:  Luiz, qual era a maior demanda e necessidade que levou ao desenvolvimento de uma solução que reúne essas tecnologias?

Luiz Araújo: As necessidades mais comuns entre as empresas são tempo e acuracidade (precisão e exatidão de dados e informações). Diante deste cenário, focamos como principal objetivo da GTP idealizar tecnologias que automatizam tarefas árduas e repetitivas com a precisão que apenas as máquinas conseguem realizar.

CRYPTO ID:  Quais outras tecnologias eram comuns e que não atendiam na íntegra as necessidades das empresas? Ainda é utilizada por grande parte das empresas, certo?

Luiz Araújo: A questão central não é a tecnologia, mas sim, o método. A tecnologia usada é o código de barras. 99% das empresa usam o Ser Humano para contar e aí é que está o problema. Os inventários são caros e inúteis, comumente feitas de três ou quatro contagens até se chegar em um número “razoável”, mas nunca o definitivo, preciso. O homem é uma máquina inteligente que interpreta números, analisa, compara, toma decisões. A contagem (de qualquer coisa) é uma tarefa árdua para os humanos, repetitiva, dolorosa. Logo, nunca realizada com precisão. Não estou falando de contar 10 ou 50 “coisas”, mas sim, 10 mil, 50 mil itens.

CRYPTO ID:  Por que o drone foi a melhor alternativa?

Luiz Araújo:  O drone foi uma das alternativas. Chegamos a desenvolvemos robôs que realizam a mesma tarefa, mas que não teve a mesma repercussão. Os drones têm maior apelo mercadológico.

CRYPTO ID: Quando e como foi o desenvolvimento da tecnologia?

Luiz Araújo:  Começamos em 2012 com um propósito bem específico. O drone de USD 150 mil com payload, de 15 Kg, tinha autonomia de 5 horas de voo, capaz de transmitir dados a 60 Km de distância. Hoje, estamos usando um drone mais barato (na faixa de USD 5 mil), idealizado para atuar em automação de processos. Além disso, vale ressaltar que temos uma solução com garante a autenticidade da rede IoT ponto a ponto. É da Open Limit uma empresa alemã dedicada a segurança de redes IoT.

CRYPTO ID: Falem mais sobre a parceria com a empresa Zebra? Por que a escolha deste parceiro? Por que uma empresa norte-americana?

Luiz Araújo:  A Zebra é um parceiro estratégico que nos dá suporte no desenvolvimento e é um forte aliado. A tecnologia da Zebra nos garante precisão e assim podemos dedicar esforços no desenvolvimento de algoritmos mais sofisticados. A escolha da companhia foi uma evolução natural dos negócios que estamos desenvolvendo há vários anos, apostando em tecnologias que realmente fazem a diferença no nosso dia a dia.

CRYPTO ID: Podemos realmente afirmar que são pioneiros quando fala-se em na união das tecnologias de RFID (Radio Frequency Identification) e WMS (Warehouse Management System) e lançar um drone equipado com softwares de geolocalização e sensores (RTLS) para controle com precisão estoques, evitando perdas e otimizando custos de forma automatizada e sem interferência humana?

Luiz Araújo: Sim. Com certeza somos uma empresa pioneira neste sentido, pois atiramos na direção certa. Tanto que a maior demanda está vindo de países europeus e Estados Unidos, que já buscaram alternativas em outras empresas, que não entregavam o que era proposto. Não somos os únicos a oferecer inventário com drone, a diferença é que o nosso funciona de forma autônoma ou com piloto.

CRYPTO ID: Como foram os primeiros testes e quais foram os primeiros resultados obtidos? Poderiam listar detalhadamente? foi divertido.

Luiz Araújo: Cada teste um drone na UTI. Os sensores tiveram que ser modificados e melhorados. A taxa de transmissão de dados. A quantidade de sensores. Os algoritmos. O processamento dos dados. Os limites de payload da tecnologia embarcada. Enfim são muitas variáveis para se trabalhar. Estamos falando de um drone que navega dentro de um armazém cheio de obstáculos tais como colunas, paletes, etc. Ao mesmo tempo estamos falando de uma ferramenta que se propõe a entregar dados confiáveis em curto espaço de tempo.

CRYPTO ID: Com tal tecnologia, quais áreas foram fortemente impactadas, positivamente falando? Podemos também listar quais são elas?

Luiz Araújo: A principal área impactada positivamente pela tecnologia é a de gestão de estoques. Os inventários passam a ser, seguramente, mais precisos, deixando as empresas preparadas para programarem seus estoques em função da demanda. Isso afeta a área de distribuição, que, por consequência, afeta a área de vendas e até mesmo a linha de produção. Por isso, é possível dizer que toda a empresa será afetada positivamente.

CRYPTO ID: Quais os segmentos/ portes de empresas são mais aderentes a este tipo de tecnologia, na opinião de vocês?

Luiz Araújo: As empresas de bens de consumo serão seguramente as mais aderentes, pois os custos de inventário destas empresas são altos.

CRYPTO ID: O que vocês estão fazendo – iniciativas comerciais – para mostrar às empresas os ganhos ao apostarem no drone?

Luiz Araújo:  Para divulgar a tecnologia ao mercado, estamos apostando fortemente no marketing viral, atacando um problema real. Enxergamos tal iniciativa como uma ferramenta que vem ao encontro de uma demanda antiga, latente.

CRYPTO ID: Como o mercado de drone está no Brasil? Como avaliam os demais países?

Luiz Araújo:  Nossa ligação com o mercado de drones é meramente informativo já que não usamos o mesmo da forma como é comercializado no mercado, temos que modificá-lo. No Brasil, entendo que há uma demanda crescente, em especial, para uso na agricultura, mesma demanda que outros países. Há também aplicação na área imobiliária e produção de imagens, por exemplo.

CRYPTO ID: Como o mercado de tecnologias aplicadas ao cenário da logística está se comportando? Há pesquisas que afirmam que é um dos setores mais carentes quando fala-se em inovação. Estão de acordo com estes dados?

Luiz Araújo: Estou de acordo em 100% quando fala-se que a logística está entre os setores mais carentes dentro de uma empresa, tecnologicamente falando. Quando se fala em logística se pensa em armazenagem e transporte, uma visão romântica, na minha opinião. A logística está presente, inclusive, na vida do consumidor final, quando pensamos em ir a um restaurante, como também, no uso de aplicativos que entregam comida em casa. A Amazon, por exemplo, já está entregando pasta de dentes, pão, leite, fruta, entre outros itens, no mesmo dia. O que é o Uber se não uma conveniência logística? Isto é sinônimo de um mercado que ainda está descobrindo suas necessidades e que vai evoluir muito. Comparado a outros segmentos já maduros, diria que a logística ainda está em uma fase muito inicial.

CRYPTO ID: O que mais pode ser revelado? Há novas versão e/ ou tecnologias por vir, desenvolvidas especialmente para o cenário logístico?

Luiz Araújo: Estamos trabalhando em projetos que visam melhorar e garantir a qualidade de trabalho dos operários do setor logístico. Se por um lado entendemos que a automação deverá avançar, não acreditamos na tecnologia como algo predatório que tem que cortar empregos de forma indiscriminada. O erro é inerente ao ser humano. As novas tecnologias que vamos aportar, em breve, no setor logístico estão focadas em aplicações de realidade aumentada e wearables. Já estamos finalizando o desenvolvimento e negociando projetos piloto, por enquanto, apenas no exterior.

Luiz Araújo, diretor de negócios da GTP

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