Governo vai criar polos tecnológicos de inovação agropecuária
14 de abril de 2019Primeira unidade será implantada em Londrina ainda neste ano.
Cidade paranaense também vai sediar um hackathon sobre soluções tecnológicas para as mudanças climáticas
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai criar em Londrina (PR) um polo tecnológico de inovação agropecuária, o primeiro de um conjunto de cerca de 12 que serão espalhados pelo país, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
O objetivo é que os polos contribuam para aprimorar o ambiente de inovação tecnológica, criando mais condições para que empresas, startups e universidades interajam e proporcionem resultados mais rápidos e precisos para a agropecuária.
O diretor de Inovação do Mapa, Luís Cláudio França, disse que o polo tecnológico simboliza o comprometimento do Ministério da Agricultura de tornar o Brasil um grande exportador de inovação e tecnologia do setor agropecuário.
Segundo o diretor, o Brasil possui tecnologias de ponta no campo, mas ainda não exporta essa expertise para outros países.
A ideia é identificar em vários estados locais com vocação tecnológica e proximidade com instituições universitárias para implantar os demais polos de inovação agropecuária do Mapa.
Os polos vão atrair universitários para trabalhar com as novas tecnologias para a produção rural.
Em viagem a Londrina, a ministra Tereza Cristina anunciou que a cidade, que tem mais de 1.200 pequenas e médias empresas de tecnologia, também foi escolhida para a realização de um grande hackathon, em novembro, com o objetivo de encontrar novas soluções tecnológicas para o agronegócio brasileiro.
Hackathons são eventos que reúnem programadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software em maratonas de trabalho, com o objetivo de criar soluções específicas para um ou vários desafios.
Neste caso, pela primeira vez o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) vai abrir suas bases de dados para que os participantes cirem soluções específicas para os desafios que serão lançados.
Os primeiros hackathons, portanto, terão como foco as informações sobre mudanças climáticas.
Luis Cláudio França explicou que as cadeias do agronegócio possuem problemas que podem ser solucionados por agritechs, como são chamadas as startups voltadas para as modernas tecnologias da agricultura.
A ideia é fazer dezenas de hackathons em várias regiões do país, nos próximos meses, para botar toda a inteligência desses inovações a serviço do setor agropecuário brasileiro.
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