A Google admitiu, que não criptografa as conversas do Hangouts e que a própria empresa pode grampear estas sessões se, por acaso, receber uma ordem judicial emitida com exigências do governo.
Isto entra em confronto com a criptografia end-to-end de outros serviços similares como o FaceTime da Apple, que a empresa garante segurança e sigilo máximo aos usuários.
A Google nunca se posicionou com firmeza a cerca de questões sobre o nível de criptografia oferecido pelo Hangouts e quando foi pressionada pelo principal tecnólogo do American Civil Liberties Union, Cristopher Soghoian, a empresa apenas disse que as mensagens eram criptografadas enquanto eram enviadas.
Segundo a Motherboard publicou em recente artigo, a Google declarou que a criptografia end-to-end não está inclusa no seu serviço.
“Um porta-voz confirmou que o Hangouts não usa criptografia end-to-end“, citou Lorenzo Fanceschi-Bicchierai, repórter da Motherboard.
“Isso faz com que, tecnicamente, a Google possa grampear as conversas mediante a solicitação de agentes na aplicação da lei, mesmo quando o usuário ativa o recurso ‘não gravar’. O que na verdade, só evita que as conversas não apareçam no seu histórico“, completa.
O Relatório de Transparência da Google revela que a empresa recebeu 26 pedidos de escuta do governo dos EUA por 18 meses consecutivos contando do início de 2013. A empresa não identificou quantas ocorrências envolveram diretamente o Hangouts.
