Uma loja virtual pode implementar a IA para combater fraudes, integrando um sistema de detecção baseado no conceito de aprendizado de máquina
Por Luciano Furtado C. Francisco
No comércio eletrônico não é segredo que a segurança nas transações é uma preocupação crescente e permanente. Desde que o comércio eletrônico existe, tal como o conhecemos, os mais diversos mecanismos de segurança vêm sendo implantados para aumentar essa segurança.
Uma boa notícia nesse contexto é que a inteligência artificial (IA), aquela força por trás dos assistentes virtuais e recomendações personalizadas, está se revelando também uma poderosa aliada no combate às fraudes no e-commerce.
Mas como essa tecnologia funciona para o combate a fraudes nas compras online? Em termos simples: a IA é como um investigador do mundo cibernético. Imagine que você faz uma compra online.
Nesse exato momento, a IA está de olho em todos os detalhes, como se fosse um detetive, analisando pistas.
Ela analisa seu histórico de compras, localização, dispositivo utilizado, padrões de comportamento e até mesmo a pressão do seu toque na tela. Com base nesses dados, ela decide se a transação é suspeita ou não.
Mas a IA não para por aí. Ela também vasculha bancos de dados gigantescos, que incluem informações sobre transações anteriores, comportamentos de compradores e históricos de fraudes.
A partir desses dados, ela cria modelos matemáticos complexos, que funcionam como um farol, apontando para as transações mais problemáticas.
Vamos falar em termos mais técnicos? A IA utiliza algo chamado “aprendizado de máquina” (machine learning). Ela é alimentada com toneladas de exemplos de transações legítimas e fraudulentas, para que aprenda a distinguir uma da outra.
Como um filhote, que identifica um amigo peludo, a IA reconhece padrões ocultos nas transações que humanos não conseguiriam enxergar.
Uma loja virtual pode implementar a IA para combater fraudes, integrando um sistema de detecção baseado nesse conceito de aprendizado de máquina.
Coletando dados de transações passadas, localização, dispositivos e comportamento do usuário, a IA cria modelos que identificam padrões suspeitos.
Ao analisar esses dados, a IA pode automaticamente bloquear ou sinalizar transações suspeitas, que seguem para revisão manual.
O efeito disso? Por exemplo, se você normalmente faz compras na sua cidade, mas, de repente, uma compra sua é feita a partir de outro continente, a IA acende uma luzinha vermelha.
Ela também verifica se alguém está tentando comprar em quantidades absurdas ou se um único cartão de crédito está sendo usado para várias contas. Isso é como o faro de um cão policial: se algo cheira mal, a IA vai atrás.
Os números não mentem. Segundo um estudo da LexisNexis Risk Solutions, em 2022 as lojas virtuais dos Estados Unidos sofreram um prejuízo médio de 3,36% para cada dólar gasto, devido a fraudes.
É muito dinheiro! Mas com a IA no jogo, as perdas caem para 0,9%. Ou seja, a IA é como o vigilante mascarado que defende Gotham City, mas no mundo do e-commerce.
A entrada da IA no combate às fraudes é uma vitória para todas as partes. Para os lojistas, significa menos prejuízos e uma reputação mais sólida, já que os consumidores sabem que podem confiar em suas transações. E isso ajuda muito a obter mais clientes e a retê-los.
E para os consumidores, é uma segurança extra.
Assim, enquanto nós, meros mortais, clicamos em “comprar agora”, a IA fica ali nos bastidores, defendendo nossos interesses e protegendo nossos bolsos, cartões, carteiras e contas bancárias.
Portanto, na próxima vez que você fizer aquela compra online, lembre-se: a IA está lá, pronta para afastar os vilões cibernéticos e garantir que sua experiência de compra seja a mais segura e tranquila possível.
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