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As chamadas fábricas do futuro já estão formando seus conceitos, implementando sempre novos recursos e soluções

Por Denis Pineda

Denis Pineda é gerente regional da Universal Robots na América do Sul, empresa dinamarquesa líder na produção de braços robóticos industriais colaborativos

Desde que a primeira linha de produção começou a funcionar, em meados de 1913, podemos observar uma grande mudança, principalmente devido ao avanço tecnológico que está cada vez mais presente no dia a dia das empresas.

Porém, mesmo com toda essa evolução, a teoria continua a mesma, as indústrias e outros setores precisam ter em mente que quanto mais automação e integração ocorrer entre os sistemas e colaboradores, mais fluido o trabalho fica.

As chamadas fábricas do futuro já estão formando seus conceitos, implementando sempre novos recursos e soluções.

Vale lembrar que os setores básicos desse novo formato se preocupam em aumentar a produtividade, oferecer custos mais atrativos para os clientes, ter fornecedores que estão ligados à responsabilidade ambiental e principalmente, contar com maior número de robôs atuando junto dos colaboradores.

Tudo isso tem levado muitas empresas a repensar a maneira como operam e a investir mais em automação e sistemas que garantam mais desenvolvimento na cadeia produtiva.

Para comprovar o sucesso desse cenário, a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) encomendada pelo Instituto FSB Pesquisa, revelou que as companhias que adotaram a indústria 4.0 lucraram mais, conseguiram manter ou até ampliar o quadro de funcionários e tiveram melhores perspectivas em 2021.

Um outro bom exemplo foi o ramo da indústria automobilística, conhecida por ser muito eficiente em termos de recursos próprios, já ter diminuído drasticamente as intervenções humanas em suas linhas de produção.

Tenho certeza de que o principal marco para a fábrica do futuro é a inovação. Já sabemos o quanto processos manuais e burocráticos não são mais benéficos e estão saindo de cena para que sistemas modernos e softwares avançados entrem no lugar.

Posso ainda garantir que alguns modelos já não são mais novidade, mas sim essenciais para um futuro mais desenvolvido.

Dentre esses modelos, os mais conhecidos são a Inteligência Artificial, que já tem uma ótima aplicação pela facilidade de aprender e os robôs colaborativos, que podem facilmente assumir tarefas repetitivas, trazendo mais conforto e segurança aos humanos.

Outra tecnologia que vai se destacar no próximo ano é a Fábrica virtual, com ela é possível recriar ambientes com o objetivo de fazer uma simulação de situações que podem ocorrer em escala real.

Outra tendência é o exoesqueleto, ela monitora a postura dos trabalhadores para que eles tenham mais conforto em atividades que exigem a curvatura da coluna, dos ombros e das pernas.

E as duas últimas são as plantas conectadas e modulares, que podem ser adaptadas ao tipo de produção que se necessita e escalonar maneiras mais fluidas e eficientes, para que os processos de produção sejam alternados e ajustados conforme necessidade; e a inserção de Blockchain para ERP, que visa centralizar diferentes dados em uma estrutura de dados universal, garantindo mais integridade e principalmente conformidade das informações.

Para finalizar gostaria de citar mais dois exemplos. A corporação conectada e a presença de fábricas cada vez mais inteligentes. Nós não fazemos ideia do que ainda pode surgir na indústria.

Mas não tenho dúvidas que a essência é que poderemos trabalhar cada vez mais com análise de dados, que servirão para nos ajudar na tomada de decisões importantes. Com robôs assumindo grande parte do trabalho e algoritmos conduzindo o dia a dia.

Só não podemos esquecer que a presença de grandes profissionais são primordiais para que essa transição aconteça da melhor forma, buscando o sucesso das companhias.

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