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Empresas brasileiras terão prejuízos incalculáveis se deixarem de investir em Segurança da Informação

11 de novembro de 2011
A importância do capital está migrando do físico para o intelectual, adverte estudioso da “Era do Conhecimento”

Se por um lado a gradual inserção de ferramentas tecnológicas, como o SPED e a Nota Fiscal eletrônica, proporciona maior velocidade nas operações mercantis e facilita a circulação de cargas por todo o Brasil e até mesmo contribui para combater a sonegação fiscal, por outro, expõe as empresas a perigosas brechas de segurança da informação.

Roberto Dias Duarte
Quem adverte é o professor Roberto Dias Duarte, especialistas em temas como o Sistema Público de Escrituração Digital, que destrincha no recém-lançado “Manual de Sobrevivência no Mundo Pós-SPED”, quarta obra da série “Big Brother Fiscal”.

Diretor acadêmico e cofundador da Escola de Negócios Contábeis (ENC) e membro do Conselho Consultivo da Mastermaq Softwares, Duarte chama a atenção para a intensa circulação eletrônica de informações contábeis, fiscais, comerciais e bancárias intra e interempresas nos dias de hoje.

“Se a empresa não se proteger, certamente haverá vazamento de dados sigilosos e considerados estratégicos para os negócios. É o sonho dos cibercriminosos, cada vez mais ativos na web”, argumenta.

Pelos seus cálculos, o Brasil tem hoje aproximadamente 700 mil empresas emitindo a Nota Fiscal eletrônica Mercantil (NF-e), quase 500 municípios exigindo a Nota Fiscal eletrônica de Serviços (NFS-e) dos prestadores de serviços, 170 mil empresas transmitindo livros contábeis digitais via SPED Contábil.

Sem falar que, em 2012, 1,37 milhão de empresas participarão da EFD PIS/Cofins (escrituração digital das contribuições), havendo ainda a estimativa de que algo em torno de 3 milhões de empresas deverão receber e emitir a NF-e até lá.

Segundo o especialista, a questão da segurança da informação passa por três pilares: tecnologia, conhecimento e comportamento, e o maior custo para que as empresas se adaptem é o humano. “Quanto menos conhecimento as pessoas têm, mais tempo gastam para executar uma tarefa ou cumprir uma missão – no caso, proteger os dados da empresa”, explica.

Duarte reforça esta ideia demonstrando-a em uma fórmula bem simples: “se o conhecimento sobre o assunto está muito distante da realidade das pessoas, resta a opção de contratar especialistas. Ou seja, o custo é proporcional à ignorância.”

Virtualização

Para o especialista, a virtualização é uma estrada sem volta para as empresas, que utilizam esta ferramenta não apenas em processos fiscais e tributários, mas também administrativamente, por exemplo, ao digitalizar documentos de valor inestimável e guardá-los em servidores sem proteção adequada, como senhas, antivírus e firewalls atualizados.

“O mundo é digital. Os ativos, cada vez mais intangíveis. Foi-se o tempo em que o diferencial competitivo estava nos bens físicos. A importância do capital está migrando do físico para o intelectual, que é composto de software, metodologia, equipes, conhecimento técnico e sobre os clientes”, declara. “Deixar o capital intelectual exposto é atestado de óbito. E isso não é ficção científica. É pura realidade.”

Fonte: Maxpress Net – SP

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