O setor de saúde está em plena transição, e as inovações tecnológicas são responsáveis por apresentar um novo panorama aos usuários que precisam cuidar da saúde mas que não têm como custear os elevados preços dos planos privados.
Por Maurício Trad*
Os números da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) comprovam e, entre 2014 e 2017, os planos de saúde perderam 2,8 milhões de contribuintes.
Segundo o levantamento, grande parte dessa população está migrando para alternativas como clínicas populares a preços acessíveis e também buscando consultas e exames por meio de aplicativos, que podem ser baixados facilmente pelo seu smartphone.
Essa evolução tecnológica traz possibilidades inovadoras no setor de saúde, tal como centralizar as buscas dos profissionais, clínicas e laboratórios aos clientes, o que lhes dão mais autonomia e empoderamento.
Prontuário e receituário eletrônicos, agendamento de exames de forma remota, automação e jornada do paciente são alguns dos exemplos mais comuns desses benefícios, que visam aprimorar o atendimento, melhorar os serviços oferecidos, agregar benefícios aos pacientes a custos menores e, consequentemente, aumentar a produtividade das clínicas.
No caso dos agendamentos de consultas e exames, o mercado apresenta um cenário bastante propício para absorver serviços alternativos aos planos de saúde, que apresentam valores pouco acessíveis à população e aos empresários; há ainda o setor público, que não consegue dar vazão às solicitações.
Tal situação gera filas de espera de meses, impedindo que pacientes tenham a atenção necessária, o que também dificulta o tratamento de causas urgentes, e mais ainda as questões de saúde preventiva. Assim, o recente amadurecimento mercadológico proporcionado pelas startups de saúde é algo benéfico, capaz de auxiliar na absorção desse público.
Essas empresas estão prontas para atender as demandas de saúde nas esferas corporativa e particular, onde existe um déficit de soluções ágeis e tecnológicas capazes de simplificar as cadeias e as jornadas entre os diversos stakeholders. Não à toa, as organizações do setor vêm incubando algumas startups e criando iniciativas que geram inovação em seus cotidianos de modo a conseguir maior competitividade.
O principal objetivo por trás desse movimento é garantir que a população tenha acesso a medicina de qualidade por valores acessíveis, uma vez que apenas 24,5% dos brasileiros têm à disposição planos de saúde, ainda segundo dados da ANS. E não há nada mais importante e reconfortante do que ter acesso à saúde de qualidade e com atendimento ágil, que fazem toda a diferença na vida de qualquer pessoa.
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*Mauricio Trad é CEO do Doutor123, plataforma online de serviços de saúde por preços acessíveis.