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[Ouça] Cards Future Payment 2018 no contexto da Certificação Digital, Fintechs e Varejo

[Ouça] Cards Future Payment 2018 no contexto da Certificação Digital, Fintechs e Varejo

18 de maio de 2018

Mais um ano em que a Certificação Digital atrai grande público ao evento Cards Future Payment

No segundo dia da Conferência Cards Future Payment realizada em São Paulo nos dia 15 e 16 de maio aconteceu o VI Seminário de Certificação Digital em uma das plenárias do evento.

Circularam na feira e assistiram as palestras cerca de 400 profissionais do setor de certificação digital entre executivos das Autoridades Certificadoras, Autoridades de Registro e profissionais de segurança da informação que buscavam informações sobre a tecnologia durante os dois dias de feira.

Abertura do Seminário de Certificação realizado em São Paulo, em sua 6ª edição, teve a palavras do diretor Presidente do ITI Gastão Ramos que fez o balanço de um ano do ITI sob sua gestão.

Gastão Ramos, diretor presidente do ITI – Instituto Nacional de Tecnologia da Informação

“Foi aqui em São Paulo, no V Seminário Nacional de Certificação Digital, que o ITI apresentou a sua então nova diretoria e, também, assumiu uma série de compromissos. Graças ao bom trabalho de todos, não apenas cumprimos com o que nos comprometemos como também avançamos em outros quesitos, importantes para o governo e para a sociedade”, disse.

Para a maior platéia reunida durante os dois dias da Cards, Gastão Ramos apresentou resultados administrativos, as alterações da estrutura do ITI , as novas normativas e resoluções conduzidas pela nova diretoria do Instituto.

Plenária do IV Seminário de Certificação Digital

Em relação as novas tecnologias Gastão Ramos destacou a rede Blockchain, novos padrões de curvas elípticas e até a criptografia quântica.

” Vivenciamos atualmente a evolução da tecnologia que se dá em alta velocidade e é importante o ITI acompanhar de perto o que acontece no Brasil e no mundo. Precisamos estar à frente dos acontecimentos e não a reboque e temos feito isso”, disse Gastão.

“Os computadores quânticos em breve estarão sendo utilizados pelo cidadão comum e é agora que precisamos adequar as tecnologia aos novos padrões que serão exigidos no futuro e o ITI já vem estudando isso”, acrescentou o diretor presidente.

Também temos muitos acordos operacionais e convênios sendo fechados para a simplificação da identificação digital do cidadão brasileiro, com todas as garantias necessárias para as partes, seja em serviços eletrônicos disponibilizados através do setor público ou privado,  declarou Gastão Ramos ao Crypto ID.

O Diretor presidente citou durante sua palestra, entre outros, projetos que utilizam o Certificado ICP-Brasil em massa como a CNH Digital que carregar a assinatura digital do QRCode gerado nas carteiras e a regulamentação do MEC do diploma eletrônicos iniciados nesse último ano.

Fintechs

No campo pessoal ou profissional, o smartphone se tornou a interface das pessoas com o mundo. O mobile payment incluiu os chamados desbancarizados no sistema financeiro. Ou seja, a tecnologia se sobrepôs às instituições que ainda preferiam o relacionamento tradicional.

De acordo com a palestrante Susanne Steidl, Chief Product Officer da Wirecard, tendências como Internet das Coisas, pagamento sem dinheiro (cashless), Inteligência Artificial, pagamentos sem fronteiras e open banking já mudaram o comportamento do consumidor e, inclusive, dos governos.

 

Patricia Peck, sócia da Patrícia Peck Advogados

Enquanto a tecnologia influencia o comportamento, legisladores correm para criar a regulamentação.

A teoria é compartilhada por Patrícia Peck, da Patrícia Peck Advogados, quando demonstrou em sua palestra no Fintech View sua preocupação com o avanço das fintechs no país.

“É importante ter uma lei brasileira porque não estamos no mesmo nível da União Européia, e se queremos fazer negócios, precisamos acelerar.” Patrícia se refere à regulamentação para inteligência artificial e blockchain que está em estudo na Europa em razão de uma nova governança em tecnologia.

A visão sistêmica do mercado, o pensamento estruturado das organizações tradicionais e a segmentação de produtos e serviços são estratégias que estão fadadas ao fracasso. Esse é o consenso entre especialistas em tecnologia e estratégias de mercado.

Gustavo Fosse, diretor de tecnologia do Banco do Brasil e também diretor da Febraban

Os serviços orientados a atender os desejos das pessoas, e não somente produtos, são hoje o alvo das estratégias de empresas de vários segmentos e a análise de dados é o primeiro passo para se construir e acompanhar a jornada do cliente. É essa a conclusão de Gustavo Fosse, diretor de tecnologia do Banco do Brasil.

As relações pessoais envolvem emoções e, portanto, são mais complexas; por isso, precisamos mudar a cultura das organizações para que analisem dados e transformem seus produtos em serviços que agreguem os desejos dos clientes”, explica Fosse, ao comentar o quanto são importantes as tecnologias que hoje norteiam as estratégias como big data, blockchain, Internet das Coisas, analytics, machine learning e a computação cognitiva.

No painel sobre a abertura de API’s e Open Banking, o debate ressaltou o empoderamento do consumidor e o desafio para o mercado se adequar e ofertar as melhores soluções e práticas para disponibilizar e simplificar as informações do cliente que é o verdadeiro dono da informação e precisa ter a facilidade e conveniência de movimentar sua vida financeira da maneira que quiser.

A grande preocupação da abertura das API’s no Brasil é como garantir a segurança das transações e das informações e se as empresas e instituições estão preparadas. Além disso, é preciso definir quem é o detentor dos dados: o cliente e/ou as instituições financeiras, e estabelecer uma regulamentação para este movimento que, de acordo com os especialistas, no final das contas agrega valor a todos que consomem.

Segundo Fabio Lacerda Carneiro, Chefe Adjunto do Departamento da Supervisão Bancária (Desup) do Banco Central do Brasil, as instituições financeiras já tem a liberdade de abrir suas API’s para terceiros, o que efetivamente não tem ainda é uma posição oficial de seguir com uma intervenção regulatória para definir os padrões de API.

Sistemas de pagamento

A Cards  tornou-se referência do mercado de meios de pagamento no país, proporcionando o networking e o enriquecimento de informações. Os participantes do evento avaliam como produtiva sua presença.

Raquel Diorio Thomé, diretora de varejo da NCR Brasil

Para Fabio Takada, líder de software da área de finanças da NCR Brasil, “participar da Cards vai ao encontro da atuação da NCR, que atende a todos os segmentos do mercado com soluções de tecnologia que revolucionam o dia a dia.

Nota-se uma sinergia entre as áreas que realizam transações de pagamento e a tendência é essa. Tivemos excelentes encontros com executivos de diversas áreas do mercado, como empresas do varejo, e-commerce, bancos.”

Expositores

Edson Rezende, diretor da Abrid

Para Edson Rezende, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (Abrid), o evento reúne um conteúdo de altíssima qualidade.

“Para as pessoas que participaram das discussões sobre certificação digital, a impressão foi muito boa”, afirma Rezende.

“O evento foi muito bom porque reuniu pessoas do nicho, profissionais que buscam inovação e sabem exatamente o que precisam”, disse Vinicius Amorim, CEO da TáPago, fintech de benefícios com atuação em Marília e Jundiaí e com projetos de expansão para Ribeirão Preto e Bauru.

“A Cards sempre é um evento excelente para a Soluti. Interagimos com os executivos de alto escalão e ampliamos o nosso networking. Nesta edição, fechamos dois grandes negócios e temos vários em andamento”, destaca Júlio Mendes, diretor comercial da Soluti.

Segundo Matteo Navas, CEO da Berghem, o evento está alinhado ao perfil de negócios da empresa, que participou da Cards pela primeira vez. “Participamos do evento para reforçar a nossa marca. “Com a proliferação de apps, dispositivos móveis e novas plataformas de pagamento ao redor do mundo, as equipes de segurança ficam mais pressionadas e ávidas por ferramentas inteligentes, que não só auxiliam em suas rotinas, mas também as liberem para atividades mais estratégicas”, conclui.

novembro, 2024

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