Áreas da sociedade em que a inteligência artificial já é realidade
26 de fevereiro de 2018A inteligência artificial deixou de ser a ciência do amanhã para ser a realidade do hoje
Já avançada em muitas áreas da sociedade, a inteligência artificial impactou e até mesmo tornou-se muito importante na rotina de alguns. Claro que ainda está longe de ser uma tecnologia ao alcance de tudo e todos, mas a relevância atual da inteligência artificial não pode ser subestimada.
Utilizada há tempos por empresas que gerem as redes sociais, a inteligência artificial é uma realidade consolidada nesse campo da internet e o Facebook é o maior exemplo disso. Além de utilizar essa tecnologia para ajudar a organizar o feed de notícias, recentemente a maior rede social do mundo contratou Joelle Pineau, um famoso especialista em inteligência artificial.
Pineau foi trazido especificamente para liderar o novo laboratório do Facebook, instalado em Montreal, Canadá. Com isso, o gigante tecnológico está investindo US$ 7 milhões nas pesquisas para o desenvolvimento da inteligência artificial na cidade. Isto mostra como os californianos estão engajados em expandir ainda mais este recurso.
Além disso, outras novidades relacionadas ao Facebook e a inteligência artificial chegaram nas últimas semanas
Recentemente, a empresa publicou um artigo afirmando que agora eles já conseguem rastrear corpos de pessoas em tempo real e, desta maneira, animá-los com gráficos de maneira bem fiel.
Outra implementação da inteligência artificial no Facebook é a ferramenta capaz de identificar a classe social do perfil sem que seja necessário que o usuário informe a empresa sobre quanto ganha por mês. Eles também anunciaram que estão se engajando cada vez mais para tornar os chatbots mais humanos e com reações mais espontâneas.
Também há mais redes sociais que estão utilizando a inteligência artificial. É o caso do Instagram, subsidiária do Facebook, que no ano passado a tecnologia com o objetivo de filtrar comentários de usuários.
Na área jurídica, a inteligência artificial tem dado grandes passos. Uma das grandes novidades dos últimos anos quanto a isso é o uso da rede particular chamada COI, abreviação de Contract Intelligente (Inteligência Contratual em tradução livre), uma ferramenta que já está sendo utilizada por bancos.
Estima-se que, por meio do COI, são processadas análises que consumiam 360 mil horas de trabalho de advogados por ano. O banco também afirma que o índice de erros é menor que o apresentado pelo trabalho humano”, afirma o site da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs.
“A capacidade de criação e inovação do futuro profissional do Direito provavelmente permanecerá sendo um diferencial, sobretudo em um ambiente no qual teremos (e já temos) ‘robôs’ fazendo funções com caráter humano”, completa a Associação.
A inteligência artificial também é um importante aliado da moda, principalmente relacionada ao e-commerce (comércio digital).
“A ideia é utilizar cada vez mais ferramentas para mapear o comportamento de todos os clientes e entender como as pessoas compram. O resultado são ofertas e experiências cada vez mais singulares, pensadas de maneira diferente para cada um dos clientes em potencial”, como afirma uma reportagem do site Elle.
Grandes marcas mundiais da moda, como Tommy Hilfiger e Burberry, também estão investindo em inteligência artificial, principalmente na parte dos chats personalizados que conseguem interagir de maneira fiel em conversas com humanos.
“Os chatbots ficam mais espertos a cada interação. Os seres humanos se comunicam de maneiras diferentes e nossa tecnologia capta as nuances de cada mensagem trocada com os usuários”, diz Puneet Mehta, da Msg.ai, empresa desenvolvedora do chatbot usada pela Tommy Hilfiger.
A expectativa é que cada vez mais empresas como elas utilizem a inteligência artificial. Uma pesquisa da IT Mídia & Fundação Dom Cabral constatou que 25% das empresas pretendem utilizar a tecnologia em call centers e outros serviços similares no futuro próximo.
De acordo com o Bank of America Merril Lynch, a expectativa é que nos próximos quatro anos a inteligência artificial tenha potencial para movimentar cerca de US$ 70 bilhões na economia. “A previsão é que até 2025, 75% das equipes de desenvolvedores incluam inteligência artificial em um ou mais serviços e o mercado de computação cognitiva represente mais de US$ 2 trilhões”, conclui o site IT2B.
Também no esporte, a inteligência artificial tem dado vários passos importantes. Nessa área, ela está inserida em, basicamente, cinco tópicos diferentes: chatbots, que são utilizados por empresas e equipes profissionais para melhorar a interação com o fã ou cliente; visão computadorizada, uma ferramenta que possibilita produzir fotos com extrema precisão na visão dos profissionais do esporte; jornalismo automático, um software inteligente que produz artigos e produtos para melhorar a performance de máquinas que já competem contra os humanos.
A que mais impressiona e que inclusive já foi colocada em prática é a capacidade do computador de disputar algum esporte e ainda ganhar dos humanos. Isto têm avançado cada vez mais principalmente na seara dos esportes mentais, como é o caso do poker e xadrez.
A inteligência artificial no poker está bem inserida. No ano passado, por exemplo, uma histórica partida envolvendo uma máquina desenvolvida para derrotar profissionais nesse esporte aconteceu e a vitória, claro, foi da inteligência artificial. No caso, a Libratus, bateu quatro profissionais por uma larga vantagem.
“Enquanto os humanos realizam as jogadas através de raciocínio e treino, a máquina vai pelo lado matemático. É como se cada rodada fosse analisada de maneira extremamente minuciosa pelo computador”, afirma o site Tec-Cia sobre o uso da inteligência artificial no esporte da mente.
O progresso também está sendo feito na área da educação. No Brasil, algumas escolas já estão utilizando a inteligência artificial para ajudar os alunos. Como a BBC já mostrou, o Centro Educacional Sesi 415 é um exemplo claro disso.
“À medida que Anderson (aluno do ensino médio) completa as atividades, o sistema (online de estudo) identifica, via algoritmos, o quanto ele entendeu de cada matéria – e indica quais aulas deve assistir para sanar suas dúvidas”, expõe a matéria.
O uso da inteligência artificial por parte de escolas como o Sesi 415 é uma tendência que tem se mostrado mundial. Nos Estados Unidos, Índia e Reino Unido, são várias redes de ensino que fazem uso de tal tecnologia. E isto se estende, claro, para as universidades.
“No Reino Unido, a empresa Third Space Learning, em parceria com a Universidade College London, tenta melhorar o aprendizado da matemática com uma tutoria virtual adaptada para cada criança, com base na análise de milhares de horas de aulas prévias”, completa a BBC.
Não faltam exemplos que mostram como a inteligência artificial está presente na vida de milhões de pessoas. Ademais, também é louvável citar algumas áreas não detalhadas no texto que estão inseridas nessa tecnologia, como construção civil, indústria financeira como um todo e medicina.
Com as projeções otimistas para agora e o futuro, é de se esperar muitas novidades animadoras no campo da inteligência artificial em 2018 e que muitas outras áreas do conhecimento humano ainda sejam impactadas por esta incrível tecnologia.
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