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Apple Pay e a JCB lançam no Japão soluções de tokenização digital da OT

Apple Pay e a JCB lançam no Japão soluções de tokenização digital da OT

17 de outubro de 2016
A Apple anunciou, durante o keynote deste mês, o próximo lançamento do Apple Pay no Japão.
Paolo Villasco | Presidente da Oberthur Technologies para América Latina

Paolo Villasco | Presidente da Oberthur Technologies para América Latina

Conversamos com Paolo Villasco, presidente da OT para América Latina também sobre questões relacionadas a comportamento de compras e segurança nas transações financeiras.

A JCB, a principal rede internacional de pagamentos no país, oferecerá serviços de pagamentos móveis aos proprietários de iPhone 7, iPhone 7 Plus e Apple Series Watch 2, assim que o serviço estiver disponível, em outubro de 2016.

A JCB vai utilizar uma plataforma de digitalização e tokenização que é agnóstica e escalável. Esta plataforma avançada, a JTP (JCB Token Platform), foi desenvolvida em colaboração com a OT (Oberthur Technologies), apoiando-se em sua solução DPE (Digital Payment Enablement).

Essa plataforma permite não só à JCB, mas também a seus parceiros que emitem cartões e processam transações de pagamentos, integrar-se ao Apple Pay e oferecer, em tempo real, serviços de registro, de emissão segura de meios de pagamento e de tokenização.

Na OT, estamos convencidos de que os pagamentos digitais vão mudar a forma como fazemos compras, pagamos e economizamos, por trazer conveniência, segurança e valor agregado à experiência de pagamento. Estamos muito honrados por fazer parte da próxima onda no Japão. Estamos ansiosos para moldar o futuro dos pagamentos com o nosso parceiro JCB”, declara Villasco,

CRYPTOID: Paolo, sobre a possível mudança no comportamento dos consumidores atuais de e-commerce você considera que haverá uma migração de compras dos websites para os apps no futuro a ponto de comprometer as empresas que operam apenas via websites?

Paolo Villasco: Acreditamos que as compras online feitas pelo browser de nossos computadores irão continuar, devido à melhor experiência de navegação, e também porque passamos ainda grande parte do dia no computador. O uso de apps no e-commerce vem para complementar, estender e agregar segurança nas compras. Como? Sob o aspecto de segurança e fraude, o celular pode ser (e já é) usado como um fator adicional de autenticação pois, além de colocar os dados no website o usuário deve inserir um código que é enviado/mostrado no celular.

E com a evolução da tecnologia, celulares com melhor resolução, sites responsivos (que se adaptam ao dispositivo usado) e apps de cada e-commerce ajudam na experiência de navegação. Aliado a isso, em breve teremos mais opções de “in-app pay”aqui no Brasil (que já estão disponíveis lá fora) fornecidas por gigantes como Apple e Google. A OT é um provedor autorizado dessas tecnologias, e em breve esperamos poder dar mais detalhes de nossos projetos relacionados a isso aqui no Brasil.

CRYPTOID: Consumidores mais criteriosos e cuidadosos com o credenciamento, podem perceber os apps como mais confiáveis para compartilharem suas informações para transações financeiras do que os sites de e-commerce via navegadores. O que nos diz sobre isso? Serão concorrentes ou complementares ao longo tempo?

Paolo Villasco: “Credenciamento” é um ponto chave. As tecnologias de segurança existentes hoje, como certificados SSL, usados largamente em e-commerce e  as tecnologias usadas pelo Apple Pay e outros são seguras para transito de informações.

Hoje, a maior preocupação dos emissores e provedores de soluções de pagamento estão além do processo de pagamento, e estão bem aí, no credenciamento.

A tecnologia está resolvida, o problema está na criatividade dos fraudadores, que procuram entrar no meio do processo de credenciamento “personificando” (impersonate, no inglês) ou se fazendo passar pelo usuário real, e aí instala um cartão daquele usuário em seu telefone por exemplo.

Os bancos devem focar bastante no processo de credenciamento, usando fatores adicionais de autenticação quando possível (envio de senhas por SMS, usar token do mobile banking, e até ir ao caixa eletrônico para continuar o processo. Segurança deve estar sempre em primeiro lugar.