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Após ataque, Londres amplia a pressão contra utilização de criptografia

Após ataque, Londres amplia a pressão contra utilização de criptografia

29 de março de 2017

Amber Rudd, secretária do Interior do Reino Unido

Parte do movimento mundial contra a tecnologia de criptografia que bloqueia o acesso às mensagens privadas, tanto de criminosos quanto de usuários comuns, as autoridades do governo Britânico vão se reunir com empresas de tecnologias americanas.

Amber Rudd, secretária do Interior do Reino Unido, pediu mais ação da UE para combater o extremismo on-line, e com isso, aumenta a pressão sobre as empresas de tecnologia para tornar mais difícil para os terroristas usar a internet.

Ao encontrar-se com os seus pares europeus em Bruxelas,  a secretária-geral reiterou sua mensagem de que as empresas da Internet precisavam ser mais proativas nos esforços de combate ao terrorismo

Foi agendada para esta quinta-feira uma reunião com o serviço de mensagens instantâneas de propriedade do Facebook depois que Amber Rudd declarou ainda  que os órgãos de inteligência do país devem ter acesso nas  mensagens codificadas mandadas pelo WhatsApp.

O atentado em Londres, em que Khalid Masoo esfaqueou e atropelou com um carro vários pedestres,  reforçou  a tese dos legisladores dos governos americano e europeus de que é necessário que mensagens atualmente criptografadas possam ser acessadas pelos órgãos de inteligência para inibir ações terroristas.

Depois de vários ataques terroristas na Europa e em outros lugares, os legisladores e reguladores europeus e americanos defendem a tese de que as empresas do Vale do Silício contribuam para conter e evitar as potenciais ameaças terroristas.

Ainda este mês, o ministro alemão, Heiko Maas, declarou que apresentará uma nova legislação em seu país que pode multar as empresas de tecnologia como Facebook, Twitter e YouTube em cerca de US$ 50 milhões se elas não colaborarem com o governos em investigações de natureza de segurança nacional.

As autoridades britânicas, entretanto, estão dando um passo além. Ao exigir que as agências de inteligência possam ler mensagens criptografadas, Rudd reitera antigos planos de ganhar mais controle sobre os serviços digitais.

No ano passado, o país aprovou uma lei que dá à polícia mais poderes para fazer com que  as empresas de telecomunicações e tecnologia entreguem informações digital relativa a operações de inteligência. A lei também exige que as companhias de telecomunicações abram os protocolos de criptografia, quando possível, para auxiliar em inquéritos terroristas.

Jim Killock

Nos EUA, as autoridades fizeram pedidos semelhantes. Faz 2 anos, o FBI pediu que a Apple destrave o Iphone utilizado por um de os atacantes que mataram 14 pessoas em San Bernardino, em a Califórnia A Apple resistiu, e mais tarde o FBI declarou que encontrou uma forma de destravar o telefone sem a assistência da companhia.

As empresas tecnológicas declaram que não podem entregar esse tipo informação porque a mensagen usam criptografia de ponta a ponta.

Já para Jim Killock de uma organização britânica de direitos civis declarou:

“Obrigar as companhias a colocar entradas dos fundos em serviços de criptografia tornaria milhões de pessoas menos seguras on-line”.

“Todos dependemos da criptografia para proteger nossa habilidade de nos comunicar, fazer compras e transações bancárias em segurança”

 

Jim Killock é diretor-executivo do Open Rights Group.