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Anywhere office traz desafios, mas é a principal via para a felicidade da equipe e o crescimento no mercado

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O anywhere office oferece uma extrema liberdade ao colaborador com a ideia de que qualquer lugar pode ser um escritório

Por Raphael Coelho

Raphael Coelho, CEO e fundador da Tutor Mundi. Foto: Divulgação

Nos últimos anos o modelo home office tem se estabelecido no mundo inteiro e em empresas de todos os segmentos, especialmente no Brasil.

De acordo com o Índice de Trabalho Remoto, ranking produzido pelo Kayak, o país é o melhor da América do Sul e Caribe para se trabalhar de forma remota.

O levantamento foi realizado com base em categorias como saúde, segurança, infraestrutura, preços locais, vida social e clima, que são pontos fundamentais tanto para essa modalidade como no chamado anywhere office.

Mas afinal, o que é o anywhere office? Bem, primeiramente é importante destacar que estamos falando de uma nova tendência, principalmente após a adoção do sistema híbrido por muitas companhias.

Enquanto nesse caso os funcionários dividem a sua rotina em dias de trabalho presenciais e remotos, o anywhere office, como o próprio nome diz, oferece uma extrema liberdade ao colaborador com a ideia de que qualquer lugar pode ser um escritório.

O único pré-requisito, obviamente, é que ele tenha uma plataforma de acesso à internet para realizar suas atividades.

A princípio, a vantagem essencial desse sistema pode ser vista como a flexibilidade, afinal, o cotidiano profissional é basicamente 100% controlado pelo trabalhador, com as suas maiores “obrigações” sendo ligadas a entregas.

Em suma, é uma fórmula matemática: os integrantes dos times podem dedicar mais tempo às suas vidas pessoais e, em compensação, eles se sentem mais motivados a produzir.

De fato, é um troca justa e benéfica para todos os lados, mas a modalidade vai um pouco além disso por trazer um forte aspecto de humanização.

No anywhere office, o colaborador não tem apenas a oportunidade de aumentar suas atividades extraprofissionais, mas sim planejar com mais tranquilidade as suas escolhas.

A quebra das barreiras geográficas permite que um pai ou uma mãe possa ficar mais horas ao lado dos filhos, seja no próprio lar ou em uma casa no interior, a qual só seria possível ir em um período de férias, por exemplo.

Ou podemos ir a outro extremo; é a chance de pessoas que desejam mudar de moradia de tempos em tempos e viajar o mundo continuarem crescendo profissionalmente, sem abrir mão desse sonho.

É um bem-estar que se estende até mesmo para uma questão de saúde. Nos dias atuais, dificilmente alguém não conhece ou teve contato com indivíduos que se esgotaram por conta das exigências da sua profissão, levando a problemas contemporâneos graves, como a famosa Síndrome de Burnout.

Nenhum trabalho deve dar margem para doenças como essa e se saídas como os escritórios remotos contribuem para a uma vida mais saudável, não há como virarmos as costas para ela.

Por outro lado, a empresa também sai ganhando em diversos âmbitos com esse modelo, especialmente em termos de planejamento estratégico. Com um dia a dia mais flexível, determinados processos burocráticos são eliminados da sua rotina, como as reuniões presenciais.

Obviamente, há situações em que líderes e funcionários precisam se deslocar para algum tipo de negociação ou averiguação de procedimentos delicados, mas o anywhere office viabiliza uma avaliação mais assertiva desses casos.

Isso sem falar do aumento do leque de profissionais qualificados que podem estar à disposição para serem contratados. Antes dessa modalidade, a proximidade era um item a ser fortemente considerado no momento de decidir a contratação de um candidato.

Agora, esse tópico não está em primeiro plano. As hard skills e soft skills podem ser priorizadas em processos seletivos, assim como são mais evidentes nas atuações remotas dos colaboradores. Toda a relação do time e o seu desempenho prático ganha transparência. 

Contudo, essa série de benefícios não está isenta de desafios. A adaptação ao modelo de trabalho ainda está nos seus passos iniciais, pois muitas empresas estão tentando entender como implementá-lo da maneira correta.

Não podemos fechar os olhos para o fato de ser uma mudança brusca no mundo corporativo; e toda mudança exige cautela e paciência, principalmente de grupos mais tradicionais e que durante anos realizaram suas atividades de outro jeito.

Por mais promissor que seja um futuro formado por escritórios remotos, o padrão que ele traz implica diferentes aplicações a depender do setor da companhia. No ramo alimentício, por exemplo, aderir ao anywhere office não será igual na área de TI.

Com o seu desenvolvimento e o diálogo entre corporações, esse desafio tende a ser superado, no sentido de que novas tecnologias, metodologias e princípios básicos se espalhem e facilitem o surgimento de novas organizações que funcionem dessa maneira.  

Se as empresas entenderem que a modalidade é uma mudança de paradigmas, uma boa parte do caminho em implementá-la já estará percorrido, pois a disciplina tende a vir como uma consequência dessa visão.

Em um mundo ideal, todos os grupos empresariais querem crescer e com funcionários que estejam felizes naquele ambiente.

O anywhere office possibilita isso. Com resiliência no processo de adaptação, as companhias provavelmente ficarão próximas de uma nova perspectiva no universo trabalhista, em que a grande maioria das pessoas trabalham felizes e o crescimento no mercado acontece.

Sobre o Autor

Raphael Coelho é CEO e fundador do Tutormundi, aplicativo de reforço escolar que, por meio da tutoria online, conecta alunos dos anos finais do ensino fundamental, ensino médio e pré-vestibular aos melhores universitários do país. Engenheiro de Controle e Automação pela UFSC e CEO, Coelho também foi professor de matemática e física para Ensino Médio por nove anos e possui MBA em INSEAD na França e Wharton, nos Estados Unidos.

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