Acesso robotizado a dados públicos é duplamente arriscado
7 de julho de 2020O governo federal oferece um leque variado de consultas públicas e gratuitas para cidadãos e empresas. Por exemplo: quer saber se um CPF é verdadeiro, se um CNPJ está ativo, verificar uma Certidão Negativa de Débito?
Essas e outras informações de interesse público estão disponíveis nos portais da Receita Federal do Brasil e de outros órgãos.
Diante da necessidade de realizar múltiplas e constantes consultas a essas bases, muitas empresas adotaram uma solução aparentemente inteligente para resolver o problema: robôs. O uso de robôs elimina o trabalho manual de preencher diversos formulários e, com apenas um comando, é capaz de atender centenas, milhares de consultas em tempos muito curtos.
Mas será que essa é a melhor solução para uma empresa? Quais os riscos que esses robôs oferecem para as estratégias de negócios? E quais os impactos de seu uso indiscriminado em plataformas voltadas para o atendimento ao cidadão?
Robôs não são infalíveis
O uso de robôs é baseado no desenvolvimento de softwares que simulam o comportamento humano, ao preencher os campos de pesquisa no site e clicar nos botões de consulta, além de realizar a quebra do captcha, que é um dos instrumentos utilizados para evitar esse tipo de ação.
Ao se apoiar nesse tipo de solução, existe o risco de o robô estar interpretando de forma errada a informação retornada, gerando menos confiabilidade na informação obtida por esses métodos.
Outro problema é que eles atuam em páginas ou serviços que não foram feitos para o propósito de consultas massivas. Essas páginas podem ser removidas ou modificadas a qualquer momento, impedindo, de uma hora pra outra, o correto funcionamento desses robôs.
Além disso, robôs realizam raspagem numa base periódica, até por conta do volume de dados que eles precisam estar consultando o tempo todo para garantir que o dado seja o mais atualizado possível. Contudo, centenas de atualizações são realizadas nas bases governamentais por dia e os robôs não têm como manter a informação completamente atualizada 100% do tempo.
Impactos ao cidadão
Outro ponto importante é o prejuízo que o uso indiscriminado dessa tecnologia pode provocar, já que a robotização onera uma infraestrutura que foi criada para atender a necessidade da sociedade de acesso a serviços públicos para o cidadão.
Esse tipo de mecanismo pode acabar gerando instabilidade ou lentidão no serviço de consulta pública e cria a necessidade, por parte do governo, de medidas de contenção de acesso robotizado, a fim de garantir o direito de acesso aos serviços públicos por parte do cidadão.
Custo x benefício
Serviços de informação voltados para empresas no mercado são muitos. Mas o barato pode sair caro. Existem sites que fornecem informações de forma gratuita e muito provavelmente são dados de pouca confiabilidade, pois existe um custo alto para que os robôs mantenham as informações sempre atualizadas.
Outros serviços cobram pela informação fornecida e, de maneira geral, os robôs podem ser baratos, mas o custo disso é o fato de se ter uma informação desatualizada, algo que pode ser crítico para o negócio do cliente. Afinal, qual o risco de se efetuar uma venda na internet para um CPF de um falecido, por exemplo?
Alternativa ao uso de robôs
Visando atender a necessidade de consultas massivas a dados públicos e também garantir a estabilidade nas plataformas de acesso voltadas ao cidadão, o Serpro, em parceria com a Receita Federal do Brasil, desenvolveu uma série de interfaces de programação que substituem os robôs, realizando a integração entre sistemas das empresas e as bases de dados do governo federal.
Trata-se da Plataforma de Inteligência de Negócios (PIN), um canal direto para o acesso às informações das bases governamentais sem intermediários. Com ela, o risco de inconsistência de dados é praticamente eliminado e a informação é sempre a mais atualizada possível.
Segurança, disponibilidade e confiabilidade na informação são os diferenciais dessa plataforma, mas o Serpro quer oferecer mais do que qualidade. Visando ampliar o acesso ao serviço, a empresa vem trabalhando para fornecer preços mais atrativos.
Recentemente, o Serpro mudou para um modelo de cobrança direto na faixa de consumo, ou seja, quanto maior o número de consultas realizadas no mês, menor será o preço cobrado por cada uma delas. E, em breve, adotará nova modalidade sem valor de franquia, tornando o custo para contratação do serviço cada vez menor.
PIN
Conheça as soluções da Plataforma de Inteligência de Negócios que promovem a automatização do acesso a dados públicos de diversas bases governamentais.
Em primeiro lugar, a Consulta CNPJ. Com ela, você pode descobrir se seu parceiro de negócios está ativo e regular, se um determinado CNPJ é válido ou não. A ferramenta faz um trabalho semelhante ao da Consulta CPF, que facilita a verificação em massa da regularidade de CPFs, evitando golpes e fraudes. Ambas soluções facilitam a gestão de dados fundamental para o processo de qualificação cadastral de empresas de qualquer tamanho.
Já para apoiar especificamente os processos de análise de risco de crédito, o Serpro oferece três ferramentas. Saber se uma pessoa ou empresa deve à União é uma informação importante para os bancos na hora de emprestar dinheiro e é exatamente isso o que a Consulta Dívida Ativa oferece.
O mesmo vale para a Consulta CND, que automatiza o acesso a dados da Certidão Negativa de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União.
A terceira ferramenta desse segmento está ligada ao comércio exterior: é a Consulta DU-E, que permite, às instituições financeiras, o acesso aos dados detalhados da Declaração Única de Exportação, contendo informações de natureza administrativa, comercial, financeira, fiscal e logística que caracterizam a operação de exportação de bens por ela amparados.
Ainda falando de comércio exterior, só que agora sob o viés da desburocratização, temos o Integra Comex. A solução garante, ao operador portuário, acesso único e centralizado para a realização de até 19 consultas em diferentes plataformas governamentais, como o Sistema Mercante e o Siscomex Carga.
Por fim, uma ferramenta exclusiva para o setor público: o Integra Siafi. Sua principal missão é integrar sistemas que antes não conversavam entre si, produzindo, como resultado, simplificação de processos e economia de tempo. Com ele, os órgãos públicos passam a poder realizar a execução orçamentária e financeira de forma online e automatizada.
Fonte: Serpro
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