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A neurodiversidade é uma força de segurança e devemos trabalhar coletivamente para promover uma indústria mais inclusiva para todos

Por Adriano da Silva Santos

neurodiversidade
Jornalista e escritor, Adriano da Silva Santos

No mundo da segurança cibernética, uma citação reveladora é “os defensores pensam em listas, os atacantes pensam em gráficos”, ou em outras palavras, significa que a capacidade de um adversário de encontrar conexões inesperadas lhes dá vantagem sobre aqueles que defendem o sistema.

Afinal, os invasores são conhecidos por pensar fora da caixa, e é por isso que senhas complexas e autenticação multifator (MFA) por si só não resolvem os crescentes números de violação de dados.

Para resolução desse entrave, os líderes da empresa devem considerar talentos neurodivergentes e aqueles de áreas não relacionadas à segurança para se juntarem às suas equipes de segurança em meio ao sentimento popular sobre a escassez de talentos.

Esses indivíduos são um grande trunfo para as equipes de segurança, trazendo perspectivas únicas para a resolução de problemas e quebrando o ciclo de pensamento único de um grupo sgementado.

A procura por colegas de equipe neurodivergentes na contratação, reconhecimento e construção em torno de seus pontos fortes pode ser um ativo vital para antecipar os movimentos de um adversário e descobrir possíveis soluções para os problemas antes que eles surjam e é por isso, que se espera que os gerentes de segurança ampliem a abertura nas formas de trabalho.

A neurodiversidade é uma força de segurança e devemos trabalhar coletivamente para promover uma indústria mais inclusiva para todos.

Enfatizando ainda mais o debate em torno desse dilema, alguns analistas do setor, preveem que a lacuna de habilidades digitais deixará cerca de 85 milhões de empregos não preenchidos até 2030.

Na verdade, a brecha de habilidades é apenas uma mancha negativa quanto ao recrutamento, onde as empresas não conseguem olhar além da limitação das qualificações profissionais ou dos grupos habituais de candidatos, para incluir indivíduos com origens não tão tradicionais que poderiam ter lhes dado habilidades tão necessárias quanto às demais.

Outro aspecto é incentivar os líderes da empresa a pensar fora da caixa e ver como outras funções de trabalho, como bibliotecários, educadores, profissionais de vendas e comunicações, trabalhadores de RH e do serviço público e muito mais, poderiam se encaixar no campo da segurança.

Porque enquanto continuarmos contratando de uma perspectiva limitada e currículos de tamanho único, continuaremos a prestar um desserviço ao setor de segurança cibernética.

Examinar quais habilidades precisamos contratar e focar em onde mais podemos encontrar essas habilidades só fortalecerá nossa capacidade de lutar contra adversários.

O mundo continuará a se tornar mais digitalizado com o avanço tecnológico contínuo. Assim, uma força de trabalho qualificada que possa lidar com o cenário de ameaças em evolução associado aos avanços tecnológicos é uma obrigação.

Para se ter uma noção, um estudo do Fórum Econômico Mundial afirma que, até 2025, 50% de todos os funcionários precisam de requalificação para corresponder aos avanços tecnológicos.

Para atender ao cenário em mudança, os líderes precisam reconsiderar os perfis de talentos e olhar além dos métodos tradicionais de contratação para resolver a lacuna de talentos.

Buscar essas novas inserções pode desempenhar um papel crucial para mitigar as ameaças à segurança de TI, pois essa força de trabalho vem com inclinação analítica e pode detectar tendências.

É imperativo aumentar o treinamento e o investimento no espaço de segurança cibernética por meio de um currículo personalizado para profissionais de segurança cibernética para uma melhor experiência, juntamente com opções diferentes, como os talentos neurodivergentes.

Sobre Adriano da Silva Santos 

O jornalista e escritor, Adriano da Silva Santos é colunista colaborativo do Crypto ID. Formado na Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Reconhecido pelos prêmios de Excelência em webjornalismo e jornalismo impresso, é comentarista do podcast “Abaixa a Bola” e colunista de editorias de criptomoedas, economia, investimentos, sustentabilidade e tecnologia voltada à medicina.  Adriano Silva (@_adrianossantos) / Twitter Adriano Silva | LinkedIn

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