Digital Series Indústria segue a programação com debates e contribuição dos
painelistas sobre as possibilidades de avanço na indústria e economia do País
O segundo dia do Digital Series Indústria teve início com uma conversa otimista entre Ari Lopes, senior research manager da Americas Markets OMDIA, e Hermano Pinto Jr., diretor do Portfólio de Infraestrutura da Informa Markets Brasil.
Embora a implantação da tecnologia 5G de telefonia móvel esteja um pouco atrasada, segundo Lopes, “em 2022, todas as capitais terão a tecnologia disponível e, entre três e quatro anos, a adoção será natural para a maioria de empresas e setores da economia”.
A importância desse fato é que o avanço tecnológico na indústria 4.0, somado ao potencial de transmissão de dados da 5G, trará grandes oportunidades de alavancar a economia do País.
Na abertura deste segundo dia, Lopes comentou ainda a maturação da tecnologia e como os diferentes padrões vão se integrar para tornar viáveis serviços e aplicações de missão crítica aos mais variados setores da economia. “Esse ponto ainda é uma interrogação, mas não há dúvida de que a diversidade de tecnologias vai gerar oportunidades valiosas”, completa Lopes.
O painel contou com Alessandro Malucelli, Industrial Engineering Sr. Manager da Whirlpool; Eduardo Ungaretti, ITI Manager Enterprise Architecture, IT Infrastructure & Cibersecurity da Mercedes-Benz; Flavio Marques, gerente da Engenharia de Aplicação da Furukawa, e Jorge Stakowiak, diretor de TI Infraestrutura e Operações de Tecnologia da Natura & Co, sob a mediação de Jamile Sabatini, diretora de Inovação e Fomento da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES).
Nos cases de sucesso e desafios abordados ao longo do evento, uma questão permeou as colocações dos painelistas: a importância da compreensão da aplicação do Edge Computing e armazenagem em cloud.
Todos concordam que de nada adianta ansiar pelo lifting and shifting dos dados da organização ou dos clientes, se nem todo caso se adapta às demandas de banda da nuvem ou à necessidade de aproximação desses dados aos funcionários.
Alessandro Malucelli diz que, no chão de fábrica, a tomada de decisão rápida e assertiva depende do acesso rápido aos dados em tempo real. “Dados em tempo real para o chão de fábrica, pensando na produção e na qualidade, são essenciais. É aí que entra a latência que é muito relevante para essas informações. Saem produtos em 4 ou 5 segundos na fábrica; qualquer segundo é informação perdida.”.
Segundo Ungaretti, a estratégia ao lidar com essas ferramentas no dia a dia é fundamental para manter o bom funcionamento fabril. “Não se deve abusar do modelo sem pensar de forma estratégica”.
Jorge Stakowiak também concorda que quem ainda não usa cloud está por fora, pois é algo discutido há alguns anos, mas já se tornou obrigatório. “Cloud e Edge são facilitadores para o negócio”, afirma o TI da Natura e Co.
Também foi consenso que o maior desafio para a aplicação desta tecnologia é encontrar profissionais capacitados nesta área, que possam suprir a grande defasagem de conhecimento que ainda existe no Brasil.
Flávio também ressalta que é comum no País instalar infraestrutura só depois que surge uma necessidade. “Só lembram dela depois que percebem o problema, ou que já estão precisando”, menciona o executivo ao reforçar que esta situação também é comum no setor industrial.
Multicloud
Mariana Cândido, head de Marketing e Estratégia da Enterprise Business da China Mobile, trouxe o exemplo bem-sucedido de uma das maiores empresas de petróleo do mundo no painel “Plataforma de gerenciamento inteligente multicloud híbrida para a indústria”.
Com sede no Rio de Janeiro, o cliente em questão tinha um imenso desafio de gerenciar todas as suas informações em uma única plataforma. Com a atuação da equipe da China Mobile Internacional, foi possível dar acesso a funcionários e clientes, com otimização de tempo e levando facilidades para atuarem de maneira mais prática.
Com a Plataforma Híbrida Inteligente de Gerenciamento Multinuvem (CMP), a empresa que opera em um ambiente de nuvem pública dupla, usando tantos serviços da AWS e Microsoft Azure, tinha ainda o desafio de conduzir todos os sistemas legados e seu ambiente de nuvem privada.
E como, em um cenário de pandemia e de tamanha complexidade, monitorar e analisar de forma eficaz os ambientes existentes, fazer o controle de custos e otimizar a carga de trabalho entre os provedores de nuvem? Todas essas dificuldades foram sanadas a partir da criação de uma plataforma híbrida inteligente de gerenciamento multicloud sob medida, com fornecimento de serviços gerenciados.
A China Mobile implementou e realizou, com sucesso, a adaptação de uma CMP para atender as necessidades da empresa desse relevante tipo de indústria, com base em um modelo híbrido, inteligente, multinuvem e seguro.
Para tanto, montou uma estrutura de uma plataforma que contemplasse gestão de monitoramento, de custos, de inventário, de segurança e de auditoria. Como resultado, o cliente ganhou acesso a uma multicloud híbrida, operações inteligentes e solução gerenciamento ágil.
Próximos debates
Neste último dia, 2 de junho, Ana Caparroz, especialista em Marketing e Relacionamento da Informa Markets, entrevista Cristiane Tarricone, Conselheira do Instituto Colaborativo de Blockchain; ex-VP & Team Manager, Executive Partner do Gartner, comentando o tema “Inteligência Artificial e Blockchain na Indústria 4.0: tornando a cadeia produtiva mais eficiente e segura”.
Já ‘Inteligência Artificial (IA) na Indústria 4.0 – Transformando Produtos e Serviços, Gerando Novos Negócios’ dominará o debate entre os participantes Angelo Figaro, CIO da Renault Nissan Mitsubishi; Renata Zepelini, Senior IT Director da Pepsico; e Lyzbeth Cronembold, Founder & CEO da Changers, com moderação de Pablo Valle, coordenador da Pós-graduação em Indústria 4.0 da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Digital Series Indústria ocorreu entre os dias 31 de maio a 2 de junho
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