Informática Laboratorial | Como a computação cognitiva vai mudar o mundo
4 de outubro de 2016Por Luis Gustavo Kiatake*
Painel “Como a computação cognitiva vai mudar o mundo” do 2º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial
Excelente apresentações e debates no painel “Como a computação cognitiva vai mudar o mundo” do 2º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial (CBIL) que ocorreu no dia 29/09 no âmbito do 50° Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial que aconteceu no Centro de Convenções SulAmérica – RJ de 27 a 30 de setembro.
Pudemos conhecer os trabalhos de saúde que estão em desenvolvimento nos centros de pesquisa e desenvolvimento da GE Research e DELL/EMC, instalados na cidade do Rio de Janeiro, as pesquisas e ferramentas do Google, o novíssimo hospital AAA Copa Star da Rede D’Or a ser inaugurado em Copacabana, RJ.
Realmente, são assustadoras as potencialidades de processamento, análise de dados e das ferramentas em desenvolvimento nos centros de pesquisa dessas gigantes da tecnologia, assim como da concentração de alta tecnologia em um único hospital. Parece realmente que não há limites para a inovação, e que é dado como certa a robotização humanoide, como debatido em questão colocada pelo Balla. Computadores que simulam o comportamento humano, os twins, com perspectiva de evoluir no tato e nos outros sentidos, e de substituir o homem com mais segurança em funções cotidianas, como na direção veicular.
Apesar de tanta evolução, no entanto, considerando que as informações de saúde de cada cidadão lhe pertence, e que há condições mínimas de segurança e privacidade, foi discutido que essa massa de informações ainda não é plenamente utilizada pelas pessoas. Muito pela carência da interoperabilidade, e incrivelmente por não haver uma efetiva demanda e valorização dessa necessidade pelos pacientes, que provavelmente desconhecem o benefício que poderiam obter.
O paciente ainda não consegue portar suas informações eletrônicas de saúde de uma instituição para outra, ou concentrá-las em um único local que permita um processamento de toda sua história clínica.
Com um assunto tão aderente ao que presenciei no painel de interoperabilidade no HIS 2016 dias antes, contribui com a colocação do Paulo Magnus da necessidade de “pularmos o muro”. Marcelo Botelho acredita que isto está acontecendo, em velocidade menor que gostaria, mas de forma bastante consistente.
Como colocou Pedro, já deve ter nascido e está entre nós a pessoa que viverá bem por 120 anos, e que usufruirá intensamente dessas modernidades tecnológicas. Apesar de provavelmente não ser nenhum de nós, somos um grupo tão privilegiado de informações, que temos um papel decisivo na pavimentação dessa história.
Alguém vai amarelar?
Abs, Kia
* Luis Gustavo G. Kiatake é graduado e mestre em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da USP. Atua há mais de 16 anos em Pesquisa e Desenvolvimento, Ensino e no mercado de Tecnologia de Comunicação e Informação. Pesquisador do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da EPUSP por 8 anos, desenvolveu projetos nas áreas de imagens médicas, computação de alto desempenho, transmissão multimídia e redes de alta velocidade. Pelo Grupo de Energia da EPUSP, coordenou a implantação do sistema de informação da Agência Nacional de Energia Elétrica. Em 2000, assumiu a Gerência de Projetos de Redes e Voz da Connect Systems Integrators, passando para a Gerência de Marketing e Produtos da Getronics, após sua fusão com a Connect, e em seguida para a Área Comercial em Projetos Multinacionais. Atualmente, é diretor executivo da E-VAL Saúde, empresa focada em Desenvolvimento e Soluções de Segurança, Certificação Digital e BI, como plataformas para assinatura digital, serviços de hacker ético e sistemas de detecção de fraudes. Também é pesquisador do Núcleo de Segurança e Redes de Alta Velocidade (NSRAV) do LSI/EPUSP, colaborador do International Organization for Standardization (ISO) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) nos comitês ISO/IEC JTC1/SC27 (Information Technology/IT Security Techniques) e TC-215 (Health Informatics), ABNT /CB-21 (Comitê Brasileiro – Computadores e Processamento de Dados), professor nos cursos de pós-graduação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), SENAC e EDUCC/Uniemp, sócio titular da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde – SBIS e do Heath Level 7 – HL7 Brasil. www.lsi.usp.br/~kiatake e www.evaltec.com.br
Fonte: Linkedin
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