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O mundo dos CBDCs – Central Banking Digital Currency, Por Susana Taboas

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Por Susana Taboas, economista, fundadora do Portal Crypto ID

Susana Taboas, economista, fundadora do Portal Crypto ID

A demanda por moedas digitais de bancos centrais CBDCs – Central Banking Digital Currency está crescendo rapidamente. Segundo a Atlantic Council em maio de 2020, apenas 35 países estavam considerando ter uma CBDC. Agora, esse número aumentou para 130 países, que representam quase 98% do PIB global.

Dos 64 países que estão em estágio avançado de exploração de seus CBDCs (desenvolvimento, piloto ou lançamento), 19 são membros do G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo.

Dos 9 países do G20 que já estão em piloto de CBDC, a China tem o programa mais avançado, com seu yuan digital atualmente sendo testado em mais de 200 cenários. O Banco Central Europeu também está pronto para iniciar seu piloto para o euro digital, ainda em 2023.

Mais de 20 outros países tomarão medidas para pilotar seus CBDCs ainda em 2023. A Austrália, Tailândia e Rússia pretendem continuar os testes piloto, e a Índia e Brasil planejam lançar sua moeda digital em 2024.

Os EUA estão atrás nesse processo de desenvolvimento de uma CBDC. No entanto, o Banco Central dos EUA está avançando em um CBDC de atacado (banco a banco). Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia e a resposta às sanções do G7, os desenvolvimentos de CBDC no atacado se tornaram mais comum. Atualmente, existem 12 projetos CBDC de atacado transfronteiriços.

CBDC – Nações buscam a proteção à soberania financeira

O aumento no interesse por CBDCs é impulsionado por uma série de fatores, incluindo a crescente popularidade de criptomoedas, a necessidade de melhorar a eficiência do sistema financeiro e o desejo de proteger a soberania financeira dos países.

As CBDCs têm o potencial de revolucionar o sistema financeiro mundial. Elas podem tornar as transações mais rápidas, mais baratas e mais seguras. E, elas também podem ajudar a promover a inclusão financeira.

No entanto, também existem alguns riscos associados às CBDCs. Por exemplo, as CBDCs podem ser usadas para rastrear e monitorar as transações financeiras, o que poderia levantar preocupações de privacidade. Além disso, as CBDCs poderiam ser usadas para financiar atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Por isso, é importante considerar cuidadosamente os riscos e benefícios das CBDCs antes de implementá-las.

Os objetivos dos projetos de CBDCs variam de país para país

Os países estão em diferentes estágios de desenvolvimento de suas moedas digitais próprias e possuem objetivos que variam de país para país.

Alguns países estão desenvolvendo CBDCs para melhorar a eficiência do sistema financeiro, enquanto outros estão desenvolvendo CBDCs para promover a inclusão financeira, tornar as transações mais rápidas, mais baratas e mais seguras e melhorar a transparência das transações. E, outros países que estão desenvolvendo as CBDCs estão priorizando a soberania financeira do país, o combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

Vejamos como alguns projetos também apresentam semelhança entre si.

Bahamas: A Bahamas lançou sua moeda digital própria, a Sand Dollar, em outubro de 2020. A Sand Dollar é baseada na tecnologia blockchain e está disponível para todos os cidadãos e residentes do Bahamas. A Sand Dollar pode ser usada para fazer pagamentos online, em lojas físicas e em caixas eletrônicos. O governo da Bahamas espera que a Sand Dollar ajude a modernizar o sistema financeiro do país e a reduzir os custos de transações.

Uganda: Uganda está desenvolvendo sua moeda digital, chamada e-Muramba. O e-Muramba é baseado na tecnologia blockchain e está previsto para ser lançado em 2023. O governo do Uganda espera que o e-Muramba ajude a reduzir a pobreza e a melhorar a inclusão financeira no país.

Índia: O governo da Índia está desenvolvendo sua moeda digital própria chamada Digital Rupee. A Digital Rupee é baseada na tecnologia blockchain e está prevista para ser lançada em 2023. O governo da Índia espera que a Digital Rupee ajude a reduzir o uso de dinheiro em espécie e a melhorar a eficiência do sistema financeiro.

China: O governo da China está desenvolvendo sua moeda digital própria chamada DCEP – Digital Currency Eletronic Payment. O Digital Yuan é baseado na tecnologia blockchain e está previsto para ser lançado em breve porque já em fase de testes e implementação em algumas cidades chinesas. O governo da China espera que o Digital Yuan resolva um grande problema que ele tem atualmente que é o pagamento instantâneo feito por empresas privadas, desta forma ele pode causar um risco sistêmico de grandes proporções caso tenha algum problema com essas empresas. Alem disso, espera também modernizar, tornar mais eficiente o seu sistema financeiro e ajudar a reduzir o uso de dinheiro em espécie.

Estados Unidos: O governo dos Estados Unidos está no final da fila desse processo e ainda não está desenvolvendo sua moeda digital própria, mas está avaliando a possibilidade de fazê-lo. O Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, está trabalhando em um projeto chamado Projeto Hamilton para estudar o potencial de uma moeda digital dos EUA. Mas eles tem preocupação maior que suplata tudo isso que é não perder a participação do dólar como moeda de lastro no comercial internacional dos produtos que atualmente é feita por países do mundo inteiro.

Brasil: O Drex será a moeda digital do Brasil e implementada pelo Banco Central do Brasil e que poderá ser usada para fazer pagamentos de forma rápida, barata e segura. Em 2023, O BC criou o Lift Challenge com o objetivo de montar o arcabouço do projeto e que resultou em uma série de sugestões feitas por diversos segmentos da sociedade para uso do Drex como resultado das lições aprendidas com o Lift Challenge. O BC revisou as diretrizes para o desenvolvimento do Drex em fevereiro de 2023 e, a partir de março, iniciou os testes com uma plataforma-piloto para operações com a moeda digital soberana, o ‘Piloto Drex’, com duração prevista até fim de 2024.

O projeto do Drex é um exemplo de um projeto de CBDC que tem como objetivo criar novos modelos de negócios que propiciarão a inclusão financeira da população além de modernizar o sistema financeiro. A inclusão financeira viabilizará o acesso da população a vários tipos de transações financeiras seguras com ativos digitais e contratos inteligentes liquidadas pelo BC dentro da plataforma em lugar de serem feitas de forma particular e em ações isoladas sujeitas à fraudes.

O projeto brasileiro de moeda digital é pioneiro em vários aspectos. É o mais avançado na América Latina e deve ser o primeiro bem-sucedido da região. Além disso, o foco de uso da CBDC não é para transações instantâneas no varejo, como a principal aplicação das moedas digitais atualmente em circulação. Isso ocorre porque o Pix já resolveu essa questão.

Vantagens independentemente dos objetivos

Uma moeda digital é diferente de moedas fiduciárias, que são criadas e controladas por bancos centrais. As moedas digitais próprias têm o potencial de oferecer uma série de vantagens tanto para os governos quanto para a população.

Para governos

Lastro das operações – Os governos com as moedas digitais próprias terão como monitorar o lastro das operações e a segurança das operações para evitar que sejam feitas de forma insegura e, principalmente sem o devido lastro.

Lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo – As moedas digitais feitas e reguladas pelo Banco Central podem permitir que os governos façam o combate à lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, podendo rastrear a movimentação de dinheiro ilegal.

Para a população

Transações mais rápidas e baratas – As moedas digitais próprias podem tornar as transações mais rápidas e baratas, pois não precisam ser processadas por instituições financeiras.

Novos modelos de negócios – As moedas digitais próprias como são baseadas em tecnologia blockchain, poderão eliminar algumas etapas de processos de negócios tais como compra e venda mais estruturadas, trazendo mais agilidade aos negócios.

Maior segurança: As moedas digitais próprias podem ser mais seguras pois são baseadas em tecnologia blockchain, que é uma tecnologia de registro descentralizado e seguro.

Maior acessibilidade: As moedas digitais próprias podem ser mais acessíveis pois podem ser usadas por qualquer pessoa com um dispositivo com acesso à internet.

No entanto, também existem alguns riscos associados às moedas digitais, como:

Risco de volatilidade: As moedas digitais próprias podem ser mais voláteis pois seu valor pode variar significativamente em um curto espaço de tempo.

Risco de segurança: As moedas digitais próprias podem ser mais vulneráveis aos ataques cibernéticos.

Risco de adoção: As moedas digitais próprias ainda estão em seus estágios iniciais de desenvolvimento e é possível que não sejam amplamente adotadas.

Apesar dos riscos, as moedas digitais próprias têm o potencial de revolucionar o sistema financeiro. À medida que a tecnologia continue a se desenvolver, é possível que se tornem mais populares e ofereçam uma série de vantagens para todos.

De acordo com o Atlantic Council, mais da metade dos projetos de CBDCs ainda estão nas fases de desenvolvimento (30%) e pesquisa (27%), enquanto 13% foram paralisados e dois, no Senegal e no Equador, foram cancelados.

Confira alguns países que já possuem ou estão testando suas moedas digitais próprias:

Bahamas: Sand Dollar

Brasil: Drex

Canadá: CADcoin

China: Digital Yuan

Colômbia: ePeso

Estados Unidos: Digital Dollar

Estônia: Estcoin

Jamaica: Jam-Dex

India – Digital Rupee

Uganda – e-Muramba

Japão: Digital Yen

Nigéria: eNaira

Reino Unido: Digital Pound

República Dominicana: eRD

Singapura: Digital Singapore Dollar

Suécia: eKrona

Suíça: e-Frank

Ucrânia: e-hryvnia

Uruguai: Digital Peso

É importante notar que esses são apenas alguns dos muitos países que estão desenvolvendo moedas digitais. O número de países que estão trabalhando em CBDCs está crescendo rapidamente e é provável que mais países anunciem seus próprios programas em breve.

Conclusão, as moedas digitais são uma nova forma de pagamento que veio pra ficar porque oferece uma série de vantagens em relação às moedas tradicionais. Uma das vantagens mais importantes é a sua segurança. As moedas digitais são baseadas em tecnologia blockchain, que é um sistema descentralizado que torna mais difícil ter transações fraudadas ou serem hackeadas.

Elas são seguras, sigilosas e descentralizadas, o que as torna uma opção atraente para pessoas que querem proteger sua privacidade e evitar fraudes.

As transações em moeda digital são registradas em um blockchain público, mas isso não garante por si só a segurança e o sigilo das informações, por isso, os agentes de governo e empresas precisam se cercar das melhores e mais atuais soluções para sigilo, identificação digital e guarda de chaves criptográficas para que as CBDCs se estabeleçam, ganhem a confiança das pessoas e se desenvolvam cada vez mais como meio de pagamento e transações para diversos fins.

Ainda é cedo para dizer que as moedas digitais próprias serão amplamente adotadas, mas elas certamente são uma tecnologia com potencial para criar novos modelos de negócios, trazer inclusão a alguns segmentos e paises na economia, dar mais agilidade e eficiência aos sistemas financeiros e, principalmente, com potencial para se perpetuarem.

Sobre Susana Taboas

Susana Taboas | COO – Chief Operating Officer – CryptoID. Economista com MBA em Finanças pelo IBMEC-RJ e diversos cursos de extensão na FGV, INSEAD e Harvard University. Durante mais 25 anos atuou em posições no C-Level de empresas nacionais e internacionais acumulando ampla experiência na definição e implementação de projetos de médio e longo prazo nas áreas de Planejamento Estratégico, Structured Finance, Governança Corporativa e RH. Atualmente é Sócia fundadora do Portal Crypto ID e da Insania Publicidade.

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