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O cenário de ameaças à cibersegurança é caracterizado pela sua natureza dinâmica, com os agentes da ameaça concebendo novas táticas

A evolução das ameaças à segurança cibernética: o que você precisa saber

Por Paulo Pagliusi

Paulo Pagliusi, Ph.D. in Information Security

No mundo digital interconectado de hoje, o cenário das ameaças à segurança cibernética está em constante evolução, apresentando novos desafios e riscos tanto para indivíduos como para organizações. 

Desde sofisticados ataques de phishing até ransomware direcionado a infraestruturas críticas, a gama de ameaças continua a se expandir, necessitando de uma abordagem proativa à cibersegurança. 

Neste artigo, exploraremos o cenário em constante mudança da segurança cibernética, destacando as principais ameaças e estratégias para protegê-las.

Compreendendo o cenário atual de ameaças

O cenário de ameaças à cibersegurança é caracterizado pela sua natureza dinâmica, com os agentes da ameaça concebendo constantemente novas táticas para explorar vulnerabilidades. Por isto, é fundamental e urgente se manter informado sobre tais ameaças. 

Desde a espionagem cibernética patrocinada por Estados até sindicatos do crime cibernético com foco financeiro, as motivações por trás dos ataques cibernéticos variam amplamente. Esta diversidade de ameaças aumenta a importância da adoção de medidas abrangentes de cibersegurança, que abordem um amplo espectro de riscos.

Ataques de phishing

O Elemento Humano

Uma das ameaças mais difundidas no cenário da segurança cibernética são os ataques de phishing, que dependem de táticas de engenharia social para manipular os usuários, a fim de que divulguem informações confidenciais ou baixem um software malicioso. 

Esses ataques muitas vezes se disfarçam como comunicações legítimas, como e-mails ou mensagens de texto, dificultando sua detecção. Os ataques de phishing exploram o elemento humano, aproveitando a confiança e a curiosidade dos utilizadores para comprometer sistemas e roubar dados.

Ransomware

Uma preocupação crescente

Os ataques de ransomware surgiram como uma ameaça significativa à segurança cibernética, visando organizações de vários setores. Esses ataques criptografam dados críticos e exigem pagamentos de resgate em troca de chaves de decriptografia, causando interrupções significativas e perdas financeiras. 

Os operadores de ransomware evoluíram as suas táticas, adotando técnicas mais sofisticadas, como a dupla extorsão, em que os dados roubados são ameaçados de exposição pública, se os pedidos de resgate não forem satisfeitos.

Ataques à cadeia de suprimentos

Visando vulnerabilidades

Os ataques à cadeia de suprimentos têm chamado a atenção da comunidade de segurança cibernética devido ao seu potencial para comprometer inúmeras organizações através de redes interligadas. 

Esses ataques envolvem a infiltração em redes de fornecedores ou prestadores de serviços confiáveis ​​para obter acesso aos sistemas das organizações alvo. Ao explorar vulnerabilidades na cadeia de suprimento, os agentes de ameaças podem contornar as medidas de segurança tradicionais, tornando a detecção e a mitigação um grande desafio.

O papel das ameaças internas

Embora as ameaças externas muitas vezes dominem as discussões sobre segurança cibernética, as ameaças internas também representam um risco significativo às organizações. 

As ameaças internas podem assumir várias formas, incluindo pessoas internas mal-intencionadas com a finalidade de prejudicar a organização, bem como pessoas internas involuntárias que, inadvertidamente, comprometem a segurança através de negligência ou exploração. Estratégias eficazes de cibersegurança devem abordar ameaças internas por meio de uma combinação de controles técnicos e da sensibilização dos funcionários.

Ameaças emergentes na Internet das Coisas (IoT)

A proliferação de dispositivos da Internet das Coisas (IoT) apresenta novos desafios de segurança cibernética, uma vez que estes dispositivos interligados carecem, frequentemente, de medidas de segurança robustas. 

Os dispositivos IoT são vulneráveis ​​à exploração por agentes de ameaças que procuram comprometer redes ou lançar ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS) em grande escala. A proteção de dispositivos IoT requer uma abordagem holística que inclua autenticação de dispositivos, criptografia e gerenciamento contínuo de vulnerabilidades. Este é um dos motivos pelo qual fundamos, em 2016, o Comitê de Segurança da ABINC – Associação Brasileira de Internet das Coisas.

Preocupações de segurança na nuvem

A adoção da computação em nuvem transformou a forma como as organizações armazenam, processam e acessam dados, mas também introduziu novas considerações de segurança. Por isto, torna-se vital transmitir a urgência de se abordar tais preocupações. 

As ameaças à segurança na nuvem incluem violações de dados, configurações incorretas e acesso não autorizado, destacando a importância de medidas robustas de segurança na nuvem e de monitoramento contínuo. As organizações devem implementar fortes controles de autenticação, criptografia e gerenciamento de acesso para proteger dados confidenciais na nuvem. Esta é uma das razões pela qual aceitamos o desafio de liderar, de 2013 a 2018, o Capítulo Brasil da Cloud Security Alliance (CSA).

Estratégias de cibersegurança para o futuro

Face à evolução das ameaças à segurança cibernética, as organizações devem adotar estratégias proativas para mitigar riscos e proteger os seus ativos digitais. Em primeiro lugar, estratégias abrangentes de cibersegurança devem incluir avaliações regulares de segurança cibernética, gestão de vulnerabilidades e planeamento de resposta a incidentes. 

Além disso, é importante se manter à frente das ameaças cibernéticas emergentes, por meio de monitorização e adaptação contínuas. Além disso, a integração da inteligência sobre ameaças nas estruturas de segurança cibernética permite que as organizações antecipem e enfrentem ameaças potenciais de forma eficaz. 

Finalmente, a colaboração com parceiros da indústria e a partilha de melhores práticas fortalecem a defesa coletiva contra ameaças cibernéticas.

Colaboração aprimorada e compartilhamento de informações

Estratégias eficazes de segurança cibernética exigem colaboração e compartilhamento de informações entre as partes interessadas de cada setor da indústria, agências governamentais e profissionais de segurança cibernética. Ao compartilhar informações sobre ameaças e melhores práticas, as organizações podem fortalecer coletivamente suas defesas contra ameaças cibernéticas.

É neste espírito colaborativo que o nosso Time da Pagliusi Inteligência em Cibersegurança procura contribuir com o mercado. Além disto, outras iniciativas colaborativas, como centros de partilha e análise de informações (ISACs) em cada setor da indústria, podem facilitar a troca de informações de segurança cibernética, permitindo que as organizações se mantenham informadas sobre ameaças e vulnerabilidades emergentes.

O cenário em evolução das ameaças à cibersegurança enfatiza a importância da vigilância e da preparação na proteção contra riscos digitais. Além disso, é urgente buscar se manter informado e implementar medidas robustas de segurança cibernética. Além disso, ao compreender o cenário atual de ameaças e adotar estratégias proativas, as organizações podem mitigar eficazmente os riscos e proteger os seus ativos digitais, num ambiente de cibersegurança cada vez mais complexo e desafiador.

Sobre Paulo Pagliusi

Paulo Pagliusi

Paulo Pagliusi é Sócio Executivo da Pagliusi Inteligência em Cibersegurança. Ph.D. in Information Security pela Royal Holloway, University of London, Mestre em Ciência da Computação pela UNICAMP e pós-graduado em Análises de Sistemas pela PUC – Rio. Capitão-de-Mar-e-Guerra da reserva remunerada da Marinha, possui certificação internacional CISM (Certified Information Security Manager).  

Atualmente, exerce também os cargos de Diretor da ISACA Rio de Janeiro Chapter e de Pesquisador Sênior de TIC – Segurança Cibernética – Futuro da Defesa, no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval, tendo sido ao longo da carreira CIO da Apex-Brasil, Sócio de Technology Risk da KPMG e Diretor de Cyber Risk da Deloitte. É considerado um dos consultores mais renomados do País em gestão estratégica de TI e riscos tecnológicos, área em que atua há mais de 30 anos, ajudando clientes globais a avaliar, gerenciar e superar riscos emergentes em seus negócios.

Com experiência acadêmica como professor de graduação e pós-graduação, em instituições como IBMEC, PUC-Rio, Marinha do Brasil e Universidade Damásio, é articulista ativo e autor de livro sobre autenticação criptográfica na Internet. É um dos palestrantes mais requisitados atualmente, tendo se apresentado em mais de 200 eventos no Brasil e no exterior, e concedido mais de 100 entrevistas a mídias nacionais e internacionais.

Acompanhe a Coluna de Paulo Pagliusi aqui no Crypto ID!

[paulo@pagliusi.com.br | www.pagliusi.com.br]

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