Ubuntu: “somos quem somos por tudo aquilo que somos” (Desmond Tutu/Nelson Mandela)
A identificação biométrica como elemento de confirmação de identidade vem se firmando pela sua comodidade e nível de segurança que inviabiliza o roubo de informações.
Resta aos (pobres) fraudadores simular identidades que tem que ser feito caso a caso, o que não permite ataques automatizados em larga escala. Impressões digitais de resina (ou fitas adesivas) e rostos fotografados podem até não afetar instituição financeira de imediato, mas afetam a credibilidade da solução de segurança das mesmas, o que afasta os correntistas causando grandes perdas. Confiança é um dos pilares do mundo financeiro.
Em filmes se vê com frequência personagens burlando sistemas e controle de acesso por biometria usando partes decepadas do corpo de alguém o que é “relativamente” difícil fazer e usar em equipamentos de auto-atendimento bancário que são ambientes controlados, mesmo os de rua, mas em teoria seria possível.
Para não correr esse tipo de risco (que é outro pilar), empresas de tecnologia biométrica introduziram o conceito de “prova de vida”, não para impedir uma identificação, mas para “desqualificá-la” previamente quando é identificado que trata-se de um “embuste” na amostra a ser lida.
Leitores que exigem contato como impressão digital ou aproximação a curta distância como leitores de palma da mão e Iris/retina podem detectar o fluxo de vasos sanguíneos.
Técnicas de biometria de média distância como reconhecimento facial dependem de outros meios para detectar que se trata de um rosto se valendo de sensores infravermelhos para detectar profundidade ou mesmo “computer vision” para excluir uma imagem sem as características normais de sombras, luzes e cores de um rosto 3D e até mesmo métodos menos precisos como acompanhar o movimento das pupilas seguindo uma imagem animada no display e contagem de piscadas dos olhos por que vivos, em média, piscamos 20 vezes por minuto.
As técnicas de prova de vida são menos precisas que as de identificação biométrica e podem dar margem a alguma discussão sobre a ética das mesmas, porém, em princípio, podem ser válidas contra a falta total de ética dos criminosos.
Sobre Luiz Santos
Luiz Santos é Engenheiro Elétrico Graduado pela Universidade Federal de Santa Maria, possui mais de 25 anos de experiência na área de Tecnologia da Informação em grandes,pequenas e médias empresas,assim como 10 anos na Gestão de contas em bancos e corporações públicas privadas e mistas. Possui experiência internacional em países como Bélgica, Holanda, França, Rússia, Turquia e China.