Funcionários ainda são maior risco para empresas frente ao cibercrime mesmo com investimento recorde em tecnologia em 2018
14 de setembro de 20183ª Pesquisa Nacional Sobre Conscientização Corporativa em Segurança da Informação, realizada com chefes de segurança das 300 maiores empresas do país, reforça o cenário de aumento de ataques contrastando com a necessidade da conscientização das equipes
Anderson Ramos, idealizador do Mind The Sec e CTO da Flipside: “Empresas que não são capazes de proteger os dados de seus clientes – e os seus próprios – não serão mais competitivas.”
Em 2017, o custo do despreparo frente ao cibercrime, hoje mais organizado, globalizado e ativo, foi de cerca de 70 bilhões de reais para a economia brasileira e afetou 62,7 milhões de pessoas e empresas, que perderam 24 horas – ou três dias inteiros de trabalho – para lidar com os danos pós-ataques, de acordo com o 2017 Norton Cyber Security Insights Report, divulgado pela empresa de segurança Symantec, que projeta um crescimento de até 23% nos números para esse ano.
Também no decorrer do ano de 2017, o Brasil foi alvo de 205 milhões de ciberataques,. De acordo com o Relatório da Segurança Digital no Brasil, produzido pelo laboratório PSafe, foram registrados mais de 120 milhões de detecções de ciberataques somente nos primeiros seis meses de 2018 – número 95,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, indicando que teremos quase o dobro desse volume ao final do período.
No Brasil, um levantamento da PwC aponta que o investimento em segurança da informação no país cresce a um ritmo anual de 30% a 40%, atingindo cifras na casa de US$ 8 bilhões em 2018 – maior valor da história no país – enquanto que no restante do mundo, esse crescimento gira entre 10% e 15% ao ano. Esse cenário reforça um conceito que vem sendo discutido mais e mais a cada ano “Empresas que não são capazes de proteger os dados de seus clientes – e os seus próprios – não serão mais competitivas”.
Mesmo com o investimento recorde em tecnologias, as empresas ainda ficam expostas quando esse comportamento inseguro acontece no ambiente corporativo. É o que mostra a 3ª Pesquisa Nacional Sobre Conscientização Corporativa em Segurança da Informação*, realizada entre junho e agosto com os gestores de segurança da informação das 300 maiores empresas do país. Os executivos relatam um aumento de 21% no número de incidentes de segurança nos últimos 12 meses. Para mais de 73% deles, a desatenção e o clique indevido em links inseguros recebidos via e-mail, SMS, redes sociais e etc. é a maior preocupação, seguidos do compartilhamento de senhas e informações sensíveis em grupos de Whatsapp, fraudes telefônicas (vishing) e uso indevido de pendrives e similares.. “Por mais que os profissionais de segurança da informação sigam se atualizando e que as empresas continuem investindo em novos mecanismos para proteger o negócio de ações maliciosas, os criminosos também se aprimoram e buscam novas brechas, não só no âmbito tecnológico”, alerta Priscila Meyer, CEO da Flipside – Security Beyond Technology, consultoria especializada em conscientização corporativa em segurança da informação e responsável pela realização da pesquisa. “Nosso levantamento aponta que no Brasil cerca de 58% das violações de segurança são resultado de falha humana”, reforça.
Os resultados completos da pesquisa e os desdobramentos práticos nas empresas serão discutidos durante o MIND THE SEC, o maior e mais qualificado evento de Segurança da Informação do Brasil, que promove nos dias 18 e 19 de setembro o encontro entre os maiores especialistas em cibercrime e segurança da informação do mundo para debater tendências e discutir os desafios do segmento e a vulnerabilidade do Brasil no cenário mundial. “Este ano será para sempre lembrado como um divisor de águas no que diz respeito às discussões sobre privacidade e proteção de dados pessoais, com a entrada em vigor da GDPR na Europa e a Lei de Proteção de Dados que foi sancionada no Brasil.” ressalta o criador do Mind The Sec e CTO da Flipside, organizadora do evento.
De acordo com a pesquisa Cost of Data Breach 2017, do Instituto Ponemon, os danos médios causados pelas violações de dados chegaram a R$ 4,31 milhões por ano no Brasil. A média de negócios perdidos a cada incidente por organizações devido aos incidentes de segurança chegou a R$ 1,57 milhão em 2017.
Um dos destaques da programação do Mind The Sec, que terá três trilhas de conteúdo e quase 20 horas de atividades, é Mikko Hypponen, CRO na F-Secure e expert global em segurança. As pesquisas de Hypponen são publicadas em veículos de imprensa como o The New York Times, Wired e Scientific American, além de lhe render frequentes aparições em TVs internacionais. O especialista também palestra nas universidades de Stanford, Oxford e Cambridge. Hypponen falará sobre questões chave para o mercado brasileiro: “Onde estamos hoje? Para onde iremos? E como nós iremos proteger dez bilhões de novos dispositivos que estarão online na próxima década?”.
Junta-se ao time de especialistas mundiais, Marcus Ranum, CEO da NFR, pioneiro em firewall e expert mundialmente renomado em design e implementação de sistemas de segurança, pioneiro em tecnologia de segurança e dos sistemas de firewalls, VPN e detecção de intrusões.
Especialistas de empresas como Mercado de Bitcoin, Stone Pagamentos, Cielo, Grupo Boticário, Allianz, Eurofarma, entre outras gigantes internacionais e nacionais, estarão representadas no evento para discutir temas exclusivos e inéditos a fim de diminuir em 2018 esse fator que está afetando a economia, a atividade industrial e o comportamento estratégico das empresas brasileiras.
O evento acontece no Grand Hyatt São Paulo e é a principal oportunidade para troca de informações e concretização de negócios do setor de Segurança da Informação no Brasil.
Sobre o Mind The Sec
O Mind The Sec é a maior e mais qualificada conferência corporativa brasileira sobre Segurança da Informação e Segurança Cibernética.
Promovido pela Flipside – Security Beyond Technology, o evento reúne os mais consagrados palestrantes e executivos nacionais e internacionais do tema para debates em um formato que privilegia o relacionamento de alto nível e a troca de conhecimento entre especialistas, empresas e fornecedores de soluções.