Caso Sony: E-mail vazado mostra executivo falando mal de Angelina Jolie
12 de dezembro de 2014Depois de milhões em prejuízos, servidores desligados por meses, divulgação de roteiros ainda não publicados e informações sigilosas e financeiras de uma das maiores produtoras de cinema da atualidade disponíveis na rede, o caso dos Hackers contra Sony ainda não encontrou o esquecimento desejado.
O último capítulo da novela mostrou seu lado polêmico, que pode ter irritado Hollywood, com a divulgação de uma troca de e-mails entre o produtor Scott Rudin e a copresidente Amy Pascal em que o primeiro se refere a atriz Angelina Jolie como uma “menininha mimada e de talento mínimo”.
De acordo com o tabloide americano Gawker, o comentário foi motivado pelo fato de Angelina estar em contato com o diretor David Fincher com a intenção de chamá-lo para produzir seu novo filme “Cleópatra”,o que impediria que o profissional dirigisse outra produção, o filme “Jobs” em que Rudin trabalhava.
Os e-mails mostravam que o produtor tentava pressionar a copresidente a cancelar a produção em que Angelina é a protagonista. Amy, por sua vez tentou acalmá-lo, porém o filme acabou sendo transferido para a Universal.
Diante da mudança, Rudin teria enviado uma mensagem a copresidente dizendo que ela havia “se comportado de maneira abominável, e vai demorar muito até que eu esqueça o que você fez”. Em resposta Amy teria enviado a um de seus braços direitos uma mensagem para que se livrasse do produtor.
Nem a copresidente nem a assessoria de Angelina Jolie quiseram comentar sobre o caso na mídia.
Outros danos
O escândalo causado pelos hackers ocasionou em algumas mudanças internas na companhia. Após um período de corte de funcionários, redução de orçamentos e recrutamento de nova equipe com a intenção de melhorar sua lucratividade a empresa sofreu uma baixa e precisou manter o diretor executivo da Unidade Sony Entertainment, Michael Lynton, no cargo. Era previsto que o executivo subisse de colocação na hierarquia da empresa até o fim do ano.
Conhecido por sua postura discreta, o diretor não quis comentar sobre os boatos.
Depois do ataque do grupo GOP, a empresa ainda não está operando normalmente e têm alguns de seus sistemas desligados por medo de uma nova infecção. A previsão é de que os danos sejam solucionados em aproximadamente 3 meses.