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Acredito que este tema possa suscitar divergências de opiniões, e talvez meu posicionamento vá na contramão da opinião da maioria. Algo tem chamado minha atenção nas organizações há algum tempo: a supervalorização das soft skills dos colaboradores.

Por Daniel Fabre Afonso, CEO da Safeweb

Acredito que este tema possa suscitar divergências de opiniões, e talvez meu posicionamento vá na contramão da opinião da maioria.

Algo tem chamado minha atenção nas organizações há algum tempo: a supervalorização das soft skills dos colaboradores.

Soft skills, aos não familiarizados ao termo, são aquelas habilidades interpessoais e comportamentais, como comunicação, trabalho em equipe, liderança, empatia e criatividade.

A Netflix, gigante do streaming, destaca como valores profissionais a generosidade, a coragem, a paixão e a criatividade, por exemplo, o que demonstra que essas habilidades não comprováveis por diplomas são essenciais ao sucesso de grandes organizações.

Durante décadas, nos habituamos a trabalhar com engenheiros, médicos, desenvolvedores, predominantemente técnicos e, muitas vezes, com dificuldades de relacionamento e posicionamento, apesar do profundo conhecimento em suas áreas.

Esses profissionais sempre demonstraram alta capacidade resolutiva, desempenhando um papel vital para as empresas. A famosa “carreira em Y” foi criada para valorizá-los, embora raramente alcançassem os mesmos patamares de remuneração e benefícios dos escalões mais altos da gestão.

No entanto, esses profissionais agora fazem parte de equipes que possuem elevadas competências técnicas, como cursos, especializações e certificações, o que chamamos de hard skills. Todavia, eles apresentam lacunas em soft skills, tão prezadas no atual cenário corporativo.

Tenho observado setores e squads formados por profissionais resistentes, empáticos, colaborativos e comunicativos, com inteligência emocional elevada, mas com deficiências técnicas, o que dificulta a resolução de problemas.

Como resultado, essas equipes demonstram um tempo de resposta mais longo, causando atrasos na evolução de produtos ou na entrega de projetos. Isso não decorre de conflitos geracionais, falta de vontade ou procrastinação.

Todos estão motivados e bem-intencionados, cientes de que a entrega ou projeto oferece um excelente retorno sobre o investimento. Contudo, falta alguém na equipe que saiba, de fato, como resolver tecnicamente. Daí surgem as conhecidas reuniões “para entender melhor”.

O especialista reconhece o problema instintivamente e já sabe como resolvê-lo ou qual fonte consultar para solucioná-lo. Além disso, ele não descansa até que o problema seja resolvido, especialmente se for desafiador. A inteligência artificial não substitui esse tipo de profissional.

Não me interpretem mal.

Não sou crítico das soft skills; pelo contrário, reconheço a importância delas em muitos papéis nas organizações, especialmente em posições de liderança. No entanto, como em tudo na vida, a formação das equipes deve ser equilibrada.

Valorizem os especialistas com formações técnicas, que têm o prazer genuíno de resolver problemas e gerar valor para as empresas. Assim como em um time campeão, a combinação de juventude com experiência, de craques com “carregadores de piano”, sob a liderança de um técnico capacitado, é crucial.

Simples assim.

Fonte: LinkedIn

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Sobre Safeweb

A Safeweb, é uma empresa do Grupo Safepar, com expertise em soluções inovadoras em certificação digital, dedicada em proporcionar a melhor experiência e segurança aos seus parceiros e clientes. 

Presente no mercado há quase 30 anos, garante a operação de 12 Autoridades Certificadoras e uma rede com mais de 680 Autoridades de Registro e 4.000 locais de atendimento em todo o Brasil e exterior.  

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Sobre Grupo Safepar

O Grupo Safepar é um ecossistema de empresas líderes nos seus segmentos, de certificação digital, carimbo do tempo, portal de assinaturas eletrônicas, meios de pagamento, documentos fiscais eletrônicos e soluções para adequação à Lei Geral de Proteção de Dados. 

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