Você provavelmente já ouviu falar sobre Blockchain, tecnologia que permite a criação de uma base de registros e dados imutáveis, armazenados de forma distribuída e visível a todos, como medida de segurança.
Mas você sabia que esse sistema já está sendo usado no setor da moda no Brasil? A Alinha, em parceria com o Instituto C&A, lançou uma forma de rastrear a produção de roupas usando blockchain, e ao final publica as informações sobre essa produção, visando ajudar as marcas a se tornarem cada vez mais transparentes, e garantir condições de trabalho decentes na cadeia.
“O sistema garante a transparência entre as marcas e seus consumidores, além da rastreabilidade do processo produtivo das peças, atestando as condições justas de trabalho dos colaboradores. A concepção do Blockchain exclusivo para a moda nasceu da demanda de consumidores interessados em ter conhecimento sobre a história das roupas que estão comprando e, consequentemente, vestindo”, completa Dari, presidente da Alinha.
Os benefícios são, não só para os trabalhadores e consumidores, como também para as marcas. Além de construir uma relação de transparência com seus clientes, também será possível acompanhar seus pedidos por meio da mesma tecnologia, contribuindo para uma melhor gestão da produção.
Além disso, por ser um sistema de registro compartilhado e imutável, o Blockchain é uma forma segura de registrar e compartilhar os processos da cadeia de produção.
Para ter acesso à ferramenta, marcas e confecções precisam se cadastrar e aderir a um dos planos da Alinha. Dessa forma terão acesso à etiqueta Alinha.
Depois disso, a empresa interessada registra as informações sobre suas peças no sistema e seleciona uma das oficinas listadas para receber o pedido.
Após o cadastro, a ferramenta enviará uma notificação ao costureiro responsável pela produção selecionada, que, por sua vez, analisará as condições de contratação e, se aprovadas, confirma a solicitação.
Com essa validação da oficina, por meio do Blockchain, a TAG Alinha é gerada com o código de rastreamento do produto, que fica disponível para download das marcas para serem inseridas nas peças.
Com a TAG em mãos, o consumidor adiciona o número do código no site da Alinha, em uma área dedicada para o rastreamento do produto, e, enfim, conhece a história da sua peça recém adquirida.
“Acreditamos que a indústria da moda tem o poder e a capacidade de ser uma força para o bem comum e entendemos que o Blockchain é uma ferramenta importante, que nos ajudará a fomentar ainda mais a transparência. Estamos muito felizes por poder fazer parte desse processo de mudança no setor, mas sabemos que ainda há muito a ser feito”, conclui Giuliana Ortega, diretora executiva do Instituto C&A.
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