Criptografia, tokenização e transparência são alguns dos aspectos-chave que contribuem para a segurança oferecida pela blockchain
Na era do rápido avanço tecnológico, a tecnologia blockchain emergiu como uma força transformadora, prometendo transparência, eficiência e segurança. No entanto, como acontece com qualquer mudança inovadora significativa, surgiram preocupações com a segurança e a garantia dos direitos de propriedade. Afinal, a natureza descentralizada e criptográfica da blockchain introduz uma mudança de paradigma na forma como estabelecemos e protegemos a propriedade, e isto certamente desafia o conhecimento e as normas tradicionais.
Para Tiago Piassum, founder da Rivool Finance, é relevante compreender que a blockchain atua na verdade como uma guardiã dos direitos de propriedade, fornecendo uma estrutura segura e transparente que tem o potencial de redefinir a própria essência da propriedade na era digital. “Ao se obter um conhecimento mais profundo dessa inovação, é perfeitamente possível reduzir significativamente as preocupações com a segurança da blockchain e ao mesmo tempo descobrir que os direitos de propriedade não são apenas preservados, mas também fortalecidos no domínio descentralizado”, afirma.
Inicialmente, é importante destacar que a tecnologia blockchain pode melhorar a segurança dos direitos de propriedade de diversas maneiras. A seguir, Piassum destaca os aspectos-chave que contribuem para a segurança dos direitos de propriedade na blockchain.
Imutabilidade
A blockchain é baseada em um livro-razão descentralizado e distribuído que registra transações em uma rede de computadores. Depois que um bloco de transações é adicionado à blockchain, é difícil alterar ou adulterar os blocos anteriores devido ao hashing criptográfico e aos mecanismos de consenso. Esta imutabilidade garante que os direitos de propriedade registados na blockchain permaneçam seguros e não possam ser facilmente alterados sem o consenso da rede.
Transparência
As transações blockchain são transparentes e visíveis para todos os participantes da rede. Os registros e transações de propriedade podem ser acessíveis ao público, permitindo maior transparência e reduzindo o risco de fraude.
Contratos Inteligentes
Os contratos inteligentes são contratos autoexecutáveis com os termos escritos diretamente no código. Eles são executados automaticamente quando condições predefinidas são atendidas. Os contratos inteligentes podem ser utilizados para automatizar transações relacionadas com propriedades, garantindo que os acordos contratuais sejam aplicados sem a necessidade de intermediários.
Descentralização
Blockchain opera em uma rede descentralizada, o que significa que não há autoridade central ou ponto único de falha. Esta descentralização reduz o risco de corrupção ou manipulação dos direitos de propriedade por uma única entidade.
Criptografia
Técnicas criptográficas, como a criptografia de chave pública, são utilizadas para proteger transações e controlar o acesso aos ativos. As chaves privadas, que são chaves criptográficas conhecidas apenas pelo proprietário do ativo, proporcionam uma forma segura de controlar e transferir a propriedade.
Tokenização
A tokenização envolve a representação de ativos do mundo real, como imóveis, em uma blockchain como tokens digitais. Esses tokens podem representar ações de propriedade e fornecer uma forma mais divisível e negociável de propriedade.
Mecanismos de consenso
As redes blockchain dependem de mecanismos de consenso, como Prova de Trabalho (PoW) ou Prova de Participação (PoS), para validar e chegar a acordo sobre o estado do livro-razão. Isso garante que apenas transações válidas sejam adicionadas ao blockchain, mantendo a integridade dos registros de propriedade.
Sobre a Rivool Finance: A fintech agro tem como objetivo fazer a ponte entre investidores institucionais globais e o mercado de crédito privado no setor agrícola brasileiro. É a única empresa brasileira disposta a atuar de uma forma proativa para trazer investidores institucionais externos para investirem em médias empresas do setor agrícola por meio da tokenização de forma privada. Atualmente, possui mais de 3 mil empresas (middle market) cadastradas em seu sistema e um algoritmo de risco proprietário a fim de filtrar apenas as mais seguras oportunidades de investimento.
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O QUE É CRIPTOGRAFIA?
A criptografia protege a segurança pessoal de bilhões de pessoas e a segurança nacional de países ao redor do mundo.
A criptografia de ponta-a-ponta (end-to-end encryption ou E2EE) é um recurso de segurança que protege os dados durante a troca de mensagens, de forma que o conteúdo só possa ser acessado pelos dois extremos da comunicação: o remetente e o destinatário.
Criptografia Simétrica utiliza uma chave única para cifrar e decifrar a mensagem. Nesse caso o segredo é compartilhado.
Criptografia Assimétrica utiliza um par de chaves: uma chave pública e outra privada que se relacionam por meio de um algoritmo. O que for criptografado pelo conjunto dessas duas chaves só é decriptografado quando ocorre novamente o match.
Criptografia Quântica utiliza algumas características fundamentais da física quântica as quais asseguram o sigilo das informações e soluciona a questão da Distribuição de Chaves Quânticas – Quantum Key Distribution.
Criptografia Homomórfica refere-se a uma classe de métodos de criptografia imaginados por Rivest, Adleman e Dertouzos já em 1978 e construída pela primeira vez por Craig Gentry em 2009. A criptografia homomórfica difere dos métodos de criptografia típicos porque permite a computação para ser executado diretamente em dados criptografados sem exigir acesso a uma chave secreta. O resultado de tal cálculo permanece na forma criptografada e pode, posteriormente, ser revelado pelo proprietário da chave secreta.
DEZ TIPOS DE CRIPTOGRAFIA MAIS USADOS MUNDIALMENTE
O Data Encryption Standard (DES) é um dos tipos de criptografia mais antigos e mais simples. Ele utiliza chaves de 56 bits, o que significa que existem 256 combinações possíveis. Isso torna o DES relativamente fácil de quebrar com a força bruta, um tipo de ataque que tenta todas as combinações possíveis até encontrar a correta.
O Triple DES (3DES) é uma extensão do DES que usa três chaves de 56 bits cada. Isso aumenta a segurança do DES, pois torna o ataque de força bruta muito mais complexo.
O DESX é uma variação do DES que adiciona 64 bits de dados aleatórios ao texto antes da criptografia. Isso dificulta o ataque de força bruta, pois o atacante precisa adivinhar a chave correta e os dados aleatórios.
O Advanced Encryption Standard (AES) é um tipo de criptografia mais recente e mais seguro que o DES. Ele utiliza chaves de 128, 192 ou 256 bits. O AES é considerado imune a ataques de força bruta atuais.
O Camellia é um tipo de criptografia semelhante ao AES. Ele também utiliza chaves de 128, 192 ou 256 bits. O Camellia é considerado um bom substituto para o AES.
O RSA é um tipo de criptografia de chave pública. Ele usa um par de chaves, uma pública e outra privada. A chave pública pode ser compartilhada com qualquer pessoa, mas a chave privada deve ser mantida em segredo.
O Blowfish é um tipo de criptografia simétrica. Ele utiliza chaves de 32 a 448 bits. O Blowfish é considerado um algoritmo rápido e seguro.
O Twofish é uma variação do Blowfish. Ele também utiliza chaves de 32 a 448 bits. O Twofish é considerado um algoritmo rápido e seguro.
O SAFER (Secure and Fast Encryption Routine) é um tipo de criptografia simétrica. Ele utiliza chaves de 64, 128 ou 192 bits. O SAFER foi descontinuado devido a algumas vulnerabilidades encontradas.
IDEA O International Data Encryption Algorithm (IDEA) é um tipo de criptografia simétrica. Ele utiliza chaves de 128 bits. O IDEA é considerado um algoritmo seguro, mas não é tão comum quanto outros tipos de criptografia.